Júlia Rocha
Júlia Rocha
23 Nov, 2018 - 15:03

Andar de Uber ou Táxi: banco da frente ou de trás?

Júlia Rocha

Costuma andar de Uber ou Táxi? Prefere sentar-se no banco de trás ou ao lado do condutor? Conheça melhor a etiqueta a praticar em cada caso.

Andar de Uber ou Táxi: banco da frente ou de trás?

Andar de Uber ou Táxi pode ter muito que se lhe diga. Para além das diferenças entre os tipos de serviço, uma vez que podemos considerar o táxi um meio de transporte mais tradicional, e a Uber (e outras plataformas semelhantes como a Cabify) com características marcadamente digitais, podemos pensar numa etiqueta a ter em atenção.

Quando apanha um táxi ou Uber, costuma sentar-se no banco de trás, ou prefere ir ao lado do condutor, no banco de passageiro? Podemos apostar que a esmagadora maioria das pessoas entra automaticamente no banco de trás dos automóveis. Consciente ou inconscientemente, os próprios condutores também assumem esta tendência.

No banco da frente ou atrás?

taxi

A verdade é que a tendência de andarmos nestes meios de transportes no banco de trás tem a ver com uma questão de classes. Isto vai já às origens dos transportes de passageiros, às sociedades de classes, em que as famílias ricas circulavam exclusivamente com os seus motoristas. A tendência chega mesmo à época em que as pessoas circulavam em carruagens puxadas a cavalo. Só o condutor podia, de facto, sentar-se à frente, a conduzir.

Na Europa continua a ser esta a tendência: os passageiros sentam-se no banco de trás. As exceções óbvias ocorrem quando o número de passageiros assim o exige. Mesmo na Uber, um serviço tão informal e marca da década.

Mas andar de Uber ou Táxi à frente ou atrás tem também a ver com questões de género. Saiba que, em alguns países, como na Austrália, por exemplo, é de bom tom um homem que viaja sozinho sentar-se no banco de passageiro junto ao motorista. O mesmo repete-se em muitos países, sobretudo no hemisfério sul.

A etiqueta mais apropriada tem muito a ver com estas expectativas e tem também a ver com a relação entre o passageiro e o condutor. Talvez uma pessoa que ande neste tipo de transporte frequentemente e várias vezes com o mesmo condutor, já se sintam bastante mais à vontade para circular sempre no banco da frente. Ao mesmo tempo, pode-se esperar que passageiros mais jovens entrem no carro à frente e não se questiona essa escolha.

Tem tudo a ver com as “tradições” de cada país, de cada cultura e também com as preferências dos próprios motoristas. Parece que atualmente, as linhas de separação entre classe e género começam a esbater-se e quem sabe, este diálogo sobre a etiqueta deste tipo de transportes seja outro.

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