Ekonomista
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01 Mar, 2024 - 12:56

Conhece a síndrome das pernas inquietas? Como identificar?

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A síndrome das pernas inquietas é extremamente desconfortável durante o sono. Conheça as causas e os tratamentos.

Mulher com síndrome das pernas inquietas

A síndrome das pernas inquietas é uma patologia crónica e progressiva, com impacto negativo no sono e na qualidade de vida. Apesar de ser fácil de reconhecer e diagnosticar esta patologia, muitas pessoas continuam ainda sem recorrer a ajuda especializada, não usufruindo do tratamento adequado.

Síndrome das pernas inquietas: tudo sobre o distúrbio

O que é a síndrome das pernas inquietas?

É uma doença neurológica que provoca nas pessoas uma necessidade incontornável de mexer as pernas ou um grande desconforto nas mesmas. O doente sente um desejo irresistível de mover as pernas, em geral acompanhado por (ou em resposta a) sensações desconfortáveis ou desagradáveis nas pernas.

Existem dois tipos de síndrome das pernas inquietas. Uma está associada a doenças médicas (Parkinson; doenças reumáticas crónicas; diabetes; doenças renais) ou à utilização de determinadas medicações, outra é aquela cuja causa é desconhecida.

Os sintomas aumentam de intensidade com o aproximar do final da tarde e noite, em especial antes de adormecer. Os sintomas surgem especialmente nos períodos de descanso ou inatividade.

Apesar de, geralmente, as pernas serem os membros mais atingidos, também é possível que esta síndrome ocorra ao nível dos braços ou da face. Os sintomas e as queixas podem variar de pessoa para pessoa, sobretudo ao nível da intensidade e duração.

Os sintomas surgem, habitualmente, em pessoas com menos de 45 anos.

Quais as principais queixas de quem sofre desta doença?

quem sofre da síndrome das pernas inquietas tem dificuldades em dormir

O diagnóstico é feito através da minuciosa recolha da história clínica do doente, não sendo habitualmente necessária a realização de exames complementares de diagnóstico.

Desta forma, as queixas apresentadas pelas pessoas que sofrem da síndrome das pernas inquietas são determinantes:

  • Sensações desagradáveis: inquietação; formigueiros; sensação de dor ou queimadura nos membros inferiores;
  • Vontade incontrolável de mexer as pernas;
  • Sintomas agravam com o repouso e aliviam com o movimento;
  • Sintomas agravam ao final do dia;
  • Queixas de insónia ou sonolência diurna;
  • Queixas de dificuldades cognitivas: a privação do sono pode provocar dificuldades de memória e atenção;
  • Alterações de humor: também associadas à privação do sono;
  • Queixas de cansaço.

Qual a causa da síndrome das pernas inquietas?

Infelizmente, a causa desta patologia ainda não é totalmente conhecida. Contudo, sabemos que é provocada por determinadas alterações a nível cerebral, nomeadamente devido à deficiência de certas substâncias em algumas localizações cerebrais.

Parece também existir uma predisposição genética determinante, visto que 50% dos doentes têm outros familiares afetados com a mesma patologia.

No caso da síndrome ser causada por outras doenças já existentes, existem já bastantes dados acerca de quais são as doenças causadoras: diabetes; insuficiência renal; anemia por carência de ferro; doença de Parkinson; artrite reumatóide.

Quais os tratamentos disponíveis?

síndrome das pernas inquietas

Tendo em conta que a síndrome das pernas inquietas é uma situação crónica, o tratamento é mantido durante a vida toda. O tratamento pode assentar em medidas farmacológicas e não farmacológicas.

Medidas farmacológicas: diversas classes de fármacos podem ser utilizadas no tratamento desta síndrome e mostram-se eficazes no alívio dos sintomas.

Medidas não farmacológicas: apesar das medidas farmacológicas serem essenciais, devem ser combinadas com outras medidas, tais como o evitamento do álcool e de substâncias estimulantes (como café ou chocolate) e uma boa rotina de sono; a ajuda psicológica para lidar com as alterações de humor decorrentes da privação do sono e da frustração sentida pode ser importante.

Em conclusão, apesar da síndrome das pernas inquietas poder ser muito frustrante e trazer várias consequências negativas ao dia-a-dia de quem dela sofre, existem tratamentos disponíveis que podem ajudar.

Se este for o seu caso, converse com o seu médico de família e explique detalhadamente todos os seus sintomas.

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