O tsunami que se abateu sobre o planeta trouxe ao de cima o melhor e o pior de cada um de nós. Outra coisa não seria de esperar. As pessoas temem sempre o que não conhecem e a verdade é que esta estirpe de coronavírus não estava nas previsões dos mais pessimistas.
Começou por ser algo lá longe, numa remota cidade chinesa e que só tinha acontecido ali porque eles comiam morcegos, cobras e outros animais exóticos. A verdade é que o coronavírus deu a volta ao planeta mais rápido que um espirro e abalou de forma definitiva os alicerces da sociedade.
É uma maleita cruel, esta. Impõe distância às pessoas, às famílias. Não nos podemos curar uns aos outros, ajudar os nossos, prestar apoio a quem dele necessita, ajudar. Não, temos de nos afastar para que alguém se cure. Isto é terrível. Não sabemos a quantas andamos, fazemos círculos inimagináveis para contornar outro ser humano se por acaso nos cruzamos com eles na rua (nas raras vezes em saímos para algo essencial). O toque humano tornou-se pior que lepra, olhamos em redor de forma acusatória. Toda a gente é um potencial portador da doença maldita.
Mas sabemos que, de momento, separados estamos melhor. Por incrível que pareça, a solidão torna-se um porto seguro, não o fim de uma linha. O que não podemos desistir é de socializarmos de forma segura, de levantarmos um polegar a quem está à janela. De sermos seres humanos que vivemos em sociedade, onde somos interdependentes e onde cada um deve ter o seu lugar.
O acesso à informação é vital para que a vida continue a fluir, para que saibamos como proceder a cada momento, que cuidados a ter e perceber ainda que o mundo continua a rolar. Mais devagar, mais assustado, mais mascarado, mas ainda assim a rolar. No entanto, essa informação deve ser clara, certeira e, acima de tudo, credível.
Desde sempre que o Ekonomista, e o nosso irmão Vida Ativa, se pautam pelo rigor da informação que disponibilizam. Mas ninguém é perfeito e às vezes uma coisa ou outra não corre bem. Com esta crise, apertamos a malha às fake news, aos sites duvidosos, em suma, à pandemia de desinformação que grassa por essas redes sociais fora.
Apostamos em informação útil. O nosso lema é claro, fazemos conteúdo que descomplica. Por isso iremos continuar a servir quem nos segue e nos lê, com dicas, informações e leituras realmente úteis.
Não sabemos o que nos reservam os próximos dias, semanas, meses. A declaração do estado de emergência muda tudo ou deixa tudo na mesma? Aqui, estamos todos a trabalhar a partir de casa, cada um no seu canto, a ler o que cada um diz. Mas temos a noção de que tal como a generalidade dos portugueses, por agora separados somos mais fortes.