Share the post "Terrores noturnos das crianças não são pesadelos. Saiba porquê"
Os terrores noturnos são uma parassónia, ou seja, um tipo de perturbação do sono. Eles caraterizam-se por despertares súbitos, marcados por ansiedade, gritos e agitação. Este problema é especialmente comum em crianças entre os 2 e os 5 anos de idade.
Estes terrores podem durar segundos ou minutos, sendo mais frequentes nas primeiras 3 a 4 horas de sono. Apesar de normal, esta perturbação pode tornar-se grave, se se tornar muito recorrente (nomeadamente na mesma noite), pois pode conduzir a privação de sono, irritação, sonolência e imunidade mais baixa. Fique a saber mais e quando será pertinente consultar um médico.
Terrores noturnos na infância: tudo o que precisa saber
Os terrores noturnos causam medo e angústia e a sua frequência pode ser variável de criança para criança. Geralmente, estes terrores traduzem-se em sonhos maus ou violentos, onde podem aparecer figuras assustadoras do imaginário infantil, como fantasmas, monstros ou bruxas.
Convém esclarecer que terrores noturnos e pesadelos não são a mesma coisa. Ao contrário dos terrores, os pesadelos costumam surgir na segunda metade da noite e, normalmente, a criança lembra-se daquilo com que sonhou, o que pode fazer com que o pesadelo se traduza num sentimento de medo durante o dia, devido às memórias desse sonho.
Causas
Na origem dos terrores noturnos, pode estar a imaturidade das células do sistema nervoso central. Além disso, há outros fatores que podem contribuir para este problema, nomeadamente haver casos de sonambulismo na família; stress ou tensão emocional; fadiga; alteração na rotina diária; privação de sono; entre outros.
Sintomas
As principais manifestações dos terrores noturnos nas crianças são:
- despertares súbitos;
- gritos, choro e agitação;
- dificuldade em acalmar-se e em acordar do sonho;
- encontrar a criança sentada na cama com os olhos abertos e transpirada;
- sentir dificuldade em acordar a criança.
Cuidados a ter em caso de terrores noturnos
Normalmente, os terrores noturnos desaparecem sozinhos, com o crescimento e, nomeadamente, com a entrada na adolescência.
Porém, há alguns cuidados que é importante ter, tais como:
- não tentar acordar a criança à força, pois isso pode aumentar a sua agitação. Assim, deve tentar acalmá-la, conversando com ela tranquilamente;
- garantir que o quarto da criança é seguro, caso ela se levante e caminhe durante o terror noturno;
- evitar que a criança veja programas ou filmes violentos;
- não dar produtos com cafeína à criança;
- garantir que a criança tem uma boa rotina de sono, dormindo o número de horas aconselháveis para a sua idade;
- não dê soríferos à criança, sem indicação médica para tal.
Procurar ajuda
Caso os terrores noturnos durem uma semana consecutiva; perturbem significativamente o descanso da criança, interfiram no seu rendimento durante o dia, ou não desapareçam na adolescência, deve consultar um profissional de saúde. Contacte com um médico de família, um pediatra, um psicólogo, um neurologista ou um psiquiatra para avaliação do problema.
Nesse caso, deve partilhar com o especialista toda a informação relevante para o diagnóstico, dizendo nomeadamente se a criança toma medicação ou consome produtos com cafeína; quais os sintomas e a frequência dos terrores noturnos; qual a rotina diária da criança; se há histórico familiar de distúrbios de sono; e como os pais agem durante e após os terrores noturnos da criança.