Share the post "Conheça os diferentes tipos de insulina e comparticipações"
A diabetes é uma doença em que os níveis de açúcar no sangue são muito elevados e necessitam de ser controlados. Este controlo é conseguido com a aplicação de diversos tipos de insulina, uma hormona que ajuda a normalizar os valores de glicemia e que permite ao diabético ter uma vida estável e saudável.
Existem vários tipos de insulina: a insulina de ação rápida, a intermédia e a lenta, administradas consoante o tipo de diabetes. A diabetes tipo 2 pode ser controlada com alimentação saudável e equilibrada e com exercício físico, mas depois de algum tempo há necessidade de utilizar medicamentos. Já no caso da diabetes tipo 1, é necessário administrar insulina assim que for feito o diagnóstico, pois esta hormona integra o nosso organismo e sem ela não podemos viver.
Tipos de insulina
Insulina de ação rápida
A insulina humana rápida, também conhecida por insulina de ação curta ou regular, como Humolog, Novorapid ou Humulin R, por exemplo, é uma insulina que deve ser aplicada antes das refeições ou, em alguns casos, logo após a refeição. Ajuda a manter os níveis de glicose estáveis após a ingestão de alimentos ricos em hidratos de carbono, como o arroz, massa e o pão.
Existe ainda a insulina ultra rápida, como Novorapid ou Humalog, semelhante à rápida, mas cujo efeito inicia cinco minutos após a aplicação.
Insulina de ação intermédia
A insulina de ação intermédia, conhecida por insulina NPH, como Insulatard ou Monotard, é um dos tipos de insulina que tem uma ação mais lenta, uma vez que possui uma substância chamada protamina que atrasa a sua liberação para a corrente sanguínea.
Insulina de ação lenta
A insulina de ação lenta ou prolongada, também conhecida como Lantus, Levemir ou Insulatard, tem uma ação contínua por 24horas, ajudando a manter os níveis de açúcar estáveis durante o dia. Desta forma, na maioria das vezes basta aplicar este tipo de insulina uma vez ao dia, de manhã ou à noite.
Como tomar a insulina
A insulina é medida em unidades e a concentração de insulina existente em Portugal é a de 1 ml/cc=100 unidades. Comercialmente apresentam-se em frascos de 3 ml para utilização en canetas reutilizáveis ou em canetas pré-cheias. Podem também utilizar-se seringas que estão preparadas para esta concentração.
As canetas pré-cheias são canetas que já trazem a carga de insulina e que são descartáveis, ou seja, são deitadas fora no fim da utilização.
As reutilizáveis são canetas recarregáveis em que é necessário colocar os frascos de insulina. As canetas são vantajosas, pois, além de permitirem a marcação da dose com exatidão, apenas necessitam de agulhas descartáveis e são facilmente transportadas no bolso.
Para que qualquer um dos tipos de insulina faça efeito, é essencial que seja aplicada corretamente. Deixamos as principais recomendações:
- Administrar por baixo da pele, pois a sua absorção é subcutânea;
- Fazer uma pequena prega na pele, antes de aplicar a injeção;
- Introduzir a agulha perpendicularmente à pele;
- Esperar 10 a 15 segundos após aplicar e só depois retirar a agulha da pele, para que entre no organismo a quantidade total de medicamento;
- Variar os locais das injeções, entre braço, coxa e barriga e mesmo nesses locais é importante alternar, para evitar hematomas.
Conservação da insulina
As insulinas têm a asua ação biológica preservada, por aproximadamente 2 anos, desde que devidamente armazenadas, a uma temperatura entre 2 e 8ºC. As temperaturas extremas e a luz do sol podem alterar significativamente o seu efeito.
Após a abertura da ampola, a insulina deve ser utilizada no espaço de 1 mês. No frigorífico e ainda por abrir, pode ser mantida até ao limite da validade.
Comparticipações
A comparticipação concretiza-se através de um sistema de escalões em que o Estado paga parte do preço do medicamento, estando o escalão de comparticipação de cada medicamento predeterminado e dependente da sua classificação farmacoterapêutica.
As insulinas e os antidiabéticos orais no escalão A têm uma comparticipação de 100% e 95% respetivamente.
De realçar que o uso deste medicamento carece sempre de um acompanhamento médico, uma vez que só assim pode saber qual o tipo mais indicado para si e quais as quantidades a administrar.
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