Uma coisa é gostar do seu trabalho, outra muito diferente é ser completamente viciado nele. Parece-lhe exagerado?! Então e se falarmos em workaholics (termo em inglês para definir viciados no trabalho)? A verdade é que as consequências de ser viciado no trabalho vão muito além da vida profissional e podem afetar também a vida pessoal. Já diz o ditado: “mais vale prevenir que remediar”. Portanto comece por entender a verdadeira dimensão do problema e tente reverter a situação.
Os sintomas
A realidade é que muitos dos profissionais viciados no trabalho não sabem que o são. Encaram a sua total dependência do trabalho como gosto ou dedicação pelo que fazem. E o grande problema de não reconhecerem que são efetivamente viciados no trabalho – ou workaholics como são geralmente apelidados – é que não são capazes de enxergar o impacto que este “vício” pode ter não só nas suas carreiras, mas também nas suas vidas pessoais.
Identificar os sintomas não deve ser assim tão difícil. De facto, existem um conjunto de comportamentos típicos nos profissionais viciados no trabalho que permitem chegar ao “diagnóstico”. Ora repare. Todos os workaholics revelam uma tremenda dificuldade em desligar-se do trabalho e, por essa razão, seja na hora de almoço ou em casa (por exemplo) acabam focar todas as suas atenções e energias no trabalho. Outra das características comuns é o facto de mesmo as férias (quando as tiram) serem usadas não para descansar mas para dar seguimento ao trabalho (mesmo que à distância).
Há ainda quem revele elevados níveis de stress laboral e possa mesmo correr o risco de sofrer de burnout (sindrome resultante do cansaço, físico e emocional, como consequência de uma vida profissional demasiado exaustiva); ou também quem não consiga estabelecer um balanço entre a vida pessoal e profissional.
Mas os sintomas não se ficam por aqui. Estes são apenas alguns exemplos (os mais comuns). Depois cada profissional apresentará sinais próprios. O importante é que esteja ciente dos riscos que a sua dependência do trabalho pode acarretar e esteja disposto a travá-los.
O tratamento
Para os viciados no trabalho nem tudo está perdido. O primeiro passo será sempre perceber e encarar o problema de frente. E para travar os efeitos nefastos do “vício” nada melhor que aprender a relaxar. Veja como:
1.Encontre o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
Sem isto nada feito. Como tal esta deve ser a sua prioridade. Elevados níveis de stress, baixa produtividade ou mau desempenho, podem ser uma consequência direta da falta de equilíbrio entre as duas vertentes da sua vida (a profissional e a pessoal). É fundamental que estabeleça um balanço saudável entre o seu trabalho e a sua vida privada. Verá que os resultados serão ainda melhores.
2. Estabeleça horários de pausa e refeições… e respeite-os!
Mas mais do que definir horários de pausa (ou cumprir os já estabelecidos pela empresa) o importante é que efetivamente os use como pausa; como breves momentos para relaxar e “esvaziar a mente”. Lembre-se que a sua produtividade não está relacionada com o número de horas que trabalha, mas com os resultados que obtém. E está mais do que provado que pausas o podem ajudar a relaxar e a manter-se motivado ou – inclusivamente – ajudá-lo a encontrar respostas ou fomentar a sua criatividade.
3. Arranje um hobby
Desporto, leitura, cinema, jardinagem, ver televisão, … o que quer que o deixe satisfeito. Encontre uma atividade que sirva de “escape” ao trabalho e onde possa esquecer-se que ele existe, nem que seja por breves momentos. O importante é que aproveite para descansar e “recarregar baterias” para o dia seguinte.
4. Limite o tempo de trabalho
Evite ficar no trabalho até “altas horas”. Obviamente não queremos dizer que deve cumprir à risca as oito horas diárias de trabalho ou recusar-se a trabalhar horas-extra. Nada disso. Excecionalmente – e se necessário – claro que o pode (ou deve) fazer. Mas não permita que a exceção se torne na regra. Organize o seu trabalho para que possa ter tempo para outras coisas além do trabalho.
Focado no trabalho sim… mas com moderação
Nem sempre os viciados no trabalho conseguem perceber a dimensão do problema que os “ataca”. Mas as consequências chegam de “mansinho” e atacam com toda a força. O melhor é mesmo evitar os extremos. Seja um profissional dedicado e focado sim, mas fuja da dependência total.
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