As Aldeias do Xisto são tesouros escondidos em Portugal. Fazem parte do acervo histórico e monumental nacional e guardam histórias, artes e tradições que merecem ser escutadas, revisitadas e valorizadas.
Distribuem-se pelo interior da região centro do país, nomeadamente pela Serra da Lousã, Serra do Açor, Zézere e Tejo-Ocreza, escondidas entre serras de vegetação frondosa, onde se respira ar puro, se convive com pessoas afáveis e onde se come bem, aliás, muito bem.
Faça as malas e parta à descoberta deste património, sobretudo agora que as Aldeias do Xisto estão a oferecer uma campanha promocional imperdível! Preparamos um roteiro detalhado sobre o que visitar em cada uma das 27 Aldeias do Xisto a preços especiais. Boa viagem!
Tesouros escondidos em Portugal: as aldeias da Serra da Lousã
A Serra da Lousã, juntamente com a Serra do Açor e a Serra da Estrela, formam o mais imponente dos alinhamentos montanhosos de Portugal: a Cordilheira Central. A Serra da Lousã constitui a extremidade sudoeste desta cordilheira e abrange os concelhos de Lousã, Góis, Castanheira de Pêra, Miranda do Corvo e Figueiró dos Vinhos.
A Serra da Lousã alberga as Aldeias do Xisto de:
- Aigra Nova
- Aigra Velha
- Casal Novo
- Pena
- Candal
- Talasnal
- Chiqueiro
- Comareira
- Cerdeira
- Gondramaz
- Ferraria de São João
- Casal de São Simão
Aigra Nova
Segundo a informação disponibilizada pela ADXTUR- Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, o nome Aigra Nova terá surgido após uma designação como “aigra fundeira” respeitante a quinta ou a um novo campo de cultivo instalado, quando comparado com a existência de outra aigra – a Aigra Velha. Localmente, o nome é tido como originário a partir de “acrum” que tem o sentido de áspero, amargo, duro, difícil, em referência às condições de trabalho e vida no local.
A não perder:
- Núcleo da Maternidade de Árvores do Eco-Museu Tradições do Xisto: esta é a única aldeia com uma “maternidade de árvores”, um espaço de educação ambiental que o vai surpreender. Além de ser um belíssimo exemplar dos tesouros escondidos em Portugal, é possível não só conhecer e participar no processo de reprodução de espécies autóctones, mas também integrar programas de educação ambiental, fazer apadrinhamentos e contribuir para campanhas de plantação de árvores. Esta é uma excelente visita para fazer em família, sobretudo para ajudar os mais novos a valorizar a natureza e os seus encantos;
- Loja Aldeias do Xisto: além de vender os produtos tradicionais e locais, com o selo das Aldeias do Xisto, tem também um serviço de bar e de refeições ligeiras.
Aigra Velha
Esta aldeia fica a 14 km de Góis. É a Aldeia do Xisto que se encontra a maior altitude (770m), muito próxima dos cumes da Serra da Lousã, mas de fácil acesso.
Implantada numa cumeada da serra, Aigra Velha é circundada por alguns terrenos agrícolas e uma vasta área de pastoreio. Daqui vê-se a Serra da Estrela e os colossais Penedos de Góis.
Contam os antigos que muitas caravanas de comerciantes paravam aqui para pernoitar. À noite havia lobos, o que levou os habitantes a cortar a única rua da aldeia e a fazer ligações internas entre as casas.
A não perder:
- Parque Florestal da Oitava;
- Parque Florestal da Ribeira da Pena;
- Forno e alambique da Família Claro: pertencentes à família Claro, são utilizados para a confeção de pão e aguardente de mel.
Pena
Abrigada junto aos Penedos de Góis, a Pena está localizada a 12 km de Góis, no flanco norte da serra da Lousã. Aqui, um castanheiro secular guarda a entrada da aldeia, implementada, literalmente, num penhasco.
A não perder:
- Alminha: o único elemento de vocação religiosa da aldeia;
- Moinho de água: situado na margem esquerda da ribeira da Pena;
- Fontanário: localizado no centro da aldeia;
- Largo do Chafariz.
