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Ter um curso universitário, continua a ser a melhor garantia para uma vida profissional mais favorável em Portugal. Sabia, por exemplo, que, em 2019, os salários de licenciados entre os 25 e os 34 anos foram 69% mais elevados do que os de outros trabalhadores da mesma idade?
É ainda referido que os licenciados que têm idades compreendidas entre os 45 e 54 anos, ganham quase o dobro dos restantes trabalhadores da mesma faixa etária..
Os dados do relatório anual sobre educação da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), Education at a Glance, colocam o país entre aqueles onde existem maiores ganhos para quem tem uma formação superior.
Salário de licenciados: principais conclusões do Education at a Glance 2020
Vale a pena tirar um curso do ensino superior? O salário de licenciados é, efetivamente, mais alto?
Na edição de 2020 do relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) há um capítulo novo dedicado inteiramente ao impacto da pandemia de COVID-19.
No entanto, a Organização refere que ainda é cedo para prever as consequências negativas da pandemia no setor da educação, mas considera que os governos nacionais vão certamente enfrentar decisões extremamente difíceis.
E no nosso país, esta é uma questão especificamente preocupante – o relatório recorda que em 2017, a despesa do país na Educação já foi inferior à média da OCDE.
Se se questiona sobre o salário de licenciados, saiba que segundo os dados do relatório, em 2019, o salário de licenciados foi 69% mais elevado que os restantes e que o desemprego de longa duração é superior para quem tem como qualificação máxima o ensino secundário. Além disso, mais de 80% dos trabalhadores nacionais com ensino superior, ganham acima da média do país.
Taxa de conclusão do ensino secundário em Portugal
Para que consiga ter uma noção, em Portugal, a taxa de conclusão do ensino secundário no tempo previsto é igual entre os estudantes do ensino regular e do profissional.
Na edição de 2020 do relatório Education at a Glance, lê-se que “tipicamente, é menos provável que os alunos do ensino secundário profissional concluam a sua formação em comparação com os programas regulares. Portugal é uma exceção.”
Segundo os dados revelados, a taxa de conclusão do ensino secundário dentro do tempo previsto corresponde a 57% – quer entre os alunos do ensino regular, como entre os que optam por uma via profissionalizante.
De uma forma geral, o relatório destaca a aposta do país nesta área, principalmente no acesso ao mercado de trabalho e ensino superior, afirmando que “para apoiar os alunos do ensino secundário profissional a transitar para o ensino superior e melhorar as perspetivas de carreira, muitos países criaram caminhos diretos do ensino profissional para níveis superiores”.
Benefícios do ensino superior
De entre as vantagens associadas à frequência do ensino superior destaca-se não só o facto de o salário de licenciados ser efetivamente mais alto, mas também o facto de a taxa de emprego ser mais elevada.
Tendo por base os dados do relatório, em 2019, a taxa de emprego era de 86% entre os portugueses com idades compreendidas entre os 25 e os 34 anos e com cursos superiores. Além disso, os jovens que terminam o ensino superior, ganham sobretudo a nível salarial.
Entre 2009 e 2019, a percentagem de adultos entre os 25 e os 34 anos que concluíram o ensino superior aumentou 14 pontos percentuais, acima da média da OCDE. Contudo, a média de diplomados, mesmo entre os jovens adultos, continua a ser mais baixa, registando 37% contra 45% na OCDE.