A maioria dos condutores desenvolve, ao longo dos anos, alguns hábitos de condução que mais tarde podem trazer consequências graves. Alguns desses vícios ao volante podem mesmo prejudicar mecanicamente o seu carro.
Ora, por consequência, pode resultar em despesas acrescidas. Assim, corrigir estes vícios é benéfico para a manutenção do carro e ajuda-o a poupar.
Para além disso, ao adquirir novos hábitos estará a promover também uma condução mais segura.
Descubra, então, quais os piores vícios ao volante que um condutor pode ter e tente evitá-los no futuro.
Vícios ao volante: os dez mais comuns
Acelerar a fundo assim que liga o carro
Nunca deve acelerar o motor assim que liga o carro sem confirmar que a temperatura já está na posição ideal. Quando o motor está frio, uma grande parte do óleo fica no cárter. Assim, quando o carro arranca, são necessários alguns segundos para que o óleo passe o circuito.
Como tal, se acelerar demasiado com o motor frio estará a gerar um maior desgaste dos componentes.
Deixar o pé em cima da embraiagem
Este é um dos piores vícios ao volante mais praticados pelos condutores. Se deixar o pé em cima do pedal da embraiagem estará a provocar um maior desgaste nesta peça e em todos os componentes associados. Isto porque ao manter o pedal a fundo está a produzir fricções internas e a desgastar todas as peças envolventes na embraiagem.
Aprender a fazer corretamente o ponto de embraiagem também ajuda a manter o seu carro em perfeitas condições.
Colocar a mão sempre no comando da caixa
Conduzir com uma mão no volante e outra no comando da caixa de velocidades não é, de forma alguma, recomendado. Este é também um dos mais comuns vícios ao volante de um carro.
Ao manter a mão no comando da caixa está a exercer a pressão sobre os mecanismos internos e vai acabar por desgastar os sincronizadores e os rolamentos.
Ao fim de alguns anos, pode mesmos sentir vibrações durante a condução e a caixa pode ficar com uma engrenagem mais irregular. Portanto, é recomendável que conduza com as duas mãos no volante, não só por segurança, mas também pela vida útil da caixa de velocidades.
Utilizar o motor em rotações baixas
Utilizar constantemente um motor em baixas rotações pode, no caso de um motor a diesel, estragar a válvula EGR, levando a que se concentre mais carvão e até pode diminuir a vida do motor para metade.
Já nas motorizações a gasolina, conduzir com baixas rotações pode danificar o catalisador. Além destes componentes, o filtro de partículas é outra das peças que pode ser danificada.
O melhor é tentar manter o motor em rotações que o carro responda no exato momento em que pisa o pedal do acelerador.
Desligar o motor depois de velocidades elevadas
Este é outro dos vícios ao volante que lhe pode sair bem caro. Embora os motores a turbo de hoje já não necessitem de tantos cuidados como os mais antigos, não deve desligar o motor após estar a conduzir durante algum tempo a grande velocidade.
Isto porque, em velocidades acima dos 100 quilómetros/hora, o turbo pode atingir temperaturas muito elevadas. Se desligar o motor de imediato o óleo que está no circuito pode carbonizar e provocar uma avaria do turbo.
Basta deixar repousar ao ralenti dois minutos após sair da autoestrada para não haver estragos.
Deixar a luz de reserva de combustível acender
São muitos os condutores com este hábito. Evite conduzir com cinco ou menos litros de combustível no depósito. Conduzir com combustível insuficiente pode prejudicar o funcionamento do sistema de alimentação e não proteger a bomba de combustível. Principalmente no caso dos veículos com injeção eletrónica, que têm bomba de combustível elétrica dentro do depósito.
Se o combustível for insuficiente, pode não garantir a lubrificação e o arrefecimento da bomba. Deve encher o depósito do seu automóvel sempre que vai abastecer e nunca deixar a luz de reserva acender.
Utilizar demasiado os travões
Quando numa descida, se mantiver o pedal do travão pressionado durante mais tempo do que o necessário, pode levar ao desgaste de discos e pastilhas e degenerar o líquido dos travões. Além disso, essa sobrecarga vai fazer com o sistema de travagem se torne menos resistente.
Tente criar bons hábitos. Em vez de travar desnecessariamente nas descidas, recorra também à caixa de mudanças travando com o motor. Se optar por travar desta forma, estará a reduzir o desgaste dos travões e ainda vai conseguir ter um maior controlo sobre o automóvel.
Não abrandar ao passar em lombas/buracos ou subir passeios
Circular rapidamente sobre uma lomba/buraco ou subir o passeio com o carro pode provocar algumas avarias, que até podem ser graves. Por exemplo, ao passar por um buraco pode rebentar um pneu ou danificar a jante, enquanto nas lombas os problemas são nos pontos de ancoragem da suspensão.
No caso de subir o passeio com força para estacionar, pode afetar os pneus, as jantes e a suspensão do veículo. Como tal, evite estacionar em cima de passeios e, se não tiver alternativa, tente subir pela parte mais baixa.
Respeitar a manutenção regular dos pneus
Deve verificar a pressão dos pneus do carro de forma regular para não provocar o seu desgaste mais rapidamente. Além de ter de gastar dinheiro a mudar de pneus, pode acontecer que um pneu rebente e provoque um acidente.
Usar o telefone enquanto conduz
Conduzir com o telefone numa mão é, provavelmente, um dos piores e mais perigosos vícios ao volante. Os riscos para quem vai dentro ou está fora do carro podem ser grandes. Quer seja a falar ou a escrever SMS, ao utilizar o telemóvel enquanto conduz, o condutor pode distrair-se e ter um acidente. Além disso, pode sair-lhe muito caro atender a chamada.
Com as novas alterações ao Código da Estrada, atualmente em vigor, está estabelecido que utilização do telemóvel ao volante é uma contraordenação grave que obriga ao pagamento de uma coima entre 250 e 1250 euros e à perda de 3 pontos da carta de condução.
Portanto, se quer utilizar o telefone para atender uma chamada, recorra a um auricular ou coloque um sistema de alta-voz no carro.
Para além disso, nunca conduza e envie mensagens ao mesmo tempo. Não só se coloca em risco, como também coloca os outros em perigo.