Portugal tem um Serviço Nacional de Saúde que financia e presta cuidados de saúde à população e que é tendencialmente gratuito (os cidadãos têm direito a este serviço sem qualquer encargo direto, com exceção das taxas moderadoras), no entanto, são cada vez mais os portugueses que procuram seguros de saúde. No ano de 2008, mais de 20% da população portuguesa tinha seguro de saúde, mas será que o seguro escolhido por cada pessoa é o mais indicado? Vamos conhecer 8 erros comuns a evitar!
Seguro de saúde: o que é e quais as suas vantagens?
Um seguro de saúde é aquele que é contraído e pago por cada pessoa singular ou por entidades patronais em nome dos seus empregados e cuja decisão de o contrair é voluntária. É um acordo realizado entre duas partes, em que o segurado paga à entidade seguradora uma contribuição monetária periódica, e em que a seguradora se compromete a cobrir, de forma total ou parcial, os custos de utilização de cuidados de saúde efetuados pelo primeiro.
Apesar de no nosso país existir um Serviço Nacional de Saúde que fornece cobertura universal, grande parte da população sente necessidade de contrair um seguro de saúde, que tem a vantagem de complementar o sistema de saúde público, assegurando:
a) Cobertura total ou parcial de serviços que não estejam incluídos no pacote de benefícios do sistema público ou que não são totalmente cobertos pelo sistema de saúde (por exemplo, cuidados odontológicos e medicina alternativa);
b) Aumento da escolha dos consumidores – acesso privilegiado aos prestadores privados, garantindo uma vasta escolha de prestadores de cuidados; acesso aos cuidados de saúde mais rápido; acesso a alojamento com qualidade superior.
Conheça algumas das críticas apontadas aos seguros de saúde
São vários os seguros de saúde disponíveis e apesar da preciosa ajuda que podem representar, também há alguns pontos fracos que lhes são apontados. Os estudos realizados detalham algumas das críticas mais apontadas pelos utilizados dos seguros:
1. Elevado número de exclusões;
2. Os limites de idade;
3. Os períodos de carência alargados;
4. A duração anual dos contratos (a entidade seguradora pode pôr fim a um contrato se o comprador der muita despesa, por exemplo, devido a uma doença prolongada);
5. A existência de demasiadas exceções das apólices (muitas vezes, não cobrem despesas relacionadas com doenças psiquiátricas, tuberculose, hepatite, transplante de órgãos, hemodiálise, doenças sexualmente transmissíveis, hérnias, fisioterapia e tratamentos de obesidade e fertilidade);
Seguro de saúde: 8 erros comuns a evitar
Todos desejamos que o seguro de saúde que contratamos seja o mais barato possível e que, ao mesmo tempo, cubra todas as nossas necessidades e corresponda a todas as nossas expectativas. Todavia, nem sempre o seguro com o prémio mais acessível é aquele que vai de encontro às nossas necessidades. Quando chegar a hora de escolher o seguro de saúde evite estes 8 erros comuns:
1. Orientar-se apenas pelo valor do prémio
Conheça todas as especificidades do seguro de saúde e garanta que estas são adaptadas às suas necessidades (por exemplo, se tem problemas dentários deve procurar um seguro que cubra consultas e exames de medicina dentária).
2. Não comparar preços
Existem várias opções de seguros de saúde no mercado, com diferentes prémios e diferentes franquias. Analise as suas necessidades, conheça a proposta que cada seguradora tem a oferecer e compare-as detalhadamente.
3. Não verificar se os seus médicos habituais fazem parte da rede
Não verificar se os médicos que o acompanham ou as clínicas/hospitais a que recorre habitualmente fazem parte da rede de parceiros do seguro que vai contratar.
4. Não prestar a devida atenção aos períodos de carência
De forma geral, contratualizar um seguro de saúde não significa que o possa utilizar de imediato. Compare os períodos de carência dos diferentes seguros de saúde.
5. Não atentar às coberturas e ao plafond do seguro
De forma habitual, os seguros de saúde têm um plafond anual para cada especialidade. Deve contratar um seguro de saúde cujo plafond satisfaça as suas necessidades.
6. Ignorar as exclusões
A análise das exclusões é extremamente importante já que podem existir tratamentos que não são cobertos por determinado seguro de saúde.
7. Não conhecer todos os serviços extra associados ao seguro de saúde
Conheça bem os benefícios oferecidos por cada seguro de saúde. Há seguros que oferecem serviços tais como comparticipação em medicamentos, consultas ao domicílio e cobertura para tratamento no estrangeiro.
8. Confundir seguro de saúde com cartões de saúde ou planos de saúde
Por norma, os cartões e os planos de saúde têm um preço mais acessível, no entanto, importa ter em conta que estes não substituem um seguro de saúde.
Em conclusão…
Importa, acima de tudo, analisar convenientemente as suas necessidades e pensar se as alternativas existentes serão satisfatórias e qual delas vai de encontro ao que pretende. O seguro de saúde ideal varia de pessoa para pessoa, consoante o historial clínico e a fase da vida de cada uma. Faça o exercício de analisar o valor que gastou no ano transato em consultas e tratamentos, compare esse valor com o preço total a pagar por um ano de seguro de saúde e evite os 8 erros acima descritos.
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