Share the post "Utilizar máscara comunitária? Saiba o que dizem os especialistas"
Nos últimos dias, têm sido muitos os especialistas de vários países a questionar a eficácia da máscara comunitária ou têxtil na prevenção da transmissão do novo coronavírus. Esta questão começou a levantar-se, sobretudo, devido à maior transmissibilidade da estirpe britânica do SARSCoV-2.
Na Europa, países como França, Alemanha e Áustria já proibiram o uso de máscaras sociais, principalmente de origem caseira, ou seja, sem controlo de qualidade, nem certificação. Para já, em Portugal, não houve alterações no que concerne ao uso das máscaras. No entanto, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia já apresentou o seu parecer acerca desta matéria.
Máscara comunitária e outros tipos de máscaras
Neste momento, no nosso país, o uso de máscara é recomendado em todos os espaços públicos abertos ou fechados. A sua eficácia, enquanto barreira de proteção contra a propagação e a inalação de gotículas, depende não só das caraterísticas do dispositivo, como da forma como ele é colocado, devendo sempre tapar a boca, o nariz e o queixo.
Máscara comunitária
O debate acerca da máscara comunitária prende-se, essencialmente, com a máscara comunitária feitas em casa, com diferentes tipos de tecido e lavada e reutilizada um sem número de vezes.
Este tipo de máscara não garante a prevenção da propagação e inalação de gotículas e a contaminação por microrganismos.
Máscara cirúrgica
Por outro lado, as máscaras cirúrgicas protegem da disseminação e/ou inalação de gotículas, pois têm uma capacidade de bloqueio comprovada igual ou superior a 95%. Por esse motivo, sabe-se que são eficazes na filtração de partículas potencialmente infeciosas. Assim, são mais indicadas para usar em espaços públicos quer abertos, quer fechados.
Contudo, também há regras a cumprir para que estas máscaras não vejam a sua eficácia ser comprometida. Elas devem ser trocadas de 4 em 4 horas e não podem ser lavadas, nem reutilizadas.
Máscara FFP2
As máscaras FFP2 possuem um respirador com capacidade de filtração de partículas igual ou superior a 95%. Em comparação com as máscaras cirúrgicas, as FFP2 têm uma potencial proteção adicional.
Neste sentido, elas são especialmente recomendadas em ambientes de maior exposição aos agentes patogénicos ou com maior risco de transmissibilidade do vírus.
O que diz a Sociedade Portuguesa de Pneumologia sobre a máscara comunitária?
Tendo em conta tudo o que foi dito anteriormente, não só relativamente às caraterísticas das máscaras, mas também à sua qualidade, certificação e reutilização e considerando ainda o surgimento de novas estirpes mais contagiosas do SARSCoV-2, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia propõe:
- o uso de máscaras cirúrgicas ou de máscara comunitária que sejam certificadas pelo CITEVE e que cumpram os critérios de filtração de partículas, respirabilidade e boa adesão à face e nariz;
- o uso de máscaras FFP2, em contextos de maior aerossolização e disseminação de gotículas respiratórias ou de maior risco, como no caso do contacto com doentes com COVID-19;
- a combinação do uso de máscara com as restantes medidas de prevenção do contágio, como o distanciamento físico, a desinfeção das mãos e a adequada ventilação dos espaços fechados.
Serviço Nacional de Saúde e máscara comunitária
Até ao momento, na página do SNS, as recomendações mantêm-se idênticas.
O SNS recomenda à população geral a utilização de máscara comunitária ou de uso social (não cirúrgicas), privilegiando as que têm o selo de “Máscaras COVID-19 Aprovado”.
Quanto às pessoas que pertencem aos grupos de risco para a COVID-19, aí a sugestão é para que usem máscaras cirúrgicas.