Nos tempos livres e nos períodos de férias há quem aproveite para ler um livro, conhecer novos locais ou colocar a sua série preferida em dia. Afinal, as folgas do trabalho ou da faculdade merecem ser aproveitadas e as baterias devem ser recarregadas.
No entanto, muitas são as pessoas que aproveitam estes períodos de liberdade das responsabilidades para procurar outras coisas para fazer e o voluntariado pode surgir como uma opção nesse momento. Neste artigo, apresentamos o voluntariado de proximidade e qual a formação necessária para este tipo de atividade.
A participação em programas de voluntariado tem vindo a conquistar cada vez mais adeptos e se há que aposte na ajuda em território estrangeiro, há também quem prefira ficar por terras portuguesas e prestar auxílio aos que estão mais perto. Atualmente, existem programas para ajudar idosos, sem-abrigo e até mesmo os fiéis companheiros de 4 patas.
Se está interessado em ser voluntário e garantir que a solidariedade continua a ser debatida, então talvez deva optar pelo tipo de voluntariado de que aqui falamos. Fique agora a saber mais sobre este tema e esclareça todas as dúvidas.
voluntariado de proximidade: um guia completo
Segundo a legislação portuguesa, o voluntariado define-se como um conjunto de ações de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projectos, programas e outras formas de intervenção ao serviço da comunidade que são desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades que podem ser públicas ou privadas.
No fundo, esta é uma prática que se caracteriza pelo espírito de entreajuda, pelo compromisso e pela solidariedade. E se por um lado existem cada vez mais oportunidades para ajudar populações noutros países, também é um facto que têm vindo a aumentar as ações baseadas nas relações de proximidade entre uma comunidade.
O que é, então, o voluntariado de proximidade?
Ora, trata-se de uma atividade desenvolvida pelos voluntários mas a nível local, baseando-se em relações de proximidade. O objetivo é prestar apoio social e pessoal a indivíduos ou instituições procurando dar resposta a problemas que não requerem um apoio profissional.
Neste sentido, diversas entidades que colaboram no sentido de desenvolver esta prática têm também disponível a formação necessária. Os formandos têm à sua disposição os mais variados cursos e workshops que lhes permitirão adquirir skills valiosas, não só para a prática do voluntariado mas também para a sua vida profissional.
É possível fazer cursos de primeiros socorros, workshops de técnicas de animação e sessões de aprendizagem para a atuação com grupos específicos (como crianças ou idosos, por exemplo). Resultado? A formação em voluntariado de proximidade pode fazer uma verdadeira diferença nas suas capacidades, o que impressiona muitos recrutadores.
Significa isto que basta que qualquer pessoa que resida ou tenha emprego na freguesia em causa se inscreva no voluntariado de proximidade e nas respetivas formações para que seja possível colaborar com a iniciativa. Claro está que é importante compreender que se trata de um compromisso que implica responsabilidade.
Como funciona o voluntariado de proximidade
Agora que percebe o que é esta prática, é importante saber como funciona e qual a sua estrutura.
O voluntariado de proximidade tem por base a constituição de um núcleo que reúne os recursos que resultam da parceria entre as diferentes entidades representadas numa determinada freguesia, os voluntários e os conselheiros.
É precisamente aos conselheiros, voluntários escolhidos pelas entidades parceiras, que compete a gestão e dinamização do núcleo, o que inclui a respostas aos pedidos de apoio.
São destinatários destas ações de voluntariado todo o tipo de indivíduos em situação de vulnerabilidade que não consigam obter resposta para os seus problemas nas redes de solidariedade mais tradicionais, como os familiares ou o grupo de amigos, ou profissionais.
Assim, casos como idosos dependentes ou em situação de isolamento (âmbito mais comum destes projetos); famílias monoparentais, famílias com pessoas deficientes a cargo, ex-reclusos, vítimas de violência doméstica, adultos iletrados, doentes em situação de cuidados paliativos e jovens com necessidades de estudo especiais são abrangidos por estes programas.
Para obter apoio basta que os interessados o solicitem por escrito.
E que apoio fornece o núcleo? A verdade é que pode ser bastante variado, sempre sob a máxima de oferecer acompanhamento pessoal a quem mais precisa:
- Acompanhamento pessoal de idosos: o voluntários acompanham os idosos em idas ao médico, às compras e na resolução de assuntos burocráticos, mas também oferecem a sua companhia em passeios e no dia-a-dia normal;
- Acompanhamento pessoal de crianças: na generalidade, o apoio dado a crianças vai no sentido de auxiliar com os estudos mas também pode abranger outras vertentes;
- Apoio a famílias monoparentais;
- Acompanhamento de indivíduos com incapacidades;
- Participação em projetos socio-culturais;
- Atividades lúdicas com todo o tipo de públicos.
Onde pode fazer a formação/