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Diante das ondas de calor e dos riscos de incêndios em Portugal, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) já divulgou um conjunto de conselhos para minimizar os riscos de complicações respiratórias – as medidas são especialmente importantes de adotar por pessoas que sofrem de patologias crónicas.
Os danos respiratórios causados pelos incêndios e ondas de calor
Os meses de sol pleno, com os seus dias de sol quente e praia, podem fazer as alegrias de muitos, mas a verdade é que estas alturas são conhecidas pelo registo frequente de casos de aparecimento, descompensação ou agudização das doenças respiratórias.
Num comunicado, a SPP alerta para os perigos da exposição prolongada a temperaturas elevadas, que pode afetar a saúde em geral, sendo particularmente mais grave para quem já sofre com problemas respiratórios.
Nas zonas rurais, ao problema das ondas de calor soma-se outra questão: os habituais incêndios que deflagram em Portugal por esta altura do ano.
O calor excessivo, a poluição automóvel nos centros urbanos e as grandes quantidades de poluentes libertadas durante os fogos no interior do país têm repercussões importantes na qualidade do ar, com consequências potencialmente graves na saúde.
De acordo com a SPP, “vários estudos demonstram que, nos dias de calor excessivo, ocorre um aumento da mortalidade, sobretudo por doenças respiratórias e cardiovasculares”.
Para prevenir as possíveis complicações respiratórias durante as ondas de calor e os períodos de incêndios, siga as recomendações de segurança que deixamos de seguida.
Incêndios: 10 conselhos para minimizar os riscos respiratórios
- Use máscara para proteger a boca e o nariz, ou lenços húmidos.
- Permaneça no interior das habitações e mantendo portas, janelas e tampas de lareiras fechadas. Se preciso, pode mesmo tapar as frinchas com panos molhados.
- Use sistemas de purificação de ar. Se tem ar condicionado, acione a opção de recirculação de ar – mas lembre-se: não utilize quaisquer aparelhos elétricos se o incêndio é no seu imóvel e saia imediatamente do local.
- Se precisa de ir à rua numa zona com fumo, leve consigo um pano molhado para tapar nariz e boca.
- Se, dentro de casa, a temperatura estiver muito elevada e não tem ar condicionado, procure outro abrigo. Pode tentar ser evacuado para uma zona com menos fumo.
- Se ficar em casa, não fume e não acenda velas, nem acione qualquer aparelho que funcione a gás ou a lenha. Evite tudo o que puder aumentar a poluição no interior do seu imóvel.
- Se precisa de atravessar de carro uma zona com fumo, na descuide: mantenha as janelas e os ventiladores fechados. Se ligar o ar condicionado, faça-o na função de recirculação.
- Diante de uma atmosfera com fumo, faça os possíveis para respirar devagar, manter o controlo e não entrar em pânico.
- Tenha sempre consigo a medicação de socorro (SOS) e utilize-a, caso necessário. Recorra ao médico ou ao serviço de urgência mais próximo se não tiver melhoras no seu estado.
- Quem sofre de doença grave ou de qualquer situação que as debilite, especialmente nas situações de calor, não deve colaborar no combate aos incêndios.
Ondas de calor e riscos respiratórios: 5 conselhos para os dias de temperaturas elevadas
- Evite estar no exterior e exposto ao sol, especialmente entre as 11 e as 17 horas.
- Use roupas largas e frescas, e procure evitar grande exposição da superfície corporal ao sol. Escolha tecidos naturais, como o algodão, e cores claras. As roupas de tecidos sintéticos não são recomendadas.
- Hidrate-se regularmente e tenha especial atenção às crianças e aos idosos: beba água ou sumos de fruta natural, mesmo sem ter sede, e evite bebidas alcoólicas, gaseificadas, com cafeína, ricas em açúcar ou quentes.
- Dê uma pausa n prática de atividade física, mas se escolher fazer opte pelas alturas mais frescas do dia e nunca se esqueça da hidratação.
- Esteja atento a qualquer sintoma de agudização de doença crónica de que sofra: tome diariamente e de forma correta a sua medicação, siga os conselhos do seu médico assistente e consulte-o se houver agravamento das queixas.
Mantenha-se em segurança nestas alturas do ano, esteja atento aos riscos respiratórios – especialmente no caso das crianças, idosos e pessoas com doença crónica – e não descuide da prevenção.