Ekonomista
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18 Ago, 2016 - 09:50

Tipos de cancro que mais matam em Portugal: saiba quais são

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Existem mais de 100 tipos de cancro, de acordo com os órgãos ou os tecidos onde se formam. Descubra quais os mais comuns em Portugal.

Tipos de cancro que mais matam em Portugal: saiba quais são

É uma palavra que estamos habituados a ouvir: “cancro” e designa um grande grupo de doenças causadas quando as células anormais se dividem rapidamente e se espalham para os outros tecidos e órgãos. Por sua vez, os tipos de cancro existentes são classificados de acordo com a espécie de fluído ou tecido a partir do qual eles tiveram origem, ou de acordo com a localização no corpo onde eles se desenvolvem.

À medida que as células velhas ou danificadas sobrevivem quando deveriam morrer e novas células se formam quando não são necessárias, desenvolve-se um cancro.

Os cancros são malignos quando podem espalhar-se ou invadir tecidos próximos. Além disso, à medida que estes cancros crescem, algumas células cancerígenas podem romper-se e viajar para lugares distantes do corpo através do sangue ou do sistema linfático e formar novos cancros longe do tumor original.

Ao contrário dos cancros malignos, os tumores benignos não se espalham ou invadem os tecidos próximos. Por vezes, podem ser de grandes dimensões e, geralmente, quando removidos, não voltam a crescer, ao contrário do que pode acontecer com os cancros malignos.

Tipos de cancro de acordo com a sua origem em células específicas

1. Carcinoma

Os carcinomas são o tipo mais comum de cancro. Têm origem no tecido epitelial que cobre ou reveste a superfície de órgãos, glândulas ou estruturas do corpo e começam em diferentes tipos de células epiteliais têm nomes específicos:

  • O adenocarcinoma é um cancro que se forma nas células epiteliais que produzem fluídos ou muco. A maioria dos cancros de mama, cólon e próstata são adenocarcinomas;
  • O carcinoma basocelular é um cancro que principia na camada inferior ou basal (base) da epiderme, que é a camada externa da pele da pessoa;
  • O carcinoma de células escamosas é um tipo de cancro que se forma nas células epiteliais que se encontram logo abaixo da superfície externa da pele. As células escamosas também revestem muitos outros órgãos, incluindo o estômago, os intestinos, os pulmões, a bexiga e os rins;
  • O carcinoma de células transicionais é um tipo de cancro que se forma no tecido epitelial chamado epitélio de transição. Este tecido é encontrado nos revestimentos da bexiga, dos ureteres e de alguns outros órgãos.

2. Sarcoma

Os sarcomas são cancros que se formam nos ossos e tecidos moles, incluindo músculos, gordura, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e tecido fibroso (como tendões e ligamentos).

Os tipos mais comuns de sarcoma são:

  • Osteossarcoma: cancro do osso;
  • Mesotelioma: cancro na membrana fina que reveste as cavidades do corpo;
  • Fibrosarcoma: cancro no tecido fibroso;
  • Angiossarcoma: cancro dos vasos sanguíneos;
  • Lipossarcoma: cancro no tecido adiposo;
  • Gglioma: cancro no tecido conjuntivo neurogénico encontrado no cérebro.

3. Leucemia

Os tipos de cancro que começam no tecido que forma o sangue, isto é, na medula óssea são chamados de leucemias. Estes cancros não formam tumores sólidos. Em vez disso, provoca a produção de um grande número de glóbulos brancos anormais que se acumulam no sangue e na medula óssea, expulsando as células sanguíneas normais.

Por ano, em Portugal, existem cerca de 1200 novos casos de Leucemia.

Existem quatro tipos comuns de leucemia, que são agrupados com base na rapidez com que a doença se agrava (aguda ou crónica) e no tipo de célula sanguínea que o cancro se desenvolve (linfóides ou mielóides):

  • Leucemia mielóide aguda (LMA): afeta tanto adultos como crianças;
  • Leucemia mielóide crónica (CML): afeta principalmente os adultos;
  • Leucemia linfoblástica aguda (LLA): é o tipo mais comum de leucemia, em crianças;
  • Leucemia linfoide crónica (LLC): na maioria das vezes, a pessoa não apresenta sintomas. Esta doença é mais frequente depois dos 55 anos e quase nunca afeta crianças.

4. Linfoma

Linfoma é o cancro que atinge mais de 2 mil portugueses por ano e que se desenvolve a partir de tecido linfático, que se encontra nos gânglios e órgãos linfáticos (células T ou B). As células T e B são glóbulos brancos que combatem as doenças e fazem parte do sistema imunológico.