Casal Novo
A aldeia desenvolve-se na encosta norte da Serra da Lousã, em declive acentuado. Daqui pode pode observar-se a Lousã e o seu conhecido castelo.
A não perder:
- Das construções tradicionais e de utilização coletiva apenas restam a fonte, o respetivo tanque e a eira, que é atualmente utilizada como miradouro, tirando partido do panorama que se alcança sobre a planura da Lousã. Na linha do horizonte avista-se até a serra de Montemuro.
Fique hospedado na belíssima Casinha do Conde. Alugue a casa inteira por apenas 36,4€ por noite – preços especiais da campanha promocional. Só tem de reservar até 14 de março para usufruir em qualquer altura até 21 de junho. Faça aqui a sua reserva >>
Candal
Esta aldeia está situada na bacia hidrográfica da ribeira de S. João, numa colina voltada a sul da Serra da Lousã. Estrategicamente colocada junto à Estrada Nacional, que liga Lousã a Castanheira de Pera, esta aldeia está habituada a receber visitantes. Estes são recompensados por subir as suas ruas inclinadas, pois, chegados ao miradouro, uma belíssima vista sobre o vale se apresenta, refrescada pela ribeira do Candal.
A não perder:
- Antiga escola primária: construída na década de 1920 graças às remessas de divisas enviadas pelos candalenses emigrados nos EUA.
- Chafariz do Candal: implantado na berma da EN236 e datado de 1941, tem poema que o enobrece.
- Alminha: é a única construção religiosa que existe na aldeia. Encontra-se no largo da aldeia e foi mandada construir por uma família de candalenses como pagamento de uma promessa.
- Moinhos: cinco moinhos hidráulicos, construídos na década de 1920, ao longo da margem direita da ribeira de Candal, aproveitavam a força da água para acionar o mecanismo que moía os grãos de cereal produzidos nas pequenas leiras da aldeia.
- Lagar de azeite: construído em 1919, foi, recentemente, alvo de intervenção de recuperação, estando o seu mecanismo operacional.
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Talasnal
Esta é, desde há muito, a Aldeia do Xisto da Serra da Lousã que tem dado mais visibilidade e carisma ao conjunto. Pela sua dimensão e disposição, mas também pelos muitos pormenores das recuperações das suas casas. Isto, para não falar na forma como a aldeia nos seduz pela boca.
A não perder:
- Alminha: localizada na ruela principal, num nicho envolvido por moldura de madeira;
- Lagares de azeite: existiram dois lagares de azeite na aldeia. Um está em ruína. O outro, particular, foi recentemente recuperado. São os testemunhos do muito “ouro verde” que por aqui se produzia;
- Talasnicos: doces típicos de mel e castanha da doçaria conventual;
- Retalhinhos: é a mais recente criação de confeitaria inspirada pelo Talasnal. Estes pastéis, à base de castanha e amêndoa, foram criados por Maria José, proprietária da Casa da Urze e do Retalhinho.
Fique hospedado na Casa Lausus. Alugue a casa inteira por apenas 52,5€ por noite – preço já com desconto. Só tem de reservar até 14 de março para usufruir em qualquer altura até 21 de junho. Faça aqui a sua reserva >>
Chiqueiro
Esta aldeia teve a sua maior população residente em 1940, com 45 habitantes. Desde 1991 que mantém apenas dois habitantes e o seu rebanho.
A não perder:
- Capela da Senhora da Guia: esta capela era partilhada pelos habitantes do Casal Novo e do Talasnal. É uma construção em xisto de planta retangular, rebocada e pintada nas esquinas com faixa em azul-espanta-espíritos;
- Inscrição religiosa: na fachada de uma casa junto à capela, vê-se uma pequena inscrição gravada. São visíveis as letras “I H S”, que correspondem ao trigrama e símbolo que foi utilizado pela Companhia de Jesus.
Comareira
É a mais pequena das Aldeias do Xisto. Os seus habitantes orgulham-se de dizer que este é um ponto estratégico para os visitantes das Aldeias do Xisto que se interessem pelas praias fluviais desta região ou pelo Parque Florestal da Oitava.
