Provavelmente, à entrada de um restaurante ou café já viu a sigla HACCP, certo? Esta sigla é usada internacionalmente e significa Hazard Analysis and Critical Control Points (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo). Representa uma medida de segurança alimentar a ser seguida e tem como base a prevenção através da aplicação de princípios técnicos ao lidar com alimentos.
O sistema HACCP nasceu nos anos 60, foi pensado originalmente para astronautas, e tem como finalidade identificar e controlar possíveis perigos alimentares, desde a produção dos alimentos até ao momento em que os levamos à boca.
Segurança alimentar: os perigos escondidos
A segurança alimentar pode ser comprometida por três tipos de perigos, de acordo com o HACCP:
• Perigos físicos: como pedaços de latas, vidros, metais e qualquer outro tipo de objetos semelhantes que possam ser perigosos.
• Perigos biológicos: são os que mais atenção costumam ter e incluem bactérias e vírus.
• Perigos químicos: estes incluem químicos que possam ser encontrados na comida, como por exemplo aqueles que são utilizados para promover o crescimento de fruta ou legumes, o mercúrio no atum ou as toxinas do marisco.
Os 7 princípios da segurança alimentar
A pensar na segurança alimentar, o sistema HACCP baseia-se em sete princípios que devem ser seguidos para que um restaurante ou café possa exibar a sigla à entrada. Conhecer o sistema é importante para saber que pode confiar em restaurantes com direito a exibi-la.
1. Analisar perigos
São analisados os três tipos de perigos à segurança alimentar mencionados acima neste artigo, ao longo de todo o processo, para evitar que sejam disponibilizados alimentos que não são seguros.
2. Determinar Pontos Críticos de Controlo (PCC)
Neste ponto, são analisados Pontos Críticos de Controlo, fases do processo em que perigos podem vir a ser prevenidos ou reduzidos a níveis aceitáveis.
3. Estabelecer limites para os PCC
Depois de identificados os perigos e analisados os Pontos Críticos de Controlo, deve-se agora separar aquilo que será aceitável e inaceitável, através de limites críticos. O tempo que um bife fica na grelha pode determinar não só o quão suculento é mas, também, o quão seguro é.
4. Monitorizar os PCC
Através da monitorização, é possível saber se os limites estão a ser cumpridos, e se estes estão a dar resultado.
5. Estabelecer medidas corretivas
Quando a monitorização indica que um ponto crítico continua a dar problemas, é necessário adotar medidas corretivas para garantir a segurança de quem vai consumir o produto final, não vá algum cliente apanhar uma intoxicação alimentar.
6. Estabelecer um procedimento de verificação
Perto do final, é preciso estabelecer processos que verifiquem que todas as medidas já adotadas resultam e asseguram a segurança dos clientes. O procedimento deve ser efetuado regularmente.
7. Adotar um sistema de registo
Por último, mas não menos importante, é a adoção de um sistema de registo que documente não só os procedimentos do sistema HACCP, mas também as verificações feitas. Um registo deve ter um prazo de arquivo de, no mínimo, o prazo de validade do produto ao qual se aplica.
E quando os alimentos já passaram o prazo?
Quando se tratam de produtos que indicam uma data de consumo preferencial, não há problema uma vez que esta se refere à qualidade máxima do produto, não querendo dizer por isso que, após essa data, esteja estragado . Na GoodAfter.com encontra produtos seguros, com reduções até 70%. Ainda não experimentou?
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