Existem dois tipos principais de linfoma:

  • Linfoma de Hodgkin: as pessoas com esta doença têm linfócitos anormais que são chamados de células de Reed-Sternberg. Estas células geralmente formam-se a partir das células B;
  • Linfoma não-Hodgkin: este é um grande grupo de cancros que começam nos linfócitos, podem crescer rapidamente ou lentamente e podem formar-se a partir de células B ou células T.

5. Mieloma múltiplo

O mieloma múltiplo é o cancro que começa nas células plasmáticas, outro tipo de células imunes. As células plasmáticas anormais, chamadas células de mieloma, acumulam-se na medula óssea e formam cancro nos ossos por todo o corpo.

o mieloma múltiplo é também chamado de mieloma de células plasmáticas e doença de Kahler.

É um tipo de cancro para o qual ainda não existe cura e surgem cerca de 400 novos casos por ano em Portugal.

6. Melanoma

O melanoma é o cancro que começa nas células que se denominam de melanócitos, que são as células especializadas que produzem melanina – o pigmento que dá cor à pele. A maioria dos melanomas formam-se na pele, mas também podem formar-se noutros tecidos pigmentados, como o olho.

Registam-se cerca de 1000 novos casos de melanoma por ano em Portugal.

7. Tumores cerebrais e medulares

Existem diferentes tipos de cancro cerebrais e da medula espinhal, que são nomeados com base no tipo de célula que se formam e onde o tumor se formou inicialmente no sistema nervoso central.

Por exemplo, um cancro astrocítico começa nas células cerebrais em forma de estrela chamadas astrocitos, que ajudam a manter as células nervosas saudáveis.

Os tumores cerebrais podem ser benignos (não cancerígenos) ou malignos (cancro). Em média, por ano são cerca de 1500 novos casos em Portugal.

8. Tumores neuroendócrinos

Os tumores neuroendócrinos formam-se a partir de células que libertam hormonas no sangue em resposta a um sinal do sistema nervoso. Estes tumores, que podem produzir quantidades mais altas do que os normais, podem causar muitos sintomas diferentes e tanto podem ser benignos como malignos.

Os números do cancro

Os diferentes tipos de cancro têm um grande impacto ao nível da saúde em Portugal, e, como tal, são cada vez mais importantes os rastreios nacionais e as consultas de rotina. O cancro do pulmão é o mais mortal em Portugal, seguido do cancro do cólon, do estômago e da próstata. O cancro da mama surge em quinto lugar.

O tabagismo é apontado como a principal causa para o surgimento dos cancros em Portugal e no mundo. Isto pode dizer muito quando as conclusões levam ao seguinte resultado: entre os mais fatais, o cancro do pulmão é o mais comum globalmente. Os dados são revelados pelo Cancer Research UK.

Estatísticas portuguesas mais recentes, que analisaram dados referentes ao período entre 2006 e 2010 mostram que, entre os homens, os cancros mais comuns são o da próstata, pulmão e colo-retal. No caso das mulheres, os números alertam para os tumores na mama, cólon e glândula tireoide. 

No mundo, cerca de 8 milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência de algum tipo de cancro. Para evitar que este número duplique nas próximas décadas, é necessário que a doença faça parte do vocabulário das pessoas e dos media.
Conheça os tipos mais comuns de cancro em Portugal, e descubra os grupos de risco associados a cada um deles.

9 cancros mais fatais em Portugal 

Cancro da pele

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Este é o cancro mais comum no mundo, e não há voltas a dar: a sua maior causa é o excesso de exposição aos raios UV do sol. Outro ponto interessante é que a doença age silenciosamente, enquanto os raios penetram e danificam a pele ao longo do tempo.

As lesões deste tipo de cancro aparecem com mais frequência na cara, pescoço, costas e membros. A doença não escolhe sexo ou idade, mas é certo que é mais comum em pessoas com mais de 50 anos.

Ainda que seja o mais comum, o cancro da pele é altamente tratável, com uma grande taxa de recuperação. De todas as formas, é importante lembrar: a deteção precoce é determinante para o tratamento.

Há um exame que inclui as características que deve ter em atenção quando estiver a analisar um sinal ou lesão da pele. Conhecido como ABCD, ele aponta o que deve verificar como sinais do cancro da pele e pode ajudar a identificar o problema em casa. São quatro os pontos a ter em conta:

  1. Assimetria: quando uma metade da lesão analisada é muito diferente da outra, pode ser sinal de cancro.
  2. Borda irregular: se o contorno do sinal ou da mancha não é liso, também pode ser um alerta.
  3. Cor: quando a lesão ou sinal tem diferentes cores, como castanho, preto e vermelho.
  4. Diâmetro:  um diâmetro maior do que 6 mm é preocupante.

