A entrega do IRS começou a 1 de abril e vai até 30 de junho. Mas, sejamos honestos: o que interessa mesmo é o reembolso. E quanto mais cedo chegar, melhor. O que muitos não sabem é que um simples detalhe pode atrasar tudo — e está no seu IBAN.
Mas afinal, o que é o IBAN e porque é tão importante?
O IBAN é o número internacional da sua conta bancária. É a morada para onde o Fisco envia o dinheiro do reembolso. Se não estiver registado, ou se estiver errado, o pagamento fica pendente. E o Estado não adivinha. Nem telefona a pedir o número certo.
Verificar o IBAN: simples e rápido
Pode fazer isto em menos de 5 minutos, sem sair do sofá:
- Aceda ao Portal das Finanças;
- Entre com o seu NIF e palavra-passe;
- Vá ao menu “Dados Pessoais Relevantes”;
- Procure a secção do IBAN;
- Confirme se o número está correto e atualizado;
- Se precisar de alterar, faça a atualização e grave.
Ao entregar o IRS, assinale a opção para que o IBAN usado fique também guardado nos seus dados permanentes.
E se o IBAN estiver errado?
Se já entregou o IRS e percebeu que o IBAN está errado ou desatualizado, ainda vai a tempo de corrigir. Mas quanto mais cedo o fizer, melhor. Enquanto o número não estiver validado, o pagamento não segue. É como uma encomenda sem morada.
O que acontece se não houver IBAN válido?
O reembolso pode ser emitido por cheque. Em pleno 2025. É isso mesmo. O envelope chega à sua caixa de correio, e lá vai o contribuinte a correr ao multibanco ou ao balcão para o depositar. Parece vintage, mas ainda acontece.
Quando chega o reembolso do IRS?
Se tudo estiver certo — IRS entregue, sem erros e IBAN confirmado — o reembolso pode ser processado em duas a três semanas. Quem entrega cedo, costuma receber mais cedo. Os primeiros pagamentos arrancam geralmente em abril. Mas, legalmente, o prazo vai até 31 de agosto. Portanto, quem quer dinheiro depressa, mexe-se depressa.
Check-list rápida para acelerar o seu IRS
Antes de começar a reclamar do tempo que o Estado demora a devolver o seu dinheiro, veja se está tudo tratado da sua parte:
Já entregou o IRS?
Parece óbvio, mas há quem ache que só por estar no IRS automático o processo acontece sozinho. Não. É preciso confirmar e submeter — mesmo que não tenha alterações a fazer.
Verificou o IBAN no Portal das Finanças?
É aqui que muitos tropeçam. O IBAN pode estar desatualizado, com um número trocado ou até em branco. Sem esta informação, o reembolso não sai. Vá ao Portal, confirme e atualize se for preciso.
Assinalou a opção para atualizar os dados?
Durante a entrega da declaração, aparece uma caixinha a perguntar se quer guardar o IBAN como oficial. Dizer “sim” agora poupa dores de cabeça no futuro. Especialmente se mudar de conta ou de banco.
Acompanhou o estado da declaração?
Depois de submeter, não desapareça. Volte ao Portal das Finanças e vá espreitando o estado da declaração. Assim percebe se está “certa”, “em validação” ou “em processamento”. Quando mudar para “reembolso emitido”, prepare o sorriso.
Detetou algum erro após entrega?
Se detetou um erro depois de entregar, ainda pode corrigir com uma declaração de substituição — mas quanto mais cedo o fizer, menos atrasa tudo.
Se respondeu “sim” a tudo, está no bom caminho. Agora é só esperar. E com a consciência tranquila de que fez tudo para o seu IRS correr como deve ser.