Embora seja muitas vezes vulgarmente identificada como uma mera alergia, a urticária é uma patologia clínica que não é transmissível. Ainda assim, o problema requer atenção extra, pois os seus sintomas e as crises constantes podem incomodar o doente – e muito.
Descubra neste artigo quais são os tipos de urticárias, quais as suas causas e sintomas e o que pode fazer para evitar o seu aparecimento. Temos dicas valiosas e simples para afastar o problema. Fique atento.
O que é a urticária?
A urticária é uma reação não contagiosa da pele, identificada pelo surgimento de manchas vermelhas que podem inchar e provocar muito prurido. O problema surge como uma resposta do organismo à exposição de um agente causal da alergia. Pode ser desencadeado, por exemplo, depois de uma reação alérgica a um alimento, medicamento, picada de inseto ou após o contacto direto com alguns tipos de plantas.
Quem possui histórico de alergia respiratória e asma tem maior tendência a apresentar urticária ao longo da sua vida.
Sintomas da urticária
- Aparecimento súbito na pele de manchas elevadas, avermelhadas, bem delimitadas e com diversos tamanhos.
- As manchas desaparecem quando realizamos pressão sobre elas e geram muita comichão.
- Sintomas como falta de ar e dificuldade em engolir ou falar, apesar de raros, podem acontecer. Estes são sintomas presentes em quadros de complicações graves.
Alguns tipos de urticária
- Urticária aquagênica: este é um tipo extremamente raro de urticária. Sendo algumas vezes descrito como uma alergia, o problema é bastante diferente. Ao contrário dos outros tipos, a sua reação não provoca a libertação de histamina. A urticária aquagênica traduz-se por uma hipersensibilidade do indivíduo a alguns iões presentes na água. Nas pessoas vulneráveis, o contacto com a água pode gerar urticária em apenas 15 minutos, mas o incómodo pode demorar até 2 horas para desaparecer.
- Urticárias crónicas: este tipo tem um grande impacto na vida de quem sofre com o problema, pois é uma situação recorrente na vida do doente.
- Urticária aguda: este tipo recebe o nome em questão por se tratar de uma situação longa, pois a melhora pode acontecer em até 6 semanas. Embora a aguda possa aparecer em qualquer idade, ela é mais comum em adolescentes e jovens adultos.
Tratamento da urticária
O principal tratamento da urticária é descobrir e afastar o agente causador, mas como isto não é uma tarefa fácil de cumprir, a solução pode passar por adotar medidas simples e gerais. Alterar hábitos rotineiros pode ser uma excelente forma de combater o aparecimento do problema. Tome nota das nossas dicas e confirme por si:
- Evite calor, bebidas alcoólicas e stress – estes são fatores que agravam muito a irritação.
- Adote uma dieta alimentar sem corantes, conservantes e enlatados, e fique longe de alimentos como marisco, morangos, chocolate e ovo. Refrigerantes e sumos artificiais também devem passar ao lado da alimentação. Mudanças simples nos hábitos alimentares costumam ajudar a diminuir os incómodos durante as crises e evitar o reaparecimento das lesões.
- Os fármacos habitualmente administrados nestas situações são substâncias com ativos anti-histamínicos. Este tipo de medicamento é a primeira opção de tratamento, no entanto, em casos isolados podem ser prescritos fármacos corticosteroides e/ou imunossupressores – sempre de acordo com a avaliação médica.
Lembre-se: o tratamento deve sempre ser indicado pelo médico dermatologista, após estudo detalhado de cada caso. A automedicação pode prejudicar muito o tratamento e o controlo da urticária, por isso, deve seguir todos os conselhos do seu médico.
Em casos graves de angioedema ou de anafilaxia, o doente deve procurar ajuda médica urgente.
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