Helena Peixoto
Helena Peixoto
07 Jun, 2016 - 11:32

Conheça os diferentes tipos de insulina e comparticipações

Helena Peixoto

É um medicamento usado no dia a dia por milhares de diabéticos. Damos-lhe conta dos vários tipos de insulina, para que servem e como atuam no organismo.

Conheça os diferentes tipos de insulina e comparticipações

A diabetes é uma doença em que os níveis de açúcar no sangue são muito elevados e necessitam de ser controlados. Este controlo é conseguido com a aplicação de diversos tipos de insulina, uma hormona que ajuda a normalizar os valores de glicemia e que permite ao diabético ter uma vida estável e saudável.

Existem vários tipos de insulina: a insulina de ação rápida, a intermédia e a lenta, administradas consoante o tipo de diabetes. A diabetes tipo 2 pode ser controlada com alimentação saudável e equilibrada e com exercício físico, mas depois de algum tempo há necessidade de utilizar medicamentos. Já no caso da diabetes tipo 1, é necessário administrar insulina assim que for feito o diagnóstico, pois esta hormona integra o nosso organismo e sem ela não podemos viver.


Tipos de insulina




Insulina de ação rápida


A insulina humana rápida, também conhecida por insulina de ação curta ou regular, como Humolog, Novorapid ou Humulin R, por exemplo, é uma insulina que deve ser aplicada antes das refeições ou, em alguns casos, logo após a refeição. Ajuda a manter os níveis de glicose estáveis após a ingestão de alimentos ricos em hidratos de carbono, como o arroz, massa e o pão.



Existe ainda a insulina ultra rápida, como Novorapid ou Humalog, semelhante à rápida, mas cujo efeito inicia cinco minutos após a aplicação.



Insulina de ação intermédia

A insulina de ação intermédia, conhecida por insulina NPH, como Insulatard ou Monotard, é um dos tipos de insulina que tem uma ação mais lenta, uma vez que possui uma substância chamada protamina que atrasa a sua liberação para a corrente sanguínea.



Insulina de ação lenta

A insulina de ação lenta ou prolongada, também conhecida como Lantus, Levemir ou Insulatard, tem uma ação contínua por 24horas, ajudando a manter os níveis de açúcar estáveis durante o dia. Desta forma, na maioria das vezes basta aplicar este tipo de insulina uma vez ao dia, de manhã ou à noite.



Como tomar a insulina


A insulina é medida em unidades e a concentração de insulina existente em Portugal é a de 1 ml/cc=100 unidades. Comercialmente apresentam-se em frascos de 3 ml para utilização en canetas reutilizáveis ou em canetas pré-cheias. Podem também utilizar-se seringas que estão preparadas para esta concentração. 



As canetas pré-cheias são canetas que já trazem a carga de insulina e que são descartáveis, ou seja, são deitadas fora no fim da utilização.

As reutilizáveis são canetas recarregáveis em que é necessário colocar os frascos de insulina. As canetas são vantajosas, pois, além de permitirem a marcação da dose com exatidão, apenas necessitam de agulhas descartáveis e são facilmente transportadas no bolso.

Para que qualquer um dos tipos de insulina faça efeito, é essencial que seja aplicada corretamente. Deixamos as principais recomendações:

  • Administrar por baixo da pele, pois a sua absorção é subcutânea;
  • Fazer uma pequena prega na pele, antes de aplicar a injeção;
  • Introduzir a agulha perpendicularmente à pele;
  • Esperar 10 a 15 segundos após aplicar e só depois retirar a agulha da pele, para que entre no organismo a quantidade total de medicamento;
  • Variar os locais das injeções, entre braço, coxa e barriga e mesmo nesses locais é importante alternar, para evitar hematomas. 




Conservação da insulina


As insulinas têm a asua ação biológica preservada, por aproximadamente 2 anos, desde que devidamente armazenadas, a uma temperatura entre 2 e 8ºC. As temperaturas extremas e a luz do sol podem alterar significativamente o seu efeito.



Após a abertura da ampola, a insulina deve ser utilizada no espaço de 1 mês. No frigorífico e ainda por abrir, pode ser mantida até ao limite da validade.



Comparticipações


A comparticipação concretiza-se através de um sistema de escalões em que o Estado paga parte do preço do medicamento, estando o escalão de comparticipação de cada medicamento predeterminado e dependente da sua classificação farmacoterapêutica.

As insulinas e os antidiabéticos orais no escalão A têm uma comparticipação de 100% e 95% respetivamente.

De realçar que o uso deste medicamento carece sempre de um acompanhamento médico, uma vez que só assim pode saber qual o tipo mais indicado para si e quais as quantidades a administrar. 

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