Os investidores/aforradores portugueses são tipicamente muito conservadores. Tendemos a detestar o risco, o que é visível em diversas facetas da nossa vida. No mundo dos investimentos, esta postura leva-nos a evitar investir em produtos sem risco. Sendo certo que o risco e o retorno andam sempre de mãos dadas, o nosso conservadorismo resulta em taxas de retorno muito baixas.< Procurando produtos com pouco risco, esquecemo-nos de que é possível investir em dívida pública, um dos ativos com menos risco que existem nos mercados. Por que investir sempre em depósitos a prazo e em certificados de aforro (estes últimos mais não são do que títulos especiais de dívida pública)?
Como investir em dívida pública?
A forma mais inteligente de investir em dívida pública é através de fundos de investimento de governos ou de tesouraria (sendo que os fundos de tesouraria diversificam o risco por outro tipo de ativos). A opção por fundos de investimento acaba por se revelar mais interessante na medida em que diversifica o risco, com taxas/custos mais reduzidos e o recurso a uma gestão profissional.
Será que vale a pena?
Os títulos de dívida pública, como sendo os bilhetes do tesouro ou as obrigações de tesouro são produtos para quem quer correr pouco ou nenhum risco. Na prática, revelam-se (geralmente) como o porto-seguro de muitos investidores em momentos de maior incerteza. No entanto, terá de escolher quais os títulos que compra tendo em conta a geografia (dívida pública portuguesa, europeia, americana ou de países emergentes?) e a moeda (em euros ou em dólares dos EUA?)
Invista, não jogue!
Uma última ideia que importa ter sempre em conta. Olhe para os investimentos como uma ciência que exige disciplina e rigor e não como um jogo. A ideia é procurar ter uma carteira diversificada e uma estratégia de investimento consistente com o seu perfil de risco e objetivos. Dê tempo ao tempo e verá que o tempo irá trazer retornos consistentes!
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