Segmento A, Segmento C, SUV segmento D… Já alguma vez imaginou porque é que os carros divididos em segmentos. Esta é, sem dúvida, uma questão pertinente entre muitos leitores que procuram saber o significado entre cada categoria e as letras que estão associadas a cada segmento de modelos.
De acordo com dados divulgados no estudo “O futuro da estrutura da indústria automóvel FAST 2030”, elaborado pela consultora Oliver Wyman, a produção mundial de carros irá crescer 30% até 2030. O mesmo estudo revelou um aumento de 2,4% na produção mundial em 2017, o que se traduziu em 97,3 milhões de unidades automóveis produzidas.
Ora, com tantos automóveis a serem produzidos anualmente, não faria sentido que tanta informação referente a cada modelo ficasse por “catalogar”.
Por este motivo, dividir os carros por segmentos é algo necessário para que se possa compará-los, não apenas pelos motivos por detrás de cada letra, mas também a valorização que cada grupo representa na hora de comprar e circular com um automóvel.
Porque são os carros divididos em segmentos?
Os carros são produzidos em inúmeros tamanhos e formatos e pensados e concebidos para diferentes necessidades e exigências e assim cumprirem com determinadas funções para cada condutor.
Por isso, categorizar os carros por segmentos facilita a compreensão de cada modelo, não só no momento da sua aquisição, mas também a valorização que cada modelo terá no mercado automóvel.
Por outro lado, a parte comercial e os próprios vendedores de automóveis necessitam de igual forma obter ferramentas para catalogar e comunicar de forma segmentada. Desta forma, caraterizar um veículo ligeiro de passageiros ou um de mercadorias não seria suficiente.
Comprar um carro também não é algo que se faça do pé para a mão. Todos procuramos um veículo que, acima de tudo, cumpra com as nossas necessidades e assim sendo, segmentar o mercado automóvel foi uma forma de facilitar a procura, a análise, vendas e compras de carros.
Os segmentos foram criados tendo por base uma data de fatores, sendo alguns deles as dimensões exteriores, as motorizações ou o valor comercial, por exemplo.
Seguindo o formato europeu, a Associação Automóvel de Portugal (ACAP) adotou em Portugal a categorização automóvel que inclui 6 grandes segmentos de mercado, baseados, sobretudo, no comprimento dos automóveis.
Conheça e perceba cada um deles.
Quais os diferentes segmentos dos carros
Segmento A: Económico – Citadinos
O segmento A compreende veículos de valor comercial acessível, sendo que corresponde aos citadinos com medidas exteriores até 3,5 metros de comprimento, cuja utilização seja maioritariamente urbana.
Por sua vez, é sabido que, sendo este o primeiro segmento utilizado para a categorização, abrange, por exemplo, um Smart Fortwo, cujas dimensões são bem inferiores aos valores de referência considerados neste segmento.
Paralelamente, existem outros exemplos de veículos categorizados como pertencentes a este segmento, que ultrapassam a altura requerida. Assim sendo, o seu preço pode encaixar dentro desta categoria, mas as suas dimensões não.
Exemplos: Chevrolet Spark, Honda Brio, Mitsubishi Mirage, Citroën C1, Peugeot 108.
Segmento B: Inferior – Utilitários
O segmento B corresponde à categoria dos utilitários, abrangendo automóveis cujas medidas exteriores estejam compreendidas entre os 3,6 e os 3,9 metros de comprimento.
Conforme o exemplo anterior, também este segmento foge à regra, uma vez que grande parte dos veículos classificados como utilitários tenham medidas exteriores superiores às requeridas nesta categoria.
Exemplos: Ford Fiesta, Mazda 2, Peugeot 208, Renault Clio, Volkswagen Polo, Seat Ibiza.
Segmento C: Médio Inferior – Compactos
O segmento correspondente aos compactos é o C, que, segundo os critérios estipulados, engloba carros cujas medidas exteriores estejam compreendidas entre os 4 e os 4,3 metros de comprimento.
Exemplos: Honda Civic, Toyota Corolla, Ford Focus, Volkswagen Golf, Peugeot 308, BMW Série 1, Mercedes-Benz Classe A.
Segmento D: Médio Superior – Familiares
A tabela em vigor em Portugal classifica os veículos como pertencentes ao segmento D, considerados familiares, se o seu comprimento variar entre 4,4 e 4,7 metros.
Exemplos: Volkswagen Passat, BMW Série 3, Audi A4, Mercedes Benz Classe C, Lexus IS, Peugeot 508.
Segmento E: Superior – Executivos
Pertencentes ao segmento E são os carros cujas medidas exteriores estejam acima dos 4,7 metros.
Exemplos: BMW Série 5, Audi A6, Mercedes-Benz Classe E, Jaguar XF, Lexus GS.
Segmento F: Luxo – Luxo
Ao segmento F, considerado o segmento de mercado mais alto, correspondem, sobretudo, modelos catalogados pelo seu grau de luxo e exclusividade.
Assim, neste grupo, as dimensões e proporções dos modelos estão em segundo plano. Ou seja, é uma caraterística relativa.
Exemplos: Mercedes Classe S, Maserati Quattroporte, Lexus LS, Rolls Royce Phantom, Audi A8, BMW Série 7.
Restantes subsegmentos dos carros
A título de curiosidade, é interessante referir que os SUV têm vindo a tornar-se numa tendência cada vez mais crescente e inegável. Na verdade, este subsegmento conquistou um crescente número de seguidores na Europa e é uma das tendências de 2021.
Uma vez explicado o motivo pelo qual são os carros divididos em segmentos, interessa também mencionar os subsegmentos que os caracterizam.
Dentro dos subsegmentos destacam-se os seguintes (com exemplos):
- Roadster: Mazda MX5, Audi R8 spyder, BMW Z4, Mercedes-Benz SLC;
- Cabrios: Mercedes Classe E cabrio, BMW Série 3 Cabrio, Mini Cooper Cabrio;
- Coupés : Audi A5, Mercedes-Benz C Coupé, BMW Série 3 Coupé;
- Monovolumes: Volkswagen Sharan, Ford S Max, Opel Crossland X, Citroën Grand C4 Spacetourer;
- SUV: Kia Sportage, Range Rover Evoque, Nissan Qashqai, Peugeot 3008.
Parece confuso? Mais do que carros divididos em segmentos, a indústria automóvel pretende essencialmente esmiuçar os gostos e particularidades entre cada automobilista e, ao mesmo tempo, tornar o mercado automóvel mais generalista e competitivo.