Cancro do pulmão

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De acordo com o relatório estatístico Cancer Research UK 2011, o cancro do pulmão tem sido estimado como um dos que têm maior incidência no mundo, sendo a primeira causa de morte por cancro nos homens. Em Portugal não é diferente: esta é a maior causa de mortalidade por cancro no país, seguida pelo cancro do cólon e do estômago.

Fatores de risco:

  • Cigarros, charutos e cachimbos: fumar provoca cancro do pulmão. Determinadas substâncias existentes nos cigarros, charutos e cachimbos, chamadas carcinogéneos, danificam as células dos pulmões;
  • Ser fumador “passivo”: a probabilidade de desenvolver um cancro do pulmão é real mesmo quando não é fumador e ela aumenta com a exposição regular ao fumo de tabaco ambiente, ou seja, o fumo que está no ar, quando outra pessoa fuma;
  • Radão: o radão é um gás radioativo que não se vê, e não tem cheiro ou sabor. Forma-se no solo e nas rochas. As pessoas que trabalham em minas podem estar expostas ao gás radão. Em algumas zonas do país, encontra-se radão;
  • Amianto: é uma fibra mineral natural sedosa utilizada em certas indústrias. As fibras de amianto “quebram” com facilidade e transformam-se em partículas que podem flutuar no ar e “agarrae-se” à roupa. Quando as partículas são inaladas, podem alojar-se nos pulmões, danificar as células e aumentar o risco de cancro do pulmão;
  • Poluição: está comprovada a ligação entre o cancro do pulmão e a exposição a certos poluentes do ar, como os sub-produtos da combustão do diesel e outros combustíveis fósseis;
  • Doenças pulmonares: determinadas doenças pulmonares, como a tuberculose, aumentam a possibilidade de uma pessoa ter cancro do pulmão. O cancro do pulmão apresenta uma tendência a desenvolver-se em zonas que apresentam cicatrizes de tuberculose;
  • História pessoal: é mais provável que a pessoa que já tenha sofrido com a doença em questão desenvolva um segundo cancro do pulmão, comparativamente a uma pessoa que nunca o teve. Deixar de fumar, mal seja diagnosticado o cancro do pulmão, pode reduzir as hipóteses de desenvolver um segundo cancro do pulmão.

Cancro do estômago

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Este tipo foi a terceira causa de morte por cancro em Portugal no ano de 2014. O país conta ainda com o maior número de mortes por cancro do estômago da União Europeia, e é o 6º país a nível mundial. A região Norte é a mais afetada pela doença, concentrando a taxa mais elevada da UE. A doença atinge mais homens do que mulheres, e surge habitualmente após os 50 anos.

Uma das causas apontadas para chegarmos ao grande número de casos é a conservação dos alimentos por salmoura ou fumeiros. Alternar os hábitos e aderir à conservação em frigorífico pode ter reduzido a incidência da doença em Portugal.

Fatores de risco:

  • Infeção por Helicobacter Pylori: a causadora de inflamação (gastrite) e úlceras no estômago é um importante fator de risco para o cancro do estômago;
  • Inflamação do estômago: como a gastrite crónica, em especial a gastrite atrófica (associada a um tipo de anemia chamado perniciosa);
  • Alteração do epitélio do estômago para um epitélio parecido como do intestino, chamado metaplasia intestinal;
  • Pólipos do estômago;
  • História familiar;
  • Ter uma alimentação rica em alimentos fumados e pobre em vegetais e fruta;
  • Ingestão de alimentos que não foram armazenados e preparados de forma adequada: alimentos conservados por fumeiro, secagem, salga ou vinagre aumentam o risco da doença;
  • Ter mais de 55 anos;
  • Ser do sexo masculino;
  • Raça: o cancro do estômago afeta mais as pessoas de raça negra;
  • Tabagismo;
  • Consumo de sal.

Cancro da próstata

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O segundo cancro que mais mata os homens portugueses é o da próstata. Entre 2010 e 2014 o número de casos continuou a alarmar o país. 

De acordo com o último relatório da Direção-Geral de Saúde, a taxa bruta de mortalidade do cancro da próstata em 2014 foi de 36,2 por cada 100 mil habitantes.  Um alerta a não escapar que apontou 1.787 mortes no país. 

O mesmo estudo alerta para a importância da investigação constante, como sendo “inquestionavelmente necessária”.

