Share the post "Regra 50 30 20: a fórmula mágica para o controlo financeiro"
É certo e sabido que gerir corretamente um salário não é tarefa fácil. As variáveis são mais do que muitas: o volume do rendimento mensal, as despesas fixas e variáveis e tantos outros fatores obrigam a criar um orçamento mensal. A regra 50 30 20 é uma das mais importantes fórmulas aconselhadas pelos especialistas em economia doméstica.
Assim sendo, esta é mais uma forma de conseguir alguma margem de manobra para fazer face às despesas básicas do dia a dia e, ao mesmo tempo, garantir uma “almofada financeira” que lhe permita atingir os restantes objetivos pessoais.
Contudo, existem despesas prioritárias. A renda, a alimentação e os créditos que tenha contraído são exemplos disso mesmo. Estas despesas estão no topo da lista e devem ser a primeiras a ter em consideração assim que começa a delinear o seu orçamento.
Por outro lado, as despesas com jantares fora, saídas à noite, sessões de cinema e outras atividades lúdicas devem sempre ser encaradas como secundárias e, por isso, passíveis de serem reduzidas ou até mesmo eliminadas em meses mais “apertados”.
Regra 50 30 20: o que é e para que serve
Seja para solteiros ou famílias numerosas, o orçamento mensal é extremamente importante para garantir o bem-estar financeiro de todos os elementos do agregado familiar.
Na maioria dos casos, este processo permite poupar dezenas e até centenas de euros por mês. É um excelente exercício para avaliar o estilo de vida e para fazer ajustes que garantam um novo conforto financeiro.
Para garantir que atinge os seus objetivos é essencial rastrear “de fio a pavio” as várias despesas que tem ao longo do mês, tanto fixas como variáveis (almoços e jantares fora de casa, saídas à noite, cinema, combustível, etc.).
Assim que fizer as contas, vai perceber qual o montante mensal de que precisa para viver confortavelmente e até poupar alguns euros de forma mais simples. Os especialistas garantem que a planificação é o caminho para o sucesso e, por isso, está na hora de começar a mudar de vida.
Se analisar em detalhe todos os gastos e os respetivos rendimentos, pode mesmo antecipar-se face a despesas desnecessárias e imprevisíveis, facilitando dessa forma o pagamento de dívidas e o montante que consegue poupar por mês.
Se está à procura de ajuda para esta nova fase da sua vida, a regra 50 30 20 pode ajudá-lo de forma bastante simples e eficaz. De acordo com esta fórmula deve planificar a gestão dos seus rendimentos da seguinte forma:
- 50% do montante que ganha todos os meses deve ser gasto com a casa (renda ou prestações de empréstimo à habitação), transportes, alimentação e despesas fixas, como são as faturas da água, luz, telefone e telemóvel, gás, internet, seguros, etc.;
- 30% do rendimento mensal deverá ser gasto com tudo o que esteja relacionado com o seu estilo de vida: restaurantes, compras de roupa, despesas em lazer (cinema, museus, concertos, etc.) e cuidados pessoais (ginásio, estética, etc.);
- 20% do salário deverá ser usado para o fundo de poupança e de emergência para fazer face a imprevistos, para a reforma e para a amortização do empréstimo à habitação (ou para dar uma entrada caso queira comprar uma nova habitação).
Como orçamentar o salário?
A resposta é simples e não existem grandes segredos: é importante que saiba exatamente o que gasta por mês. Só assim é possível planificar o orçamento familiar e garantir que é feita uma boa gestão financeira durante todo o ano.
É importante que as prioridades sejam definidas para os 12 meses do ano, de maneira a perceber qual o verdadeiro impacto das contas no orçamento familiar e de que forma é possível poupar sem colocar em causa os objetivos definidos.
Se não quer ser apanhado desprevenido nos meses mais “apertados”, é essencial que faça uma gestão correta dos seus rendimentos.
Vamos a alguns exemplos práticos: quando chega a altura de pagar o seguro do carro ou da casa (que são sempre debitados num determinado mês), fazer face aos gastos com o regresso às aulas em setembro, o Natal, as férias em família e tantas outras despesas, se forem planeadas ao longo de todo o ano, não causarão grandes transtornos de maior no orçamento familiar.
Porquê? Porque já são esperadas e, idealmente, estão divididas de igual forma pelos 12 meses do ano (esse dinheiro deve ser colocado de lado, noutra conta). Assim que é estabelecido o plano anual devem ser feitos os orçamentos mensais.
Quais os aspetos que devem ser apreciados na altura de fazer o planeamento anual e mensal?
Esta é uma ótima forma de educar os mais novos para os assuntos financeiros e de descobrir onde é possível poupar sem colocar em causa o bem-estar de todo o agregado familiar. Estes são os aspetos a ter em conta na altura de fazer o orçamento aí de casa:
- Devem ser discriminadas as despesas fixas, como é o caso das contas da luz, da água, do gás ou dos transportes;
- Devem ser consideradas as despesas periódicas, como são as férias, os gastos com o regresso às aulas, a revisão do automóvel e as despesas com o Natal e a Páscoa, alturas em que se gasta bastante dinheiro;
- Devem ser registados todos os rendimentos do agregado familiar para que seja possível calcular a diferença entre ganhos e gastos e definir o plano anual (e mensal).
Artigo originalmente publicado em julho de 2019. Última atualização em janeiro de 2024.