Estar preparado para um processo de recrutamento não implica só saber a história da empresa, mas também a função, bem como conhecer o seu currículo de trás para a frente. É bom desmistificar alguns segredos que os recursos humanos não contam sobre este tipo de processo e, também, sobre algumas questões internas, no funcionamento de cada entidade.
Obviamente, as competências técnicas – hard skills – são importantes para os recrutadores, pois são estas que permitem executar determinada tarefa ou função. No entanto, cada vez mais, os recrutadores procuram candidatos com certas competências pessoais, as chamadas soft skills, que vão além do “saber fazer” e que o destacam dos demais.
Inteligência emocional, foco na resolução de problemas e currículos breves com formatação imaculada são alguns dos aspetos valorizados pelos recursos humanos. Confira a nossa lista.
8 SEGREDOS QUE OS RECURSOS HUMANOS NÃO CONTAM
A importância da atitude
A atitude que apresenta numa entrevista de emprego é bem mais determinante do que pode parecer à primeira vista. É na entrevista que vai ter oportunidade para mostrar as suas competências pessoais e sociais.
Uma pessoa otimista transmite a ideia de que é bem-sucedida e, sobretudo, a forma como responde às questões colocadas, especialmente quando elas já apresentam os possíveis desafios no trabalho.
Faça perguntas para mostrar o seu interesse, por exemplo, sobre a equipa de trabalho ou sobre a política de formação da empresa. A primeira vai mostrar que é uma pessoa social, trabalha em equipa e preza o bom ambiente no trabalho. A segunda, vai mostrar que é uma pessoa motivada para aprender e adquirir novas competências.
Vida pessoal
Não fale da vida pessoal, problemas familiares ou até de situações menos agradáveis do emprego anterior. A imagem que passa não é muito positiva e pode dar azo a confusões e informações mal-entendidas por parte dos recursos humanos.
Imagem e linguagem corporal
Esta questão não é exatamente um dos mais secretos segredos que os recursos humanos não contam, e apesar de parecer óbvio, existem ainda falhas a este nível. Antes de ir à entrevista deve fazer uma pesquisa sobre a imagem da empresa, o tipo de ambiente e vestir-se de acordo. Roupas sujas e amarrotadas estão fora de questão, claro.
Tenha atenção à postura e mantenha o olhar atento no entrevistador, assim transmite confiança. Eles estão atentos a isto.
Possíveis promoções e confidencialidade
Se existe uma hierarquia e confidencialidade na corporação, não vai ser o departamento de recursos humanos a não cumprir os devidos passos para a respeitar. Por isso, não vai conseguir saber de promoções antes do tempo, nem aquilo que o seu chefe pensa sobre si e o seu futuro na empresa. As boas notícias, é que também nunca vão divulgar conversas pessoais que possam ter tido consigo.
Aguardar uma resposta
Quando fica à espera dos resultados de uma entrevista tenha atenção a este facto: nem sempre é bem-vindo aquele e-mail a “relembrar” a sua candidatura após já o terem conhecido pessoalmente. Reflita e tente perceber se vale a pena fazer o follow-up da candidatura.
Mas, atenção, nada o impede de enviar um e-mail de agradecimento, um a dois dias depois da entrevista e durante o horário de trabalho, pela atenção e tempo dispensados à sua candidatura, reafirmando o seu interesse em trabalhar na empresa e nas funções em questão. Esta é, sem dúvida, uma excelente forma de se destacar dos restantes candidatos.
Falhas no currículo
Este é mais um dos segredos que os recursos humanos não contam.
Tenha atenção ao currículo que envia e como tem a informação organizada. Um técnico de recursos humanos começa por fazer uma rápida análise e, para não correr o risco de ser posto de lado logo nos primeiros segundos, comece o seu currículo pelos requisitos e competências necessárias para a função a que se está a candidatar. Escreva de um modo simples e destaque as capacidades relevantes.
Cuidado com lacunas temporais não justificadas no CV.
Currículos extensos, má formatação, erros e gralhas são fatores de alarme para os recrutadores e diminuem as possibilidades de ser chamado para uma entrevista. Garanta que tem um currículo profissional, apenas com a informação necessária para avaliar as suas competências e experiência para a função a que se candidata.
Carta de apresentação
As cartas de apresentação não são lidas em grande parte das candidaturas que envia. Contudo, não deixe de enviar, nem de as preparar de acordo com a oferta a que responde. Os recursos humanos podem considerá-la mais tarde e apesar de tudo, passa uma imagem positiva.
Redes sociais
Como já dissemos, nem só as competências técnicas estão em cima da mesa quando falamos em recrutamento e as redes sociais são um reflexo da sua personalidade. Por esta razão, são vários os empregadores a pesquisar os perfis online dos candidatos. Por isso, cuidado com a sua pegada digital.
Os recursos humanos procuram especialistas para a área que estão a contratar. Use as redes sociais para se posicionar.
Não diga mal da sua anterior empresa ou chefia, ainda que tenha razão, pois vai deixar os recrutadores com o pé atrás: “nas costas dos outros, vejo as minhas”.
A forma como interage nas redes também é perscrutada, assim será possível analisar se a sua personalidade se adequa à cultura da empresa.
Cuidado com o que partilha, ou seja, antes de partilhar ou comentar partilhas de terceiros, pense no impacto profissional que isso lhe pode causar.
Agora que já sabe os segredos que os recursos humanos não contam, ponha em prática as nossas dicas para se destacar num processo de recrutamento.