Certamente que a ideia de ganhar um dinheiro extra para além do salário que recebe ao fim do mês lhe parece atrativa. Se é o caso, fique por aí: vamos falar-lhe sobre rendimento passivo e das estratégias que pode pôr em prática para gerar dinheiro, mesmo quando não está a trabalhar.
O que é o rendimento passivo
Apesar do nome, o rendimento passivo não surge espontaneamente e implica algum esforço, pelo menos numa fase inicial. O que acontece normalmente é que, depois de gerar estas formas de rendimento, elas continuam a render com um mínimo de manutenção.
Ao contrário do rendimento que tem origem no exercício de uma atividade profissional, o rendimento passivo provém, geralmente, de fontes que não estão relacionadas com o trabalho mas que geram dinheiro regular, como por exemplo produtos financeiros.
Para algumas pessoas o rendimento passivo até pode ser a única forma de se sustentarem financeiramente, algo a que a sabedoria popular se refere como “viver dos rendimentos”.
Mas a realidade é que para a maioria dos comuns é muito difícil que tal aconteça.
Por isso, o ideal é que combine as suas fontes de rendimento passivo com o rendimento ativo, isto é, que utilize o primeiro como um complemento aos rendimentos normais do trabalho.
Quais as vantagens?
Uma das vantagens de ter uma ou várias fontes de rendimento passivo é o facto de estas requererem pouco esforço no dia a dia.
Precisamente por serem passivos, estes rendimentos simplesmente vão sendo gerados e colhidos regularmente, não exigindo dedicação permanente nem demasiado esforço.
Diz-se, por esse motivo, que são rendimentos de baixa manutenção. No entanto, implicam algum investimento inicial, sob a forma de tempo ou de dinheiro, e podem ter um risco associado, dependendo da fonte que os gera.
Outra vantagem do rendimento passivo é que pode servir de complemento aos rendimentos ativos, melhorando a sua qualidade de vida ao fazer crescer o dinheiro disponível no orçamento familiar.
Graças ao rendimento passivo pode comprar e beneficiar de experiências a que, de outra forma, dificilmente teria acesso.
Por fim, o rendimento passivo tende a perdurar por um período de tempo, embora possa sofrer algumas oscilações em função do investimento que lhe deu origem. Torna-se, assim, uma fonte de rendimento estável que o ajuda a manter-se sustentável.
Como construir uma fonte de rendimento passivo
O primeiro passo para gerar rendimento passivo é compreender que, ainda que não exija um esforço permanente, este tipo de rendimento quase sempre se baseia numa dedicação inicial.
A realidade é que o dinheiro não nasce do nada, é preciso que tome uma ação que o atraia. Pode ser criar um produto ou serviço. Ou simplesmente investir numa aplicação financeira. Seja como for, alguma coisa tem de fazer para começar a receber dinheiro.
Assim, a ideia principal é: o rendimento passivo não dá trabalho constante, mas exige um investimento inicial significativo cujos efeitos possam perdurar no tempo.
7 fontes de rendimento passivo
Em relação às fontes possíveis de rendimento passivo, são várias. Ora, espreite.
1. Monetização digital
Se tem um site ou um blogue, pode vender espaço publicitário digital a redes de afiliação. Perde algum tempo a delimitar os espaços e a negociar com as redes, mas, uma vez concluído esse processo, passa a receber regularmente a remuneração correspondente.
2. Livros e discos
Se as artes são um dos seus caminhos favoritos, pondere escrever um livro ou gravar um disco. Vai precisar de muito esforço num primeiro momento para produzir a obra, mas depois tem uma fonte de rendimento passivo duradoura: os direitos de autor. Sempre que o seu trabalho for vendido, vai receber por esses direitos.
3. Cursos e formações
Se tem competências muito procuradas pelo mercado ou se simplesmente é muito bom no que faz, considere gravar um curso online ou escrever um livro digital sobre os temas que domina.
Tanto um como outro são produtos que se vendem infinitamente na internet (e nem sequer tem de pagar para produzir, como acontece com os discos e os livros físicos).
Mais uma vez, sempre que alguém pagar para ler ou assistir às suas palestras, vão cair uns euros extra na sua conta bancária.
4. Ações e fundos de investimento
São um jogo de alto risco, mas entram na categoria de rendimento passivo porque, enquanto a empresa em que apostou der lucro, rendem dinheiro.
As ações, assim como os fundos de investimento, são as fontes de rendimento passivo mais populares e permitem-lhe decidir quanto esforço de manutenção lhes dedica (sabendo, claro, que o rendimento obtido pode ser proporcional a esse esforço).
5. Rendas
Sobretudo agora, que Portugal está em pleno pico imobiliário, o arrendamento de imóveis é um negócio lucrativo.
Se tem casas desocupadas, e ainda que precise de fazer algumas obras de reabilitação, pondere arrendá-las. Claro que o alojamento local, mais rentável, também exige mais esforço, porque os turistas ficam pouco tempo, mas pode sempre arrendar a casa a uma família com um contrato de arrendamento de longa duração.
Enquanto esse contrato durar, a renda cai na sua conta direitinha. É o verdadeiro rendimento passivo: recebe dinheiro sem fazer nada por isso.
6. Juros
Tal como o investimento na bolsa tem riscos, o negócio dos empréstimos também não é dos mais seguros e até exige que tenha alguma verba para fazer o investimento inicial.
Ainda assim, se tem uns euros de parte que pode dispensar, vale a pena investi-los e ficar a receber os juros, que são também uma boa fonte de rendimento passivo porque não exigem esforço no médio e longo prazo.
7. Domínios da internet
Deixamos este para o fim de propósito: apesar de haver casos em que cibernautas mais expeditos enriqueceram à custa do registo de domínios muito cobiçados, a verdade é que tem mesmo de ter uma ideia brilhante no momento certo para se habilitar à sorte grande.
O negócio dos domínios da internet baseia-se na compra e venda de domínios, ou seja, de endereços web.
Ao ser dono de um domínio, pode vendê-lo a uma empresa que faça muita questão de o ter – e aproveitar para vender muito mais caro.
Também pode arrendá-lo, como se faz com as casas, e ficar a receber um montante regular durante uns tempos. No entanto, como lhe dissemos, este é um negócio muito peculiar.
Não podemos concluir sem relembrar a importância de combinar o rendimento passivo com rendimento ativo, fruto de um exercício profissional regular.
O ideal é construir um ciclo sustentável onde, no fim das contas, quem ganha é o seu bolso.