Ao mesmo tempo que Rey tenta conquistar a atenção do velho Mestre Jedi Luke Skywalker, a Resistência trava mais uma batalha contra a First Order. Luke parece relutante em treinar Rey. Kylo Ren continua na sua caminhada no Dark Side, mas sempre tentado pelo Light Side. Star Wars, The Last Jedi responde a muitas perguntas, mas nunca acharíamos que haveria de ser desta maneira…
Crítica de Cinema: Star Wars, The Last Jedi
The Last Jedi é brilhantemente realizado por Rian Johnson, que teve também a difícil tarefa de escrever a continuação da história da família mais famosa da galáxia que fica lá longe. O filme é uma autêntica montanha-russa de momentos de puro drama, suspense, acção e comédia. É talvez o Star Wars com os melhores momentos de comédia, ainda que alguns, e recordo-me de apenas dois, poderiam ser dispensados.
Quanto à acção? The Last Jedi tem as melhores sequências de lutas espaciais da saga. Os primeiros 15 minutos são assombrosos. Quem viu o filme em IMAX 3D sabe do que falo. Parece mesmo que estamos dentro do cockpit do X-Wing do Poe Dameron, ou a andar em cima da Dreadnought da First Order.
Filme de Star Wars que se preze tem duelos com lightsabers. À semelhança daquilo que já tinhamos visto no Force Awakens de JJ Abrams, os duelos neste filme mantiveram-se interessantes e credíveis, dentro do Universo que George Lucas criou na década de 70.
A história? A mais rebelde de todas. Percebo que muitos lhe torçam o nariz. Rian Johnson leva o Star Wars para outros horizontes, introduzindo coisas novas no lore dos Jedi e dos Sith. Mas nem só de coisas novas o The Last Jedi se fez.
Excelentes momentos filmados e editados só para os fãs, um deles que me fez saltar da cadeira, até. Desenganem-se aqueles que pensariam que este filme espelhasse o Empire Strikes Back como o Force Awakens fez com o A New Hope. Há pequenos momentos que nos recordam de outros existentes no episódio 5, mas a personalidade deste filme é tão forte e diferente de todos os outros que o torna o mais singular.
O equilíbrio da força
Um dos pontos mais positivos do episódio 8 é a evolução das personagens, com Kylo Ren e Poe Dameron à cabeça, que é bastante visível ao longo dos 150 minutos de duração do filme.
Mark Hamill entrega o seu melhor trabalho como Luke Skywalker. Sempre foi o elo mais fraco do trio original, entre Harrison Ford e Carrie Fisher, e foi aqui, no The Last Jedi que Hamill mostra todas as suas capacidades como actor. Um verdadeiro Mestre Jedi. Assombrado por todos os seus fracassos. Quase que me conseguiu virar para o Light Side…
Carrie Fisher, a nossa princesa tornada General da Resistência que nos deixou fez um papel memorável. E dizer mais seria levantar demasiado o pano.
Este foi o filme da efectiva passagem de testemunho para a nova geração de actores de Star Wars. Adam Driver e Daisy Ridley encarregam-se agora do equilíbrio da força, com as suas personagens a partilharem muito do tempo do filme juntas.
Star Wars, The Last Jedi não consegue atingir o patamar de perfeição do Empire Strikes Back principalmente por não ter uma história consensual entre os fãs. As decisões de Rian Johnson deixaram muitos desagradados e outros tantos em êxtase. O filme não tem um ritmo tão bom como o do The Force Awakens, mas nada que belisque fortemente a sua qualidade geral. O final do filme, não sendo mau, não nos deixou estupefactos como no episódio anterior. Fotografia e banda-sonora exemplares. Excelente uso de CGI e de pratical effects.
Que estes dois anos passem rápido. E que a força esteja sempre com vocês.
Estrelas: *****
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