Ekonomista
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18 Fev, 2020 - 17:29

Parece impossível poupar? Saiba qual é o valor que pode juntar por mês

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Os especialistas recomendam que poupe entre 10% a 20% do seu rendimento mensal. Quanto é que consegue poupar?

homem a pensar em frente ao computador

Somos constantemente alertados para a importância de poupar. E por poupança entendemos não apenas gastar menos, mas também pôr de parte uma percentagem do rendimento para imprevistos e para realizar algum projeto pessoal de forma planeada. Mas quando confrontados com as despesas mensais e o que sobra do rendimento do agregado familiar, tais recomendações parecem uma paisagem distante e inatingível.

Num cenário onde pode não haver perspetiva próxima de aumento do rendimento, o ponto de partida é analisar os gastos e reorganizar o orçamento para tornar a missão de poupar possível.

Quanto deve poupar por mês, segundo os especialistas

Os especialistas em finanças pessoais recomendam que parte do orçamento familiar seja destinado para constituir um fundo de emergência e outra parte para uma poupança com a finalidade de concretizar objetivos que devem ser planeados a curto, médio e longo prazo.

Fundo de emergência

Segundo os especialistas, o fundo de emergência deve ser capaz de cobrir as despesas mensais por, pelo menos, um período de seis meses. No caso dos trabalhadores independentes, a recomendação é para 12 meses.

Assim, se tem 800€ de despesas mensais, deve ter um fundo de emergência de, no mínimo, 4.800€.

homem a fazer contas

O que é que o impede de poupar?

Um dos principais obstáculos que impedem as pessoas de poupar são as elevadas mensalidades de crédito.
Com o crédito consolidado passa a pagar apenas uma mensalidade com valor mais baixo. Faça uma simulação.

Regra dos 10%

A regra é clara: pôr de parte, mensalmente, 10% do rendimento do agregado familiar visando a concretização de um projeto pessoal. Viajar, casar, fazer uma pós-graduação, trocar de carro, comprar um computador novo, fazer uma cirurgia estética, investir num hobby… De quanto precisa para realizar o seu projeto? Defina o valor total e comece a poupar.

Seguindo esta regra, se tem um rendimento líquido de 1.500€, deve pôr de lado mensalmente 150€. Pode fraccionar este valor e destinar a distintos objetivos a curto, médio e longo prazo, sem esquecer de pensar no fundo de emergência, que também pode ser o objetivo principal da poupança.

Regra dos 50/30/20

Esta é outra regra muito aconselhada pelos especialistas em finanças pessoais. A lógica é muito simples: 50% do rendimento deve ser destinado às despesas fixas e aos gastos essenciais; 30% às despesas variáveis relacionadas com o estilo de vida; e 20% destinado à poupança. Nestes 20%, pode separar parte para o fundo de emergência, e parte para poupanças com distintos objetivos a curto, médio e longo prazo.

De acordo com esta regra, se tem um rendimento de 1.500€ deve poupar mensalmente 300€.

E então, consegue poupar mensalmente estas percentagens do seu rendimento? Se não, quais são os obstáculos que o impedem de poupar?

Quanto realmente consegue poupar por mês?

Nem sempre as recomendações dos especialistas são viáveis, o que pode gerar frustração. Entre os obstáculos, poderá estar um rendimento baixo, muitas mensalidades de crédito e alguma desordem financeira. É o caso do Paulo Santos, engenheiro civil, de 38 anos de idade. Recém divorciado, ainda está a adaptar-se à nova rotina e aos encargos financeiros da guarda partilhada do filho Lucas, de 9 anos. O rendimento mensal líquido de 1.600€ de Paulo fica aquém do que precisa para pagar o crédito habitação, que assumiu após o divórcio, o crédito auto, o cartão de crédito, as outras despesas e conseguir poupar.

