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Inovação contracetiva à vista. A vacina anticoncecional masculina, primeira no mundo, deve estar disponível no mercado já em 2023. A previsão foi anunciada pelos cientistas do Instituto Indiano de Tecnologia, que adianta: a vacina tem a missão, também, de bloquear a transmissão do vírus da SIDA.
Chama-se RISUG e está em fase final de testes. A sigla, do inglês Reversible inhibition of sperm under guidance, faz referência ao seu objetivo principal: o de inibir de forma reversível a eficácia dos espermatozoides na fecundação de óvulos. Os seus efeitos devem durar até 10 anos, sem qualquer necessidade de realizar manipulação hormonal regular.
RISUG: a vacina anticoncecional masculina
Como funciona?
A vacina, que não utiliza qualquer via hormonal, é concebida em forma de gel a ser aplicado diretamente na região do sistema reprodutor masculino, mais especificamente na zona dos dutos deferentes – responsáveis por conduzir os espermatozoides até ao local do líquido seminal, antes da ejaculação.
A substância em gel tem como função realizar a quebra da cauda de espermatozoides, tornando-os incapazes de fertilizar óvulos.
Com a duração de 10 anos, os seus efeitos são, contudo, reversíveis – e, de acordo com os pesquisadores responsáveis por esta inovação, este será um processo mais simples, face à reversão de uma vasectomia. Apenas será necessário proceder à aplicação de uma mistura simples na mesma região, que inclui água e bicarbonato de sódio, para que o gel contracetivo perca o seu efeito.
Vacina anticoncecional masculina Vs Pílula masculina
O destaque especial que a vacina RISUG tem recebido tem motivo: acredita-se, hoje, que a pílula masculina só deverá estar disponível num período entre 30 a 50 anos. A vacina anticoncecional masculina indiana é o contracetivo para homens mais próximo de chegar à população.
A médica Amanda Wilson, que é especialista em saúde pública pela Universidade de Montfort, está a liderar uma pesquisa de campo que visa fazer uma projeção de como será a adesão dos homens à vacina RISUG quando se tornar disponível. Por agora, os primeiros resultados revelam dados desanimadores: grande parte dos homens incluídos na pesquisa ainda está relutante quanto à decisão de aderir ao novo produto. A vasectomia, para já, ainda será a melhor opção para muitos.
A médica, em entrevista ao The Telegraph, reforçou que este é um grande avanço das áreas da ciência e da tecnologia porque pode ajudar a colmatar o problema das mulheres que não podem tomar a pílula, por questões de problemas hormonais.