Já não é a primeira vez que o Banco de Portugal avança com este tipo de estudo, de forma a perceber quais os conhecimentos da população portuguesa, quanto a assuntos financeiros. O estudo surge também numa altura em que existe a plena consciência que más decisões financeiras afectam os consumidores a título individual, mas também têm consequências em termos macroeconómicos.
Tendo em conta a multiplicidade de oferta que existe, o estudo procura também identificar as principais dificuldades, pois verifica-se que os portugueses não avaliam da melhor forma todos os custos, benefícios e riscos das suas escolhas. O estudo é assim um apoio à elaboração de um Plano Nacional de Formação Financeira, plano este elaborado pelos três supervisores, ou seja, o Banco de Portugal, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários e o Instituto de Seguros de Portugal.
Vamos então verificar alguns dos resultados:
- os inquiridos valorizam, aquando do empréstimo, o valor da prestação a pagar e o seu banco habitual sem se preocuparem com as taxas de juro praticadas.
- 56% dos inquiridos não comparam as melhores taxas de juro no mercado quando pretendem fazer um depósito. Esta situação é ainda mais grave quando se verifica o mesmo comportamento na altura de pedir um empréstimo.
- dos portugueses que não pagam a totalidade do cartão de crédito no fim do mês, perto de 27% não sabe os encargos.
Os resultados mostram que a relação entre os portugueses e o seu próprio dinheiro não é a melhor. Além disso mostram a necessidade de maior literacia financeira, especialmente, em tempos de crise.
O Banco de Portugal alerta para a necessidade de comparação e avaliação prévias dos produtos e serviços bancários, tanto nas aplicações de poupança, como no acesso ao crédito, pois é necessário avaliar os empréstimos com base na totalidade dos encargos que lhe estão associados.
Esperamos com o E-konomista ajudá-lo, diariamente, a tomar decisões mais conscientes e ponderadas, além de contribuir para o enriquecimento dos seus conhecimentos financeiros.