Controlar as finanças pessoais é essencial para uma vida tranquila. Gerir um orçamento faz parte da rotina, mas manter uma boa saúde financeira pessoal é mais do que pagar faturas e ver dinheiro a entrar e a sair. Ter uma noção real de como estão as suas contas requer avaliar diversas variantes e exige trabalho e organização.
Para garantir uma boa saúde financeira pessoal tem de começar por traçar um diagnóstico da mesma. Só assim irá perceber se está a gerir bem o seu dinheiro. Depois dessa avaliação deve mapear as suas despesas e rendimentos, planeando como vai gastar o dinheiro de forma criteriosa. Nesta equação é obrigatório incluir metas de poupança.
Resumimos o que pode fazer para controlar as suas finanças, evitar stress e aproveitar melhor o seu dinheiro.
Avalie a sua saúde financeira pessoal
O primeiro passo para garantir uma boa saúde financeira pessoal é traçar um diagnóstico. Faça um levantamento dos seus rendimentos e também das suas despesas. Estipule um orçamento mensal e verifique, a cada mês, se foi cumprido. Ou seja, avalie os gastos reais e compare mensalmente. Só assim terá uma noção exata para onde vai o dinheiro e poderá tomar decisões acertadas.
Para fazer o diagnóstico vai precisar de criar um mapa financeiro. Crie uma grelha no computador, anote num papel ou use uma app para o efeito mas certifique-se que inclui a seguinte informação:
- Receita líquida do agregado, ou seja, todo o dinheiro que efetivamente recebe;
- Dinheiro disponível na conta corrente;
- Ativos tais como bens que possam ser vendidos e passivos, nomeadamente dívidas;
- Despesas fixas como alimentação, carro, prestação da casa ou renda, luz, água, internet, despesas escolares, etc.;
- Quantia extra de margem para despesas ocasionais como um arranjo no carro, compra de roupa ou lazer;
- Despesas com cartão de crédito e prazos de pagamento.
Subtraia o dinheiro que sai ao valor dos rendimentos e o saldo será uma perspetiva real da sua situação financeira. Não se esqueça de atualizar os dados todos os meses para identificar gastos supérfluos e fazer mudanças se necessário.
Dicas para boa gestão financeira
Agora que organizou os números e traçou o diagnóstico da sua saúde financeira pessoal já consegue saber em que pode poupar ou até estudar formas de rentabilizar o dinheiro que sobra. Tome nota destas 10 dicas práticas:
1. Compre apenas o necessário
A nova coleção da sua loja preferida é tão gira que só apetece comprar tudo? Tente resistir aos impulsos consumistas e não seja refém da moda. O seu guarda-vestidos se calhar já está bem composto. De igual modo não vá ao supermercado com fome. Faça uma lista de compras em casa e siga à risca.
2. Compare os preços
Entre em várias lojas ou perca algum tempo a olhar para os panfletos dos supermercados para comparar os preços dos produtos e optar pelo mais barato. Aproveite as promoções para poupar nas compras do dia-a-dia.
3. Pague a pronto
Se tiver que fazer uma compra grande tente juntar o máximo do valor possível e pague a pronto. É um descanso! Os pagamentos a prestações regra geral acrescem juros que vão pesar no orçamento.
4. Use o cartão de crédito quando for benéfico
Os cartões de crédito permitem-lhe pagamentos faseados, o que pode ser uma ajuda para gerir o seu orçamento, desde que consiga manter o rasto das despesas. Aproveite benefícios como milhas que pode usar para a viagem das férias, ou descontos para cinema, concertos e outros eventos.
5. Pague o cartão de crédito a 100%
Se usar o cartão de crédito opte por pagar a fatura a 100% no mês seguinte. Isso vai ajudá-lo a controlar melhor os seus gastos e o dinheiro que sai sem ter surpresas desagradáveis.
6. Não gaste mais do que o que tem
Viva um padrão de vida que possa pagar. Viver acima das suas possibilidades vai trazer-lhe dissabores mais cedo ou mais tarde. Se não pode manter um carro topo de gama compre um de classe média.
7. Estipule metas
Quer mudar a decoração da casa ou fazer uma viagem de sonho? Estabeleça esses desejos como metas e faça poupanças para as concretizar. Ter um objetivo em mente vai ajudá-lo a manter o foco e motivá-lo a poupar.
8. Seja realista nos seus objetivos
Ao estipular as suas metas seja realista. Não conte com o possível aumento de salário ou aquele juro que espera que o investimento em ações renda. Planeie de acordo com o que os números lhe indicam e siga plano. Não se esqueça que há sempre imprevistos!
9. Estime o seu potencial de poupança
Olhe para o seu diagnóstico e perceba quanto põe de lado todos os meses. Se não poupa controle os gastos e comece a fazê-lo o quanto antes. Estabeleça metas de poupança no início de cada mês, nem que seja 20€. Se ajudar coloque um mealheiro à vista para o lembrar do compromisso!
10. Ponha o dinheiro a render
Se tem um dinheiro de sobra procure soluções de investimento que o façam render. Informe-se junto do seu banco das soluções com maior rentabilidade e sem risco, ou pondere investir em património imobiliário.
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