Fatores de risco:

  • Idade: a doença é rara em homens com menos de 45 anos, embora a probabilidade aumente significativamente com o avanço da idade. A maior parte é diagnosticada em homens com mais de 65 anos;
  • História familiar: o risco de um homem desenvolver o cancro da próstata é mais maior se o seu pai ou irmão já tiveram a doença;
  • Raça: a doença é mais comum nos homens de raça negra. É menos comum entre Asiáticos e os Índios americanos;
  • Alterações específicas da próstata: apresentar células anómalas, chamadas neoplasia intraepitelial da próstata (PIN) de grau elevado, pode aumentar o risco de cancro da próstata. Estas células da próstata apresentam um aspeto anómalo, quando observadas ao microscópio;
  • Dieta: alguns estudos apontam que uma dieta rica em carne e em gordura animal, pode aumentar o risco de cancro da próstata. Adotar uma dieta rica em vegetais e frutos pode reduzir o risco deste tipo de doença.

Cancro da mama

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Estima-se que uma em cada 10 mulheres portuguesas vá ter um cancro da mama ao longo da vida, número que, embora assustador, revela-se inferior à média da Europa. Este é o cancro da mulher com maior taxa de incidência e mortalidade. Os cálculos mais recentes sugerem o aparecimento de cerca de 5000 novos casos por ano, com 1660 óbitos em 2014. A tendência é que os casos possam aumentar durante as próximas décadas. A doença surge mais entre a população feminina residente no litoral, em oposição a maiores taxas de mortalidade no interior do país. 

O cancro da mama é a principal causa de morte das portuguesas com idade inferior aos 70 anos. Em média, a doença mata 1500 mulheres por ano no país, mas os homens também necessitam do alerta.

Fatores de risco:

  • Idade: mulheres com mais de 60 anos têm maior probabilidade de desenvolver a doença;
  • História pessoal: uma mulher que já tenha sofrido com a doença numa das mamas tem maior risco de desenvolver a doença na outra mama;
  • História familiar: se a sua mãe, tia ou irmã tiveram cancro da mama, especialmente antes dos 40 anos, pode aumentar o risco da doença;
  • Algumas alterações da mama: algumas mulheres apresentam células mamárias que parecem anormais, quando vistas ao microscópio. Ter células consideradas como anormais aumenta o risco de cancro da mama;
  • Alterações genéticas: alterações em certos genes (BRCA1, BRCA2, entre outros) aumentam o risco de cancro da mama. Para mulheres que integrem famílias com muitos casos da doença, os testes genéticos podem, por vezes, demonstrar a presença de alterações genéticas específicas. Às mulheres que apresentem estas alterações genéticas podem ser apresentadas medidas para reduzir o risco de desenvolver a doença;
  • História menstrual longa: mulheres que tiveram a primeira menstruação em idade precoce (antes dos 12 anos de idade) ou tiveram uma menopausa tardia (após os 55 anos) apresentam um risco aumentado, assim como as que nunca tiveram filhos;
  • Terapêutica hormonal de substituição: ainda que não esteja comprovado, a terapêutica hormonal para a menopausa (apenas com estrogénios ou estrogénios e progesterona), durante 5 ou mais anos após a menopausa pode aumentar as chances de ter cancro da mama;
  • Raça: a doença atinge mais mulheres Caucasianas (brancas);
  • Radioterapia na região peitoral: mulheres que tenham feito radioterapia na região peitoral, incluindo as mamas, antes dos 30 anos, apresentam um risco aumentado para cancro da mama;
  • Densidade da mama: mulheres com idade mais avançada que apresentam, essencialmente, tecido denso (não gordo) numa mamografia (raio-X da mama), têm risco aumentado para cancro da mama;
  • Primeira gravidez depois dos 31 anos;
  • Obesidade depois da menopausa;
  • Inatividade física;
  • Bebidas alcoólicas: alguns estudos sugerem haver relação entre a maior ingestão de bebidas alcoólicas e o risco aumentado de ter cancro da mama.

O cancro da mama é a principal causa de morte das portuguesas com idade inferior aos 70 anos. Em média, a doença mata 1500 mulheres por ano no país, mas os homens também necessitam do alerta.

Cancro da mama no homem

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Em Portugal, as estatísticas mostram que cerca de 300 indivíduos do sexo masculino são diagnosticados com esta doença todos os anos, o que representa cerca de 1 a 2% de todos os casos.

Fatores de risco:

  • Exposição a radiações: a radioterapia realizada na zona do tórax pode aumentar o risco de cancro da mama;
  • Obesidade: sobretudo em homens com mais de 35 anos;
  • Herança genética;
  • Elevados níveis de estrogénio: como resultado de danos no fígado a longo prazo e outras condições;
  • Síndrome de Kleinfelter: anomalia cromossómica hereditária e rara que provoca atrofia testicular;
  • Idade superior a 60 anos.

