Andar de Uber ou Táxi pode ter muito que se lhe diga. Para além das diferenças entre os tipos de serviço, uma vez que podemos considerar o táxi um meio de transporte mais tradicional, e a Uber (e outras plataformas semelhantes como a Cabify) com características marcadamente digitais, podemos pensar numa etiqueta a ter em atenção.
Quando apanha um táxi ou Uber, costuma sentar-se no banco de trás, ou prefere ir ao lado do condutor, no banco de passageiro? Podemos apostar que a esmagadora maioria das pessoas entra automaticamente no banco de trás dos automóveis. Consciente ou inconscientemente, os próprios condutores também assumem esta tendência.
No banco da frente ou atrás?
A verdade é que a tendência de andarmos nestes meios de transportes no banco de trás tem a ver com uma questão de classes. Isto vai já às origens dos transportes de passageiros, às sociedades de classes, em que as famílias ricas circulavam exclusivamente com os seus motoristas. A tendência chega mesmo à época em que as pessoas circulavam em carruagens puxadas a cavalo. Só o condutor podia, de facto, sentar-se à frente, a conduzir.
Na Europa continua a ser esta a tendência: os passageiros sentam-se no banco de trás. As exceções óbvias ocorrem quando o número de passageiros assim o exige. Mesmo na Uber, um serviço tão informal e marca da década.
Mas andar de Uber ou Táxi à frente ou atrás tem também a ver com questões de género. Saiba que, em alguns países, como na Austrália, por exemplo, é de bom tom um homem que viaja sozinho sentar-se no banco de passageiro junto ao motorista. O mesmo repete-se em muitos países, sobretudo no hemisfério sul.
A etiqueta mais apropriada tem muito a ver com estas expectativas e tem também a ver com a relação entre o passageiro e o condutor. Talvez uma pessoa que ande neste tipo de transporte frequentemente e várias vezes com o mesmo condutor, já se sintam bastante mais à vontade para circular sempre no banco da frente. Ao mesmo tempo, pode-se esperar que passageiros mais jovens entrem no carro à frente e não se questiona essa escolha.
Tem tudo a ver com as “tradições” de cada país, de cada cultura e também com as preferências dos próprios motoristas. Parece que atualmente, as linhas de separação entre classe e género começam a esbater-se e quem sabe, este diálogo sobre a etiqueta deste tipo de transportes seja outro.
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