O teste vocacional funciona? Se está a decidir que carreira quer seguir e tem encontrado problemas com a escolha, é provável que esta seja uma pergunta que já lhe ocorreu. Não está sozinho.
Grande parte dos jovens enfrentam o mesmo desafio e descobrem, também, que escolher uma profissão poder ser uma tarefa árdua.
Se há alunos que desde cedo sabem o rumo que querem seguir, outros há que demoram mais tempo a descobrir a sua vocação profissional que melhor lhes assenta.
Teste vocacional: o que é e como funciona
Teste vocacional do nono ano
A esmagadora maioria das pessoas dá de caras pela primeira vez com um teste vocacional quando completam o nono ano de escolaridade. Para os que ainda não descobriram a sua vocação, poderá ser uma ajuda preciosa, ou mesmo uma revelação. Para outros que já tenham um objetivo bem delineado, também pode ser importante para tirar teimas, ou como uma confirmação.
O teste vocacional do nono ano consiste em assinalar num formulário a carreira que, teoricamente, poderão estar mais aptos para seguir no resto da vida.
O teste vocacional no nono ano assume-se vital para os alunos, pois no décimo ano deverão escolher uma via de ensino.
As opções são mais do que muitas e a pressão aumenta os níveis de stress, facto que só dificulta o processo. Por isso mesmo, para acalmar os ânimos, é indicado que os jovens procurem conversar com profissionais que entendem do assunto e podem ajudar na escolha.
Teste vocacional também ajuda a desbloquear indecisões
Também poder-se-á dar o caso de o aluno estar indeciso entre optar por duas vias de ensino com as quais se sente identificado. Neste caso o teste vocacional também poderá ser importante para o ajudar a decidir.
Para diminuir o peso da dúvida, há um caminho bem conhecido: investigar, a partir do próprio estudante, quais são os traços da sua personalidade que podem conduzir à escolha.
O princípio é simples: através da identificação do temperamento de alguém, é possível perceber quais são os seus valores, interesses e, em simultâneo, descobrir as suas habilidades e vocação.
O chamada “teste vocacional” surge na vida dos jovens para mostrar possíveis caminhos e os seus resultados são sempre baseados nas ferramentas que o próprio estudante oferece.
Mas a aplicação do teste vocacional não se fica só pelo ensino. Muitos trabalhadores, em diferentes estágios da sua carreira profissional poderão sentir necessidade de recorrer a ele, para redefinir o seu rumo profissional.
Então, o teste vocacional funciona?
Antes de tudo, é importante perceber que aquilo que o teste vai identificar é as características da personalidade do indivíduo, e só a partir daí é que se vai encontrar um possível casamento entre a sua personalidade e as suas aptidões profissionais.
Ainda há muitas questões que cercam o assunto e o mais essencial é tentar perceber como, e se, o teste vocacional funciona. É a pensar nas suas dúvidas que criamos uma lista de perguntas e respostas que vão mudar a forma como vê o teste vocacional.
Porque é que o temperamento da pessoa é tão importante para o resultado? É possível mesmo confiar no resultado? Onde e como nasce a vocação? Fique atento a este artigo e tire todas suas dúvidas sobre o assunto.
Como funciona a orientação vocacional
Ao identificar o temperamento de uma pessoa, o profissional que realiza o teste vocacional tem acesso a alguns dados importantes que podem definir o resultado e guiar a escolha sobre a carreira. Existem diversas formas e modalidades de testes vocacionais e todas elas incluem ferramentas específicas para determinar e medir quais são os talentos e habilidades que se destacam na personalidade de alguém.
Algumas em especial têm como base o autoconhecimento e orientam-se a partir do temperamento das pessoas analisadas. Para estas correntes de análise, o temperamento funciona como a espinha dorsal da personalidade.
O que é o temperamento para o teste vocacional?
Para a realização dos testes vocacionais, há um grupo de tendências inatas que estão relacionadas aos valores, interesses, habilidades e à visão do mundo de alguém.
É este conjunto de traços que, de acordo com algumas teorias (que já surgiram com o médico Hipócrates, no século VI antes de Cristo) é objecto de estudo para identificar determinadas especializações dos dois hemisférios cerebrais.
Isto, que parece ser crucial para o processo de determinação dos resultados, vai permitir encontrar a tendência para determinadas áreas de trabalho e estudo.
O que é a vocação?
No que diz respeito aos testes vocacionais, acredita-se que a vocação de uma pessoa está diretamente relacionada ao seu temperamento. É o temperamento que vai definir a necessidade e a busca pelo reconhecimento e pela realização pessoal, e isso inclui, também, a realização profissional.
A teoria é simples: somos mais felizes quando executamos algo que gostamos e, por isso, devemos procurar seguir carreiras de acordo com o nosso temperamento.
Qual é a lógica do teste vocacional?
O teste vocacional analisa particularidades de cada pessoa. Ao partir do pressuposto de que existem quatro tipos de temperamentos, o teste observa como cada um de nós reage aos estímulos exteriores e como decidimos diante das situações diversas que nos cercam.
Estas respostas vão, teoricamente, fornecer dados que permitem encontrar o “padrão” de personalidade.
Podemos ter dois temperamentos?
Sim, podemos ter dois temperamentos e isso não deve amedrontar ninguém. Aliás, isso é sinal de versatilidade. Nesses casos, é possível encontrar o temperamento dominante através de uma conversa com o orientador vocacional.
O teste é suficiente para a escolha da carreira a seguir?
A resposta mais direta é: não. O leque de opções de carreira é enorme e o teste vocacional deve ser visto como um passo preliminar que, apesar de muito importante e confiável, não é absoluto.
O caminho ideal é procurar por um profissional que realize o teste vocacional e procurar um aconselhamento personalizado. Mais ainda, é importante salientar que o teste não oferece respostas únicas e exatas, mas sim oferece uma resposta com várias opções de profissões que podem encaixar no temperamento analisado.
É preciso ainda lembrar que o resultado aponta para os talentos específicos de um determinado temperamento, mas isso não basta. É preciso ter em conta, também, a vocação individual de cada um.
Há limite de idade para fazer o teste?
Isto é um mito! O teste vocacional pode ser empregue em qualquer altura da nossa vida, desde a adolescência até ao resto da nossa vida.
O que fazer após o teste?
O primeiro passo a dar a seguir à realização do teste vocacional é empreender um grande processo de análise, que inclui estudar as exigências profissionais de determinada carreira, as perspectivas de cada profissão, o currículo das instituições que oferecem formação na área e, claro, é extremamente indicado que os jovens procurem por profissionais que já exercem a profissão.