Orçamento mensal do Paulo
Prestação do crédito habitação: 350€
Crédito automóvel: 220€;
Cartão de crédito: 170€
Despesas com o filho: 300€
Contas: 125€
Alimentação: 250€
Combustível: 80€
Outras despesas: 100€
Total das despesas mensais: 1.595€
Rendimento mensal: 1.600€

Seguindo a regra dos 10%, por exemplo, o Paulo teria de pôr de lado mensalmente cerca de 160€. Mas a realidade do Paulo é a mesma de muitos portugueses, e não sobra margem para poupança.

3 passos para conseguir poupar de modo eficaz

Se, assim como para o Paulo, poupar está fora do seu alcance, oriente-se por estes passos:

1

Cortar gastos

Há despesas supérfluas? É possível reduzir o valor que paga nas contas domésticas? Nesta fase, é preciso fazer uma análise fria e realista de onde é possível cortar gastos, se for possível. Tente renegociar contratos e planear as compras.

2

Reduzir o valor das mensalidades de crédito

Uma solução para conseguir reduzir o valor das mensalidades é a consolidação de créditos. Ao juntar os créditos numa só mensalidade, poupa em comissões de crédito, pode ter as taxas de juro reduzidas, paga o montante consolidado num prazo mais alargado e, assim, tem uma mensalidade mais reduzida do que a soma das mensalidades de todos os créditos.

No caso do Paulo, as mensalidades de crédito, excepto o crédito habitação, somam 390€, com um montante em dívida de 12.000€. Se o Paulo escolher, por exemplo, a solução de crédito consolidado da Cofidis, passará a pagar uma única mensalidade de 206,94€. (TAEG 12,8% e TAN 10,80%, prazo de pagamento de 84 meses, MTIC: 17.699,76€). Face aos 390€ iniciais, a consolidação permitir-lhe-ia uma redução de 183,06€, ou seja, menos 47% nas despesas com créditos.

3

Definir uma regra de poupança

De modo realista, e sem causar frustrações, o valor que pode poupar por mês é aquele que, efetivamente, não fará falta para as despesas mensais, depois de cortar gastos supérfluos, reduzir as mensalidades de crédito e reorganizar o orçamento. Mais importante do que o valor, é orientar o pensamento para a poupança planeada e a disciplina e assiduidade.

Mesmo que não consiga seguir o conselho dos especialistas e poupar 10% ou 20% do rendimento, é fundamental que poupe mensalmente um valor pré-definido, que pode aumentar consoante a nova situação financeira.

Precisa reduzir as mensalidades e aumentar a liquidez? Conheça o crédito consolidado
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No caso do Paulo, a consolidação dos créditos, traduzida em números, e face aos 390€ iniciais, representa uma poupança de 183,06€ por mês. Com esta redução, já consegue começar uma poupança com 11% do rendimento mensal, que no seu caso será destinada a constituição de um fundo de emergência.

Antes de consolidar os créditosDepois de consolidar os créditos 
Crédito automóvel: 220€ Crédito Consolidado
Cartão de crédito: 170€
2 mensalidades de créditos no valor total de: 390€1 mensalidade no valor de: 206,94
Redução de 183,06€ por mês

O grande benefício do crédito consolidado é que, ao agregar todos os créditos num único, paga uma mensalidade mais baixa porque o prazo de pagamento é alargado e a taxa de juro pode ser reduzida. Além disso, a gestão do pagamento dos créditos é simplificada, já que terá apenas uma data de pagamento.

Antes de contratar um crédito consolidado, pesquise e certifique-se de que esta é a melhor solução para a sua situação em específico. Faça uma simulação e saiba quanto pode reduzir os seus encargos com créditos.

No caso do Paulo, com mais alguns ajustes financeiros, é possível aumentar um pouco mais a liquidez e começar a poupar de forma realista e de acordo com o seu orçamento. Mais desafogado financeiramente, já pode começar a pensar em como aumentar o rendimento.

Um só crédito. Uma só mensalidades mais baixa.

Crédito Consolidado Cofidis

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