O turismo de habitação refere-se a empreendimentos de oferta de alojamento, animação e acolhimento com características específicas, distintas de outras modalidades de alojamento turístico. Por este facto, estes empreendimentos turísticos deverão assegurar, preservar e valorizar as características que os tornam únicos, ou seja, deverão sempre haver razões que os tornam diferenciadores.
No turismo de habitação enquadram-se os estabelecimentos de natureza familiar instalados em imóveis antigos particulares que, pelo seu valor arquitetónico, histórico ou artístico, sejam representativos de uma determinada época, nomeadamente palácios e solares, podendo localizar-se em espaços rurais ou urbanos.
No fundo, o objetivo deste tipo de alojamento temporário é preservar as casas, a tradição, a cultura, a arquitetura e os modos de vida tradicionais. O elemento diferenciador que já referimos está relacionado com o facto de muitas das famílias ainda viverem nestas casas, proporcionando assim uma estadia mais intimista, num ambiente de conforto e inserido no meio familiar.
Informações a disponibilizar na casa de turismo de habitação
Para que a estadia de cada hóspede seja o mais simples possível, há alguns passos que quem deseja aventurar-se no mercado do turismo de habitação deve considerar, nomeadamente no que às informações a disponibilizar diz respeito:
- Nota de boas vindas, preferencialmente personalizada pelo anfitrião da casa
- Descrição/História da casa
- Preços máximos e serviços incluídos no alojamento
- Horários e locais de serviço do pequeno-almoço
- Horário, local de serviço, custo e condições das refeições (almoços e jantares), caso a casa disponibilize o serviço
- Transportes públicos, contactos e formas de acesso (táxis, autocarros, comboio, etc.)
- Localização e contactos de serviços médicos (hospital, centro de saúde, farmácias, etc.)
- Localização e contactos dos meios de emergência (bombeiros, proteção civil, etc.)
- Localização e contactos de serviços de apoio (serviços de informação turística, correios, lavandaria, postos de combustível, mercearias mais próximas, hipermercados, etc.)
- Informação das condições gerais da estada e normas de utilização da casa, incluindo preços dos serviços disponibilizados e respetivos horários
- Equipamentos existentes à disposição dos hóspedes, para a prática de desportos ou de outras atividades de animação turística e custos e regras para a sua utilização
- Áreas da casa de acesso reservado
- Áreas da casa onde seja necessário um especial cuidado com a segurança
- Empresas ou atividade de animação turística, na área envolvente da casa
- Área envolvente, considerando-se como tal, no mínimo, qualquer localidade num raio de 25 km, nomeadamente património turístico, natural, histórico, etnográfico, cultural, gastronómico e paisagístico
- Condições de acessibilidade à casa e meios de apoio a hóspedes com mobilidade condicionada.
TURIHAB – Associação do Turismo de Habitação
O turismo de habitação, estando regulado pelo Decreto-Lei n.º251/84 de 25 de Julho, possui ainda uma associação que defende os seus interesses. A TURIHAB – Associação do Turismo de Habitação é, desta forma, uma associação sem fins lucrativos, de âmbito nacional, fundada em 1983 e tem a sua sede em Ponte de Lima. A organização fornece aos seus associados toda a informação e apoio necessários para triunfar no turismo de habitação, e outros, dando bases para fornecer um serviço de excelência, preservando os direitos dos proprietários.
Turismo de Habitação – quais os apoios existentes?
ProDeR
Ao abrigo destas políticas comunitárias e com o intuito de dinamizar zonas, social e economicamente menos favorecidas, os apoios no âmbito do ProDeR visam a promoção de atividades económicas geradoras de riqueza, de emprego e de melhoria da qualidade de vida – fatores determinantes para a fixação das populações. As candidaturas devem ser formalizadas junto dos Grupos de Acção Local (GAL). Os valores de apoio, concedidos sob a forma de subsídio não reembolsável, podem ir dos 5.000€ aos 300.000€.
Linha de Apoio à Qualificação da Oferta 2016
Até ao final de 2017, as empresas de turismo vão poder aceder a uma nova linha de financiamento, dotada de 60 milhões de euros, decorrente de um protocolo, assinado no início deste ano na BTL – Feira Internacional de Turismo, entre o Turismo de Portugal e 12 instituições bancárias.
Trata-se de um instrumento de crédito que visa proporcionar às empresas do setor do turismo melhores condições no acesso ao financiamento. De acordo com os critérios fixados no protocolo vai ser privilegiado o investimento em projetos distintivos e inovadores, assim como na requalificação de empreendimentos turísticos, no sentido de os posicionar e afirmar em segmentos de maior valor acrescentado.
Se possui uma casa que se enquadre nos pressupostos do turismo de habitação, por que não aventurar-se num novo projeto?