O imposto extraordinário definido no programa do Governo vai afectar principalmente a classe média.
Este imposto vai incidir sobre o subsídio de Natal da seguinte forma: calcula-se a diferença entre o subsídio e o salário minimo nacional e desse resultado, 50% vai para o Estado. Vamos dar um exemplo, alguém que receba um subsídio de 750€, para sabermos o valor do imposto fazemos a seguinte conta:
750€ – 485€ = 265€. 265€ x 50% = 132,5€. 132,5€ será o valor pago ao Estado de imposto extraordinário, que esperemos que seja só este ano.
A DECO alerta para o aumento do sobreendividamento, uma vez que para muitos o subsídio de Natal é uma espécie de tábua de salvação para equilibrar o orçamento familiar.
Para as famílias que têm uma taxa de esforço muito alta, mas assim mesmo continuam a honrar os seus compromissos, esta medida vem criar novos desequilíbrios, daí que a DECO apele ao bom senso do Governo e solicite medidas complementares para as famílias mais carenciadas.
Irão existir mais desenvolvimentos sobre esta medida, nomeadamente quanto ao procedimento a tomar por exemplo, nos profissionais liberais, assim como perceber a forma de tributação, se é retirando ao subsídio de Natal ou será preciso esperar pelo IRS.
Para já sabe-se que esta medida vai permitir uma receita extra de 800 milhões de euros, cobrindo apenas 40% do desvio orçamental.