A vacina da Pfizer e da BioNTech contra o coronavírus revelou ser 90% eficaz a prevenir a COVID-19. É este o resultado avançado pelas duas farmacêuticas, após a realização dos testes a larga escala. Boas notícias que vamos desenvolver no seguinte artigo…
Vacina da Pfizer contra o coronavírus: será que temos razões para sorrir?
A vacina da Pfizer contra a COVID-19 foi testada em 43.500 pessoas, provenientes de 6 países. Albert Bourla, chefe executivo da Pfizer, afirmou que este é um grande dia para a ciência e para a humanidade. A análise preliminar não detetou riscos de maior, tendo-se verificado apenas 94 infeções até esta fase três do estudo.
Contudo, ainda há muitas informações que são desconhecidas e que podem sofrer alterações ao longo das próximas semanas. A própria taxa de eficácia da vacina da Pfizer pode ser revista. Assim como também ainda não se sabe qual a longevidade da resposta imunitária oferecida por esta vacina.
Ainda assim, a evidência demonstra que é possível ter uma vacina eficaz na prevenção da doença, o que constituirá uma ferramenta essencial para a humanidade conseguir controlar e travar esta pandemia do novo coronavírus.
Albert Bourla adiantou ainda que se está a chegar a uma etapa crucial no desenvolvimento desta vacina. Isto, num momento em que o mundo bate recordes em taxas de infeção pelo novo coronavírus. De acordo com a Pfizer, a proteção obtida com a vacina tem início 28 dias após a toma da vacina, a qual é composta por duas doses.
Comercialização da vacina
É certo que, numa fase inicial, o número de vacinas vai ser limitado. Estima-se que haja cerca de 50 milhões de doses, suficientes para vacinar 25 milhões de pessoas até ao final deste ano de 2020. Já durante o ano de 2021, a Pfizer tem como objetivo produzir um total de 1.3 biliões de doses.
Ao jornal inglês Independent, Ian Jones, professor de virologia da University of Reading, disse, a propósito da vacina da Pfizer e da BioNTech, que a única coisa que ainda não se sabe exatamente é a duração da resposta imunitária que a vacina confere a certos grupos. Ainda assim, Ian Jones acredita que esta é a vacina com melhores resultados, pelo menos entre aquelas que estão, neste momento, em fase de testes.
Também no Independent, Michael Head, investigador da University of Southampton, alertando para o facto de que, apesar dos resultados serem excelentes, a pesquisa ainda está em aberto.
Richard Hatchett, chefe executivo da Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (Cepi), adiantou ao Independent que estes resultados aumentam a probabilidade das outras vacinas contra a COVID-19, com uma abordagem similar à desta, também serem bem sucedidas.
Atualmente, há cerca de 12 vacinas contra a COVID-19 nas últimas fases de testes a larga escala.