Share the post "Vitiligo: saiba mais sobre esta doença crónica que afecta a pele"
O vitiligo trata-se de um dos distúrbios de despigmentação da pele mais comum, atingindo aproximadamente 1% da população mundial. Este problema carateriza-se pelo aparecimento de “manchas” mais claras na pele e, também, na região dos cabelos, isto devido à perda de melanócitos da pele.
Embora, habitualmente, não esteja associada a outros sintomas ou complicações de saúde, esta doença cutânea e crónica pode afetar a auto-estima e a auto-confiança de quem sofre deste distúrbio, podendo ainda fazer com que a pessoa seja alvo de bullying (na infância ou juventude) ou de algum tipo de discriminação.
Vitiligo: tipos, causas, sintomas e tratamento
Há dois tipos principais de vitiligo.
- Vitiligo segmentar: neste caso, só é atingida uma região do corpo, como uma mão, por exemplo, sendo que os pêlos, como as sobrancelhas, também podem ser afetados. Este é um distúrbio progressivo que pode surgir na juventude e ir evoluindo com o passar dos anos.
- Vitiligo não-segmentar: este é o tipo mais frequente e atinge todo o corpo, ainda que comece progressivamente por uma zona como a mão ou o pé, por exemplo.
Causas
Ainda não é conhecida com exatidão a origem do vitiligo. Ele pode estar associado a uma resposta autoimune do organismo, que destrói os melanócitos. Porém, as certezas em relação às suas causas ainda não são totalmente claras.
Apesar dos seus efeitos serem mais notórios em pessoas morenas, esta perturbação pode afetar qualquer indivíduo. Normalmente, este distúrbio começa a manifestar-se entre os 10 e os 30 anos, evoluindo ao longo dos anos.
Estão mais sujeitos a desenvolver este problema, pessoas com antecedentes familiares de vitiligo, com doenças autoimunes e/ou com stress emocional.
Sintomas e tratamentos
O principal sintoma de vitiligo é mesmo a perda de pigmentação numa ou em várias zonas da pele. Em alguns casos, podem aparecer feridas nas áreas despigmentadas, sobretudo se estiverem mais expostas ao sol.
O vitiligo é diagnosticado através do recurso a uma lâmpada especial (lâmpada de Wood) que serve para analisar a pele em pormenor. Além disso, devem ser despistadas outras doenças, nomeadamente através da realização de determinados exames.
Há vários tratamentos disponíveis para este problema, embora a sua eficácia varie de caso para caso. Entre os mais comuns, estão: a aplicação de cosméticos ou de fármacos, a cirurgia ou outras terapias.
- Fármacos: Os cremes com corticoides (hidrocortisona, betametasona, clobetasol) podem evitar a progressão do vitiligo, ainda que os seus resultados demorem alguns meses a serem visíveis.
- Inibidores da calcineurina (tacrolimus e pimecrolimus): Indicados para a despigmentação na zona da face ou da virilha.
- Tacrolimus e os derivados da vitamina D: São opções de tratamento mais recentes que se têm revelado bastante eficazes no tratamento do vitiligo.
- Terapias: A toma de psoraleno, a fototerapia com luz ultravioleta A, B ou excimer ou a despigmentação total da pele são algumas das terapias disponíveis para uniformizar o tom de pele.
- Cirurgia: Esta é uma opção que faz uso de amostras da pele não afetada que são, através de uma cirurgia, implantadas nas regiões atingidas. Outra alternativa cirúrgica é a micropigmentação, que introduz pigmentos na zona despigmentada da pele.
Todos estes tratamentos acarretam riscos e podem gerar, por exemplo, infeções, pelo que a opção por qualquer um deles deve ser devidamente estudada e recomendada por um médico.
Precauções a tomar em caso de vitiligo
Quem tem vitiligo deve proteger bem as zonas despigmentadas, de forma a prevenir as queimaduras solares e o cancro de pele. Convém dizer que as pessoas com este distúrbio estão também mais propensas a desenvolver problemas como stress, dificuldades de visão, inflamação da íris, perda de audição e pele seca.