A não perder:
- Apesar de ser uma aldeia solarenga e pitoresca, é sobretudo um acesso a várias praias fluviais. Todavia, as paisagens a perder de vista são idílicas.
Para uma estadia na Comareira, tem de ficar alojado numa casinha típica. Propomos a Casa de Campo da Comareira – Prado do Corço. Um quarto para duas pessoas com pequeno-almoço incluído custa apenas 32,5€/noite, já com desconto. Faça aqui a sua reserva >>
Cerdeira
Cerdeira é um local mágico, dizem os seus habitantes. Isto porque é muito pitoresca e, mal se entra na aldeia, parece que entramos num mundo fantástico.
A aldeia é hoje um local de criação, através de residências artísticas internacionais, da realização de workshops de formação e de pequenas experiências criativas. Um lugar para retiros de artistas, de bem-estar, tirando partido da sua riqueza natural, do silêncio e das infraestruturas desenvolvidas para isso: os alojamentos, a Casa das Artes, os ateliers, a biblioteca, a galeria, o forno comunitário, o Café da Videira.
A não perder:
- Fonte: construída, em 1938, pela Câmara Municipal da Lousã, no caminho pedonal de acesso à aldeia. Com água de nascente;
- Alminha: localizada no nicho na fachada de uma casa particular. No seu interior, há uma tábua pintada que é um ex-voto dedicado ao Senhor dos Aflitos;
- Casa das Artes e Ofícios: reconstruída ao abrigo do programa ECO-ARQ, segundo critérios de ecorreabilitação – emprego de materiais e técnicas de construção locais, com baixa emissão de CO2 (pedra de xisto e argamassa de barro, madeira de castanheiro e placas de granulado de cortiça como isolamento térmico). Hoje alberga iniciativas de turismo criativo e artístico.
Sob a chancela Cerdeira Village, a aldeia tem 8 casas tradicionais de xisto onde pode ficar e usufruir do melhor que a aldeia tem para oferecer. Esta é a nossa sugestão: Casa das Estórias. Alugada em regime de exclusividade, o preço baixou de 90€/noite para 63€/noite – graças à campanha promocional. Aproveite, vai adorar! Faça aqui a sua reserva >>
Gondramaz
Um poema de Miguel Torga dá as boas-vindas a quem visita esta aldeia. Gondramaz distingue-se pela arte de trabalhar artesanalmente a pedra. Esta é, aliás, terra de artesãos cujas mãos hábeis criam figuras carismáticas que são marca da serra e que levam consigo o nome do mestre e da aldeia além-fronteiras.
A não perder:
- Capela de Nª Srª da Conceição: templo de feição singela que guarda imagens de Nª Srª da Conceição e de Nª Srª das Candeias;
- Lavadouro e Fontanário: o Lavadouro, que está localizado no centro da aldeia, bem como o Fontanário, que disponibiliza água canalizada, são os únicos equipamentos coletivos da aldeia;
- A arte que se exibe em pedras gravadas ou esculpidas nas fachadas das casas – autênticos tesouros escondidos em Portugal.
Para uma experiência única, sugerimos a estadia na Casa Zé Sapateiro, vai ficar impressionado com a beleza deste alojamento. Um quarto duplo custa apenas 45,5€, graças a campanha promocional. Só até 14 de março! Faça aqui a sua reserva >>
Ferraria de S. João
Na Ferraria de São João, convivem a ruralidade e o turismo ativo. A aldeia possui um conjunto de aspetos que a distinguem das demais: um magnífico sobreiral, um numeroso conjunto de currais tradicionais, um Caminho do Xisto, um Centro de BTT, um FunTrail para os mais pequenos e muitos trilhos para descobrir.
