Share the post "Quais são os sinais de que o seu filho pode ter uma depressão?"
A depressão infantil é uma realidade. Porém, na correria do dia a dia, há sintomas que lhe podem passar despercebidos. Em todo o caso, existem sinais de que o seu filho pode ter uma depressão e é importante estar atento a eles.
Uma criança triste, sem energia, sem apetite e desmotiva são sempre indicadores de que algo não está bem. Na ausência de outras patologias ou sintomas (como febre, por exemplo), deve equacionar a possibilidade do jovem estar a atravessar alguma instabilidade emocional.
Registe os sinais de que o seu filho pode ter uma depressão e, em caso de suspeita, consulte de imediato um pediatra ou psicólogo/pedo-psiquiatra.
10 sinais de que o seu filho pode estar com uma depressão
1. Estar sempre com uma expressão facial triste
Por norma, as crianças são alegres e conhecidas por terem uma energia próxima do inesgotável. Se sente que o seu filho está constantemente com um olhar vazio e sem brilho, não sorri e está sempre com uma postura corporal que indica fadiga ou cansaço, é sinal de que algo não está bem com a criança.
Caso não haja outro sintoma de doença como febre, por exemplo, pode significar que o seu filho está a atravessar algum problema do foro emocional ou psicológico.
2. Não querer brincar
Outra coisa muito incomum é uma criança rejeitar brincadeiras. Normalmente, isso é sinal de que algo não está bem com o jovem. Não ter energia ou sentir-se cansado e com sono são indícios a que deve estar particularmente atento no seu filho.
3. Fazer muitas birras
Sabemos que há idades em que estes comportamentos são mais comuns, mas demonstrar uma irritabilidade constante e infundada, pode significar algo mais. Se o seu filho está sempre de mau humor ou aborrecido, deve tentar perceber o que se passa com ele.
4. Chorar muito facilmente
O choro fácil indica que o seu filho está especialmente sensível e com dificuldade em controlar as suas emoções. Converse com ele e tente perceber o porquê desse estado e comportamento.
5. Ter falta de apetite
É certo que há crianças que não gostam de comer e rejeitam sempre a comida. Porém, se este não é o caso do seu filho e verifica que, desde há algum tempo, ele tem começado a perder peso, então deve levar o assunto a sério, visto que os distúrbios alimentares escondem sempre outros problemas.
6. Ter dificuldade em adormecer
As crianças com depressão costumam ter dificuldade em adormecer e, durante a noite, costumam acordar várias vezes com pesadelos ou terrores noturnos. Nesta fase, é possível que mesmo jovens mais crescidos possam voltar a urinar na cama.
7. Ter dificuldade em separar-se da mãe ou do pai
Nestas circunstâncias, as crianças também revelam muitos medos, nomeadamente de perderem aqueles que mais amam, habitualmente a mãe ou o pai. Esse medo pode fazer com que elas sintam uma grande dificuldade ou mesmo pânico de se separarem destas duas figuras.
8. Sentir-se inferior
A depressão afeta a auto-estima da criança e, por isso, nessa condição é comum que ela se sinta inferior e julgue que tudo o que os outros fazem (nomeadamente os pares) é melhor. Estes jovens costumam achar que todos os colegas são mais bonitos, desenham melhor, jogam melhor à bola ou, mesmo, que as outras pessoas gostam mais deles.
9. Diminuição do rendimento escolar
Todos os sinais que já descrevemos contribuem para a falta de concentração e foco, o que compromete, necessariamente, o rendimento escolar. Por isso, a descida das notas pode ser um bom indicador de que algo não está bem com o seu filho.
10. Sofrer de incontinência urinária e fecal
Como já referimos, durante a noite mas não só, a criança emocionalmente instável pode ter dificuldade em controlar a urina e mesmo as fezes. Se o seu filho já não usa fralda há algum tempo, não desvalorize este género de “acidentes”, caso eles se tornem muito frequentes.
O que deve fazer?
Antes de mais deve conservar com o seu filho e, se conseguir, tentar perceber o que se passa e qual ou quais as origens destes problemas. Mesmo que a criança desabafe consigo, é importante levá-la a um médico que pode ser o pediatra ou um psicólogo/pedo-psiquiatra.
Só um profissional de saúde habilitado para o efeito pode fazer o diagnóstico com total rigor e exatidão e, também, definir qual o tratamento mais adequado para cada caso. Contudo, importa referir que, tal como acontece nos adultos, o apoio da família é essencial para a boa e rápida superação da depressão.
Enquanto pais, há algumas dicas importantes sobre como deve relacionar-se com o seu filho, principalmente se ele estiver a atravessar um período mais difícil.
- Respeitar e mostrar que compreende aquilo que o seu filho sente, embora possa parecer-lhe um problema pequeno ou sem importância.
- Proporcione ao seu filho a realização de atividades que ele aprecie e em que a principal finalidade não seja competir, mas simplesmente divertir-se.
- Elogie e valorize as coisas positivas que o seu filho faz e evite as críticas, sobretudo à frente de outras pessoas.
- Esteja atento ao seu filho. Ouça aquilo que ele lhe quer contar. Mostre-se disponível para o ajudar naquilo que ele precise.
- Estimule o convívio e interação do seu filho com outras crianças da mesma idade.
- Não permita o isolamento no quarto, seja a brincar, seja “agarrado” aos gadgets tecnológicos;
- Tenha cuidados redobrados com a frequência e qualidade das refeições que o seu filho faz.
- Remova o ruído visual do quarto do seu filho, tornando-o num ambiente tranquilo que induza ao descanso e ao relaxamento.