Share the post "Rivotril para dormir: o que é, como tomar e cuidados a ter"
Medicamentos como o rivotril são cada vez mais prescritos, fruto dos crescentes problemas de depressão, ansiedade e insónia que afetam grande parte da sociedade atual.
É sabido que um sono não reparador pode estar na origem de diversas complicações. Entende-se por sono não reparador um sono de curta duração ou agitado. Quando esta circunstância se prolonga no tempo, as consequências físicas e psíquicas são inevitáveis.
Fármacos como o rivotril podem ser a solução para atenuar esta condição – que pode desencadear outras doenças e afetar negativamente a vida do indivíduo.
Fruto do ritmo de vida acelerado e da má qualidade do sono, os países europeus consomem cada vez mais medicamentos para dormir. Em Portugal, por exemplo, 28,1% dos adultos sofre de insónias.
Rivotril: o que precisa de saber antes de tomar
O que é? Para que serve? Como e quando tomar?
Em linhas gerais e técnicas, o rivotril é um ansiolítico e anticonvulsionante que pertence ao grupo dos benzodiazepínicos, de que são exemplo outros fármacos, como o diazepam, lorazepam, alprazolam, bromazepam, midazolam, clordiazepóxido, entre outros.
Também conhecido pelo seu princípio ativo, o clonazepam, este é um medicamento muito receitado e administrado a doentes com problemas de ansiedade, podendo ser tomado por via oral, sublingual ou em gotas.
Porém, é fundamental entender para que é que ele serve, como tomá-lo e quais as precauções a ter durante a sua administração.
Para que serve o rivotril?
Em termos práticos, o rivotril impede que determinadas funções do sistema nervoso central sejam ativadas, sedando-as.
Para isso, é estimulada a ação do ácido gama-aminobutírico, um neurotransmissor depressor, que atenua sintomas como a excitação, a agitação, a tensão e o estado de alerta, ao mesmo tempo que induz o relaxamento, a sonolência e a tranquilidade.
Por esse motivo, este fármaco costuma ser prescrito a doentes com problemas de saúde como:
- epilepsia;
- transtorno de ansiedade generalizada;
- transtorno bipolar;
- vertigem;
- perturbação do equilíbrio;
- fobia social;
- insónia;
- depressão;
- síndrome do pânico;
- síndrome das pernas inquietas;
- síndrome da boca ardente.
Como tomar rivotril
O rivotril deve ser sempre tomado de acordo com a indicação médica, no que respeita à sua dosagem e tomas por dia. O seu efeito no organismo demora 30 a 60 minutos a fazer-se sentir, durando cerca de 8 horas.
Cuidados a ter
Como todos os medicamentos, o rivotril pode causar alguns efeitos secundários, tais como:
- sonolência excessiva;
- depressão;
- insónia;
- dores de cabeça;
- coordenação motora anormal;
- dificuldade de concentração;
- alterações na libido;
- distúrbios de memória;
- gripe;
- sinusite;
- fraqueza muscular;
- sensação de cansaço;
- irritabilidade;
- problemas respiratórios;
- vertigem, perda do equilíbrio, náuseas e tonturas;
- tentativa de suicídio ou ideias suicidas;
- alucinações;
- palpitações;
- anorexia;
- queda de cabelo;
- apetite aumentado;
- urticária;
- cistite.
Além disso, este fármaco pode provocar dependência física e psíquica, sobretudo se a sua toma for prolongada no tempo e não for devidamente orientada por um especialista.
Assim, se sentir que o fármaco deixou de fazer efeito, esse pode ser um sinal de dependência, podendo este vir acompanhado de outras reações, nomeadamente:
- cãimbras;
- cansaço;
- dores musculares;
- ansiedade acentuada;
- distúrbios comportamentais;
- psicoses;
- alucinações.
Paralelamente a estes efeitos secundários possíveis, importa ainda salientar que o rivotril não deve ser combinado com álcool e pode comprometer a execução de certas ações, como conduzir ou operar máquinas, por exemplo.
Contraindicações
Existem, ainda, indivíduos com condições impeditivas da toma de rivotril, como é o caso de idosos, grávidas, lactantes e pessoas com:
- doença de Alzheimer;
- patologias hepáticas graves;
- hipersensibilidade a benzodiazepínicos;
- insuficiência respiratória grave;
- histórico de dependência química;
- glaucoma agudo de ângulo fechado.
Portanto, nunca tome rivotril sem prescrição médica e siga todas as indicações médicas, de modo a evitar o efeitos secundários deste fármaco, desde logo a dependência do mesmo.
Não se esqueça que, se não cumprir estas boas práticas, poderá estar a comprometer a sua saúde, assim como a eficácia deste medicamento.