A não perder:
- Capela de São João: pequeno templo de linhas sóbrias, sem elementos decorativos no exterior;
- Alminha: nicho encastrado no muro que ladeia a rua que desce para o centro da povoação, com a inscrição em cimento MS 1969. Possui pintura sobre chapa metálica representando as almas no Purgatório;
- Currais: o conjunto de currais corresponderá a um dos mais numerosos que, em bom estado de conservação, ainda existe em Portugal. A aldeia possuiu um rebanho comunitário que ascendia a mais de mil cabeças;
- Eira: junto a uma das ruas do centro da aldeia ainda existe uma eira, em bom estado de conservação, cujo pavimento é em lajes de calcário, material mais fácil de ser aparelhado do que o quartzito que ocorre no local;
- Queijo de cabra: outro dos belíssimos produtos que a região tem para oferecer.
Na Ferraria de S. João, faça de tudo para ficar alojado na Casa Cuco, que apresenta um elevado nível de conforto. Alugada em regime de exclusividade, a casa hospeda até 3 hóspedes por 58,8€ (já co desconto). Faça aqui a sua reserva >>
Casal de São Simão
Esta é uma pequena aldeia de praticamente uma só rua., onde as casas foram recuperadas pelos próprios habitantes.
A não perder:
- Ponte de São Simão: pensa-se que a base construtiva é do período do domínio romano;
- Fontanário: a água provém de uma nascente situada na encosta do outro lado do vale. Está datado de 1939;
- Ermida de São Simão: Vem do séc. XV e localiza-se à entrada da aldeia, quase no topo do Monte de S. Simão. É dedicada a este santo, que está no altar-mor, e a S. Judas Tadeu.;
- Eira e forno: tal como os inúmeros pequenos socalcos que envolvem a aldeia, testemunham um passado de atividade agrícola e de práticas de autossubsistência.
Tesouros escondidos em Portugal: as aldeias da Serra do Açor
A Serra do Açor – que engloba os concelhos de Arganil, Góis e Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra – é a formação montanhosa em xisto mais elevada de Portugal Continental. Aqui poderá visitar cinco Aldeias de Xisto:
- Benfeita
- Aldeia das Dez
- Fajão
- Vila Cova de Alva
- Sobral de S. Miguel
Benfeita
Situada entre Côja e a Paisagem Protegida da Serra do Açor, nas proximidades da Mata da Margaraça e da Fraga da Pena, a Benfeita é uma das “aldeias brancas” da Rede das Aldeias do Xisto.
Tem esta denominação porque o seu património arquitetónico é um misto de casarios brancos e em xisto. Todavia, a “aldeia branca” também faz alusão ao facto desta ser “a única aldeia no Mundo que exalta a paz com uma torre, um sino e um relógio”. Todos os anos a 7 de maio, a torre sineira desta aldeia celebra o fim da II Guerra Mundial com 1620 badaladas.
A religiosidade da sua população é bem visível no património construído da aldeia. Além da Igreja Matriz (séc. XVIII), podem encontrar-se a Capela da Nossa Senhora da Assunção, a Capela de Santa Rita, a Capela do Senhor dos Passos, a Capela de S. Bartolomeu, a da Senhora da Guia e a da Senhora das Necessidades.
A não perder:
- Ponte Fundeira: ponte em pedra, datada do século XIX
- Casa Simões Dias: centro documental sobre o professor e poeta José Simões Dias, que também alberga a Loja Aldeias do Xisto (no piso inferior)
- Capela de Santa Rita: templo do século XVIII
- Capela do Senhor dos Passos: templo primitivo que foi restaurado em 1954.
- Capela de Nossa Senhora da Guia: No interior merecem referência as imagens de Nª Srª da Guia, em madeira articulada, de Stº António e S. Tiago, em madeira, e duas imagens de Nª Srª com o Menino.
- Moinho do Figueiral: onde ainda é possível ver como antigamente se aproveitava a força da água
- Atelier da Feltrosofia: onde se fazem artesanalmente peças de feltro com um design inovador
- Fonte das Moscas: ruas de casario branco com passadiços característicos, nas quais se destaca a Torre da Paz, de alvenaria de xisto.
Aldeia das Dez
Situada nas proximidades do rio Alvoco, a Aldeia das Dez é um autêntico miradouro, com vista privilegiada para as serras envolventes, nomeadamente para a Serra da Estrela. Construída predominantemente em granito, a aldeia detém um património construído de relevo, com destaque para a Igreja Matriz, cujo interior está decorado com sumptuosa talha dourada.