Cancro colo-retal

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O cancro do cólon e/ou do reto, também chamado cancro colo-rectal, é considerado pela Direção-Geral de Saúde como “uma prioridade indesmentível, pelo aumento crescente e pela situação relativa do país, sendo ainda incipientes os rastreios no terreno”.

A doença é um dos tipos de cancro mais comum nos homens (tal como o cancro da próstata, pele e pulmão) e nas mulheres (tal como o cancro da mama, pele e tiroide).

Fatores de risco:

  • Idade: cerca de 90% dos diagnósticos desta doença são efetuados em pessoas com mais de 50 anos e estima-se que a idade média na altura do diagnóstico é 65 anos;
  • Pólipos colo-retais;
  • História familiar de cancro colo-retal;
  • Alterações genéticas;
  • Tabagismo;
  • História pessoal de cancro colo-rectal: quem já teve cancro colo-retal tem maior predisposição a desenvolver o mesmo tipo de cancro;
  • Cancro do útero (endométrio), dos ovários ou da mama: Mulheres que tenham sofrido com estas doenças apresentam um risco aumentado de desenvolver cancro colo-retal;
  • Doença de Crohn ou colite ulcerosa: uma pessoa que teve, durante um longo período de tempo, uma doença que provocou a inflamação do cólon, como a colite ulcerosa ou doença de Crohn, apresenta um maior risco de desenvolver cancro colo-retal;
  • Dieta: estudos apontam que uma dieta rica em gorduras, especialmente gordura animal, e pobre em cálcio, folatos e fibras, potencializa o risco de cancro colo-retal. O mesmo acontece com uma dieta pobre em frutas e vegetais. 

Cancro da boca

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Infelizmente, a maior parte das formas de cancro da boca são diagnosticadas tardiamente, quando o cancro já se propagou aos gânglios linfáticos do maxilar e do pescoço. O resultado é alarmante: em 25% dos casos, o cancro da boca é mortal.

Para tornar ainda pior a situação, a taxa de sobrevida do cancro oral não se tornou mais positiva, mesmo com a indiscutível melhoria dos métodos terapêuticos disponíveis. 

O grande problema continua a ser a realização do diagnóstico em fases muito avançadas da doença, quando pode já não ter cura. 

Em geral, o cancro da boca apresenta-se como uma lesão oral ulcerada, instalada sobre uma base mucosa endurecida.

Fatores de risco:

  • Tabaco e álcool são os fatores de risco mais preocupantes, estando provado um aumento significativo.

Diagnóstico precoce do cancro oral: De acordo com o último relatório da Direção-Geral de Saúde, “o programa de diagnóstico precoce do cancro oral tem tido resultados muito significativos”. Os números mostram que ocorreu um aumento no diagnóstico tanto de neoplasias como de lesões pré-malignas. O ano de 2015 foi o primeiro em que o programa foi realizado durante os 12 meses.

Cancro da tiroide

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Todos os anos surgem em Portugal aproximadamente 400 novos casos de cancro da glândula tireoide. Embora represente apenas 1% de todas as patologias oncológicas registadas no país, o número de casos tem vindo a aumentar, assim como em outros países desenvolvidos. 

Entre 2006 e 2010, a doença foi a terceira maior causa de tumores malignos nas mulheres portuguesas. Este tipo de cancro afeta cerca de quatro vezes mais o sexo feminino. 

Embora a doença ainda confunda a população, uma vez que os seus sintomas não são exclusivos e podem aparecer noutros quadros de doença, é necessário estar atento a alguns sinais de alerta. 

Deverá consultar o seu médico se tiver os seguintes sintomas: presença de uma massa no pescoço, dificuldade em respirar, dificuldade em engolir e rouquidão.

Lembre-se: o facto de apresentar um ou mais dos sintomas aqui descritos não significa que tem cancro da tiroide.

Fatores de risco:

  • Idade: a doença geralmente é diagnosticada entre os 25 e os 65 anos;
  • Ser do sexo feminino;
  • Exposição à radiação: indivíduos que se tenham submetido a tratamentos de radioterapia ao pescoço ou expostos à radiação por acidente nuclear, apresentam um risco maior de desenvolver a doença a partir de 5 anos após a exposição;
  • Bócio;
  • História familiar de cancro ou outras doenças da tiroide;
  • Presença de síndromes genéticos aumentam o risco de carcinoma medular da tiroide e neoplasia endócrina múltipla tipo 2A ou 2B;
  • Ser de etnia asiática.

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