A COVID-19 veio mudar o mundo e fez o mercado global mergulhar numa crise profunda sem precedentes.
Depois de vários confinamentos e muitas restrições, alguns dos setores com mais emprego no passado viveram tempos difíceis, enquanto outros se reinventaram.
Dois anos passados, a atualidade mostra um cenário muito diferente, em Portugal e na Europa.
Perceba quais os setores com mais emprego e entenda as razões.
Setores com mais emprego após crise pandémica
Os anos 2020 e 2021 fizeram o mercado global mergulhar numa crise profunda, mas o regresso à “normalidade” trouxe mudanças positivas em alguns setores com mais emprego, mais sucesso e mais futuro.
Jogo e turismo na linha da frente
De acordo com o novo módulo estatístico extraído dos inquéritos ao emprego, o Eurostat avaliou os setores de atividade com registo de mais postos de trabalho depois da crise imposta pela pandemia de COVID-19.
O turismo registou a maior subida no primeiro trimestre de 2022. Também as atividades ligadas ao jogo constituíram um dos setores com mais emprego, registando um acréscimo de 38,6%, em comparação com o mesmo período de 2021.
Também a restauração registou um evidente acréscimo de atividade e, claro está, uma clara fatia no que respeita ao emprego.
Motivos
O facto de o turismo e as atividades ligadas ao jogo serem dos setores com mais emprego no primeiro trimestre de 2022 é justificado por diferentes motivos, nomeadamente o “regresso à vida normal” das pessoas (consumidores). Depois de terem fechado portas, períodos de lay-off, cancelamentos e distanciamento social, a “vontade/necessidade de mundo” trouxe um aumento expressivo de atividade turística em toda a Europa e também no mundo.
Além disso, novas ofertas e mais qualidade de serviços exigem profissionais qualificados, entre outros. O mesmo se aplica ao setor do jogo, ainda que de formas diferentes, mas de modo a dar resposta à procura.
Também o facto de ter sido registado um aumento significativo do desemprego em toda a Europa e os setores, nomeadamente, do turismo e da restauração se destacarem pelo seu regresso (em força) à atividade, justifica um aumento da necessidade de mão de obra e, consequentemente, da oferta de emprego.
Tecnologia: mais emprego e futuro
A pandemia acelerou a revolução digital já em marcha. De repente, empresas e profissionais tiveram de se adaptar a novas ferramentas e novos métodos de trabalho, de comunicação e de negócio.
A tecnologia assumiu um papel determinante como nunca antes visto no mercado de trabalho, no ensino e formação e em muitas outras áreas. A realidade em 2022 é totalmente distinta daquela que se vivia antes da pandemia, em Portugal, na Europa e no mundo.
Apesar das dificuldades, na atualidade não há margem para dúvidas e a aprendizagem e evolução são continuas. O setor das tecnologias de comunicação e informação destaca-se, de acordo com um estudo apresentado pela Fundação José Neves, aquele que manteve (e mesmo aumentou) o emprego em Portugal durante a crise pandémica, sendo também aquele que continua a empregar mais pessoas.
Áreas específicas como a engenharia informática revelam-se uma aposta de futuro, ainda que exijam também formação ao longo da vida, pelo seu constante desenvolvimento. O futuro assim o exige.
A necessidade das mais diversas tecnologias nos diferentes setores profissionais e sociais, bem como a necessidade de proteção e segurança de dados abrem caminho a um universo de oportunidades, nomeadamente em Cibersegurança.
Assim, podemos concluir que no início de 2022 destacaram-se alguns setores com mais emprego na Europa, entre os quais se destacaram o turismo, atividades ligadas ao jogo, a restauração e as tecnologias digitais.