Um dos principais erros cometidos quando construímos o nosso CV pela primeira vez é a colocação de informação em excesso, devido à vontade de transmitir uma imagem completa e rica de nós próprios. Mas, menos é mais – e, de facto, há informações a remover do CV.
A verdade é que o empregador não quer saber assim tanto sobre si quando faz a triagem curricular, mas apenas o suficiente para decidir se vale a pena “perder tempo” a entrevistá-lo.
8 informações que deve remover do CV
Fique então a saber que os empregadores detestam perder tempo com informação desnecessária; de entre tantos currículos que recebem, se o seu não tiver a informação estritamente importante, e colocada numa posição estratégica, então corre o risco de nem sequer o considerarem para a vaga. Posto isto, dizemos-lhe o que pode remover do CV sem pestanejar.
1. Os prémios que ganhou
O curriculum vitae não é a sua auto biografia, mas antes um documento com informação útil e relevante para a função a que está a candidatar-se. Se os prémios ou distinções que recebeu não estiverem minimamente relacionados com o trabalho a que se candidata, só estão no CV para empatar.
No entanto, se forem prémios relacionados com a sua área de atividade que enalteçam o seu mérito, então deve, obviamente, deixar estar no CV. Apenas tenha em atenção a forma como constrói o documento, para evitar parecer pouco modesto ou presunçoso. Pense sempre como um recrutador a ler o seu currículo.
2. Informação detalhada sobre os seus passatempos
Inclua os interesses pessoais se achar que são uma mais valia para a sua marca profissional. E mesmo assim, evite detalhar informação sobre este tópico. Evite totalmente tópicos polémicos, como futebol, política ou religião.
Por exemplo, poderá sentir-se muito orgulhoso porque faz parte daquela associação anti-touradas, mas, além de isso não estar relacionado com o trabalho em si, pode ter o azar supremo de o seu novo empregador ser um apoiante fervoroso dessa atividade. Jogue pelo seguro!
3. Dados (demasiado) pessoais
Quantos empregadores já lhe responderam por correio postal? Zero, não é verdade? Então convença-se de que a morada, cada vez mais, é um elemento facultativo no seu CV. Para um cada vez maior número de empregadores, basta conhecer a localização do candidato e saber se este dispõe de transporte próprio.
O mesmo acontece com outras informações pessoais que são desnecessárias: número do cartão de cidadão, número da carta de condução, nacionalidade e, claro, estado civil.
4. Escrita na terceira pessoa
Este é um erro crasso, porque um empregador lê o CV partindo do princípio que foi redigido pela própria pessoa. Ler coisas como “Joaquim foi galardoado com o doutor honoris causa em 2015” vai soar demasiado pretensioso e pomposo, e vai transmitir uma ideia de si como sendo vaidoso.
5. O email do seu atual emprego como contacto
Aqui a melhor ideia é sempre usar um contacto pessoal. Por outro lado, tenha atenção ao seu endereço de email pessoal. Usar alcunhas, por exemplo, não vai criar uma boa imagem de si. Uma boa sugestão é criar um endereço no Gmail, apenas com o seu nome e sobrenome. Já está ocupado? Então, acrescente a sua área de trabalho.
Se não tem um destes endereços email, o melhor mesmo é criar um. É rápido, sem custos e definitivamente a melhor opção para estas interações.
6. Género
Na secção onde se coloca os dados de identificação, recomendamos que não coloque o sexo/género. Pelo nome e pela fotografia, já indica se é homem ou mulher e, antes de mais, isso não deveria sequer interessar ao recrutador.
7. Mentiras
Ser apanhado com uma mentira no seu CV não só irá impedi-lo de ingressar naquela empresa como, provavelmente – com algum azar à mistura -, poderá criar anticorpos em outras empresas do mesmo setor no mercado de trabalho. Mesmo que não seja descoberto durante o processo de recrutamento, é provável que venha a acontecer mais tarde. O mundo é mesmo uma ervilha!
8. Justificações acerca do fim dos contratos anteriores
No caso de uma experiência profissional ter terminado por insolvência da empresa, pode dar essa informação; mas este é caso único. Esqueça as justificações para o fim das suas experiências de trabalho, o empregador apenas quererá saber algo sobre essa matéria numa fase posterior do processo de seleção. Nada de explicar no CV que não lhe renovaram o contrato porque à terceira renovação ficaria efetivo.