A Aldeia das Dez é também a aldeia das fontes. São quatro, desde a Fonte do Povo, construída em 1892 e adornada com azulejos com poemas de Vasco Campos, até à Fonte do Soito Meirinho, localizada à entrada da aldeia. Conhecida pela doçaria típica – sobretudo os coscoréis e as cavacas -, pelas compotas e pelo licor de medronho, aconselhamos vivamente a visita à “aldeia-miradouro”.
A não perder:
- As cavacas da Dona Fátima Santos – outro dos tesouros escondidos em Portugal;
- Calçada romana: localiza-se a 3 km da aldeia, no Caminho das Tapadas e no Areal
- Casa quinhentista: junto à Capela de Santa Maria Madalena
- Casa da fábrica: edifício localizado junto ao cemitério, construído no séc. XIX, que foi fábrica de cobertores
- Escola primária: característico estabelecimento do ensino primário, construído no âmbito do “Plano dos Centenários”, no tempo do Estado Novo
- Fonte do Marmeleiro: construída em 1915
- Miradouro do Penedo da Saudade
- Miradouro da Mimosa
- Miradouro do Largo Alfredo Duarte
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Fajão
Situada sobre o rio Ceira, Fajão foi requalificada em 2003. Desde esse momento, a aldeia ganhou uma identidade pitoresca e muito aprazível. Embora algumas fachadas estejam rebocadas e pintadas, muitas das casas mantém a construção em xisto original.
O património religioso da aldeia é muito relevante, a começar pela Igreja Matriz, dedicada a Nª Srª da Assunção, cuja construção data do século XVIII. Ainda há duas capelas e a antiga casa da Câmara, que também serviu como tribunal e cadeia. Embora mantenha a planta original, está reconvertido em unidade de alojamento.
Na aldeia pode-se ainda visitar o Museu Monsenhor Nunes Pereira, cujo espólio é constituído por xilogravuras, aguarelas de Fajão e objetos pertencentes à história da aldeia (como o seu primeiro telefone público).
A não perder:
- Antiga escola primária: edifício construído no âmbito de uma intervenção geral no país denominada “Plano dos Centenários” com a qual o Estado Novo pretendeu facultar a instrução a todas as crianças
- Lavadouro público: este equipamento, da década de 50 ou 60 do séc. XX, mantém inalteradas as suas características arquitectónicas e materiais construtivos
- Fonte Velha: ponto de água que terá sido determinante para o estabelecimento do povoado neste local
- Alminha: localizada na estrada para o rio Ceira
Vila Cova de Alva
É a Aldeia do Xisto que possui o maior património religioso da Serra do Açor. Além disso, é uma aldeia marcada pela dimensão dos seus edifícios e espaços públicos – casos do Largo da Igreja Matriz e do Pelourinho, onde coabitam dois solares do século XVII -, para não falar da sua fabulosa praia fluvial, no rio Alva.
Apesar do material de construção predominante ainda ser o xisto, a quase totalidade das fachadas encontra-se rebocada e pintada de branco. Também se recorre ao granito para os elementos nobres das construções, nomeadamente os vãos – ombreiras, padieiras, soleiras das portas e peitoris das janelas.
A não perder:
- Pedra de armas quinhentista: pedra de armas (Castelo Branco, Britos, Costas e Castros) e pedra gravada com a data 1536, implantada na frontaria de um edifício atualmente descaracterizado
- Casa da Praça (ou Edifício dos Osório Cabral): construído no início do séc. XVII, foi a antiga Casa da Câmara, tribunal e cadeia. Janelas de sacada com verga cornijada e guardas em ferro da época
- Capela de Nossa Senhora da Assunção: portal com arco de volta perfeita, sobre o qual se sobrepõem um corpo com a pedra de armas
- Fonte de São Sebastião: fonte profusamente decorada com azul
- Rua Quinhentista: quase exclusivamente composta por portas e janelas manuelinas, transportando-nos ao séc. XVI
- Igreja Matriz
- Igreja do antigo Convento de Santo António
- Ermida de São João de Alqueidão
Próximo de Vila Cova de Alva, na aldeia de Hombres pode ficar hospedado na Casa O Medronheiro, uma belíssima casa rústica mesmo à beira rio. Alugada em regime de exclusividade, disponibiliza todas as comodidades para albergar até 4 hóspedes. Com a campanha promocional, fica apenas a 56€. Faça aqui a sua reserva >>
Sobral de S. Miguel
Os seus habitantes consideram que a aldeia é o “Coração do Xisto”, já que é um dos maiores aglomerados de edifícios em xisto existente em Portugal. Porém, o património gastronómico não fica atrás do arquitetónico. A ginja, a pica de chouriço, sardinha ou bacalhau, passando pelo mel e pelo pão de forno a lenha são algumas das iguarias da aldeia.
Sobral de São Miguel também proporciona uns bons passeios pedestres. Quer sejam através das ruas e quelhas da aldeia, ou acompanhando o curso da Ribeira do Porsim, uma visita à aldeia proporcionar-lhe-á um profundo bem estar-físico e emocional.
A não perder:
- Capela de Santa Bárbara: edificada em 1940, quando a exploração do volfrâmio era a ocupação da população residente;
- Eira: no local onde confluem as duas ribeiras que originam a ribeira do Porsim, que atravessa a aldeia;
- Tronco de ferrar: junto à eira, este era o equipamento utilizado para imobilizar as bestas enquanto eram ferradas;
- Fontanário: situado no Largo do Cabecinho, à entrada da aldeia;
- Fonte do Caratão: também conhecida como Fonte da Ponte, foi construída em 1900.
Tesouros escondidos em Portugal: as aldeias do Zêzere
A região do Zêzere abrange os concelhos de Oleiros, Fundão, Pedrógão Grande e Sertã. Alberga as seguintes aldeias:
- Álvaro
- Barroca
- Janeiro de Baixo
- Janeiro de Cima
- Mosteiro
- Pedrógão Pequeno
Álvaro
Rica em património religioso, a aldeia foi outrora uma importante povoação para as ordens religiosas, nomeadamente a Ordem de Malta, que deixou inúmeros testemunhos da sua presença. A Igreja da Misericórdia exige uma visita, mas para conhecer bem esta aldeia há que fazer o circuito das Capelas. Nelas encontrará manifestações importantíssimas de arte sacra, desde pinturas a artefactos singulares, como por exemplo uma imagem do Senhor dos Passos, um Sacrário Renascentista ou ainda um Cristo morto com as Santas Mulheres e S. João Evangelista.
A não perder:
- Igreja Matriz de São Tiago Maior;
- Fonte de baixo: Fonte de mergulho, toda em xisto e com reboco antigo, provavelmente do séc. XVI;
- Edifício da Junta de Freguesia: implantado no local dos antigos Paços de Concelho, de quando Álvaro foi vila. Esse edifício foi demolido e no seu lugar construída a escola primária, que aí funcionou até à abertura do novo edifício, no tempo do Estado Novo – altura em que foi reconvertido passando a albergar a sede da Junta de Freguesia;
- Edifício da antiga padaria: José Rosa e esposa – antigos habitantes de Álvaro e importantes beneméritos da Santa Casa da Misericórdia – adquiriram o edifício a um antigo padeiro da aldeia. O edifício mantém-se interior e exteriormente como um elemento de arqueologia industrial na povoação;
- Capela de Santo António: localizada no extremo poente da aldeia, data do séc. XVII.
Barroca
A paisagem circundante é enquadrada pelo pinhal e pelas pirâmides das escombreiras da Lavaria do Cabeço do Pião, que já pertenceram às Minas da Panasqueira. É aqui que se situa a Casa Grande, antigo solar do séc. XVIII, onde hoje funciona o Centro Dinamizador das Aldeias do Xisto.
A não perder:
- Lavadouro: com traços arquitetónicos da época do Estado Novo;
- Chafariz dos Namorados: em granito, datado de 1915;
- Fonte Ribeira da Bica: equipamento em granito;
- Cantinho dos Palermas: ponto de encontro, ironicamente batizado pelos habitantes;
- Capela de S. Romão: na padieira do portal encontra-se gravada a data 1720;
- Capela de Nossa Senhora da Agonia: templo de 1713.
Janeiro de Baixo
A aldeia é, sem dúvida, um dos tesouros escondidos em Portugal. Está rodeada por serras, penedos e vales, albufeiras, rios e ribeiras. É conhecida por ser a aldeia dos cinco parques: parque infantil, parque desportivo, parque de lazer, parque fluvial, parque de campismo.
A não perder:
- Fonte de mergulho: monumento datado do séc. XVIII, construído em xisto;
- Capela de São Sebastião: templo singelo, próximo do Largo da Igreja, com alpendre recente, em estrutura de madeira;
- Moinho escavado na rocha: ruínas de azenha e moinho junto ao Zêzere.
- Garganta do Zêzere: integrado no Geopark Naturtejo encontra-se nas imediações da aldeia (na saída para Cambas). A proximidade deste rio e o ecossistema ribeirinho propicia a presença de algumas espécies de aves de maior porte, como a garça-cinzenta e o corvo-marinho (no outono e no inverno).
Janeiro de Cima
A aldeia encontra-se na margem esquerda do Zêzere, numa zona quase plana, rodeada por uma extensa manta de terrenos agrícolas. É por aqui que se escondem segredos como a Casa das Tecedeiras, que reinventam tradições e nos fazem viajar no tempo.
A não perder:
- Igreja Nova: templo moderno (séc. XX) edificado na então área periférica da povoação, quando a Igreja Velha já se evidenciava sem capacidade para receber todos quantos pretendiam assistir às cerimónias de culto;
- Capela do Divino Espírito Santo: templo com provável fundação no séc. XVI;
- Casa das Tecedeiras: outro dos tesouros escondidos em Portugal que merece ser descoberto.
Na aldeia de Janeiro de Cima pode ficar hospedado na Casa da Pedra Rolada. Alugada em regime de exclusividade, disponibiliza todas as comodidades para albergar até 6 hóspedes. Com a campanha promocional, fica apenas a 112€. Faça aqui a sua reserva >>
Mosteiro
Tudo nesta aldeia sempre girou em torno da água. Hoje é sinónimo de lazer e a razão perfeita para uma visita prolongada. Principalmente nos dias quentes de verão: Mosteiro goza do privilégio de ter uma praia dentro da povoação.
A não perder:
- Praia fluvial: tem grandes espaços verdes, uma zona extensa de água e uma pequena cascata com riacho, perpendicular à zona fluvial. Os pinhais e os castiçais são altos e densos, proporcionando sombras bastante frescas e agradáveis;
- Restaurante Fugas: localizado na Praia Fluvial do Mosteiro, um antigo lagar de azeite reconstruído em pedra de forma original é hoje um restaurante. Um espaço acolhedor junto aos recantos da ribeira de Pera.
Pedrógão Pequeno
Antiga vila, junto à margem esquerda do Zêzere, está a poucos quilómetros de Pedrógão Grande e da barragem do Cabril. Do seu património destacam-se a Igreja Matriz e a ponte Filipina sobre o Zêzere.
Em Pedrógão Pequeno o xisto esconde-se sob rebocos alvos. Esta é outra das “aldeias brancas” da Rede das Aldeias do Xisto. Por falar em tesouros escondidos em Portugal é obrigatório descobrir a vista do alto do Monte da Senhora da Confiança e provar a sopa de peixe.
A não perder:
- Capelas de Santo António, São Sebastião e Santa Maria Madalena: as duas primeiras anteriores a 1730, a última construída em 1893;
- Via-sacra: o circuito das 14 estações encontra-se estabelecido entre o centro da aldeia e o topo do Monte da Srª da Confiança. Todas as estações possuem representação da respetiva cena da via-sacra em moderno painel de azulejos;
- Passeio em família junto ao Zêzere.
Tesouros escondidos em Portugal: as aldeias do Tejo-Ocreza
A região do Tejo-Ocreza abrange os concelhos de Vila de Rei, Castelo Branco, e Proença-a-Nova. Alberga as seguintes aldeias:
- Água Formosa
- Sarzedas
- Figueira
- Martim Branco
Água Formosa
A 10 km do Centro Geodésico de Portugal, a aldeia esconde-se entre a Ribeira da Corga e a Ribeira da Galega, numa encosta soalheira. Aqui ainda se encontram evidências das tradições antigas, como os vários fornos a lenha espalhados pela aldeia.
Não poderia deixar de haver também tradições ligadas à utilização da força da água, num enquadramento natural que evidencia o melhor da relação entre Homem e Natureza. Ou não derivasse o nome da aldeia de aqui se encontrar uma fonte de água formosa.
A não perder:
- Eira dos Réis: na periferia da aldeia e onde, pelos finais do verão, ainda se seca o milho, os feijões e a palha;
- Forno a lenha: no centro da aldeia, ainda em funcionamento… e não só para cozer pão;
- Azenha: de cerca de uma dúzia de azenhas que existia ao longo da ribeira, apenas subsistem três e destas apenas uma ainda está em funcionamento.
Na aldeia de Água Formosa a oferta de alojamento é variada. Aconselhamos, por exemplo, a Casa Nascente. Pode alugar a casa inteira, que alberga até 6 hóspedes, por apenas 84€ – se aproveitar a campanha promocional. Faça aqui a sua reserva >>
Sarzedas
Sarzedas é a única aldeia do xisto que teve um título nobiliárquico atribuído. O título de Conde de Sarzedas foi criado em 1630, por Filipe III, e utilizado por vários titulares. Os Condes de Sarzedas tiveram a sua moradia no Palácio da Palhavã, em Lisboa, edifício hoje ocupado pela Embaixada de Espanha.
A aldeia distingue-se pelos traços de cor que lhe marcam as fachadas das casas rebocadas a caminho da fonte da vila.
A não perder:
- Pelourinho;
- Igreja matriz, torre sineira;
- Capela de São Pedro: datada de 1603. Templo de linhas muito simples. No interior conserva uma imagem do padroeiro;
- Capela de Santo António: pequeno templo de planta retangular, orientado a poente. Portal de ombreiras retas e padieira ligeiramente curvado. Pequena janela à direita e óculo por cima do portal.
Figueira
Figueira é uma aldeia em xisto, praticamente plana e de fácil circulação. Na sua envolvente, terrenos agrícolas povoados de oliveiras dão origem ao “ouro verde” que já foi a riqueza da aldeia. Aqui o forno comunitário ainda tem o quente aroma do pão acabado de cozer.
A não perder:
- Loja das Aldeias do Xisto: variada gama de produtos e pão cozido em forno de lenha. É aqui o restaurante Casa Ti’Augusta;
- Casa da família Balau: é o edifício mais notável da aldeia (séc. XIX);
- Forno comunitário: é o ex-líbris da aldeia, pois continua a cozer pão;
- Moinhos: existem vários ao longo das margens da ribeira, possíveis de visitar.
Martim Branco
Outro dos tesouros escondidos em Portugal é, sem dúvida, a aldeia de Martim Branco. Parece parada no tempo, mas mantém o que de mais genuíno existe na Rota das Aldeias do Xisto: as tradições e os ofícios de uma região que sempre viveu na ruralidade. Basta provar o pão para perceber porquê, uma delícia.
Martim Branco é uma aldeia de pequena dimensão, situada entre penedias de xisto e de quartzo, que não possui qualquer património construído do tipo religioso ou cultural.
Distando um total de 24 km de Castelo Branco, Martim Branco está apenas a escassos 2 km da EN112, a estrada que de Castelo Branco passa entre a serra do Muradal e da Gardunha, rompendo a serra do Açor a caminho da serra da Lousã.
Na aldeia, pode ficar hospedado na Casa Alfazema. Um quarto duplo, com pequeno-almoço incluído, fica apenas a 31,5€, graças à campanha promocional. Faça aqui a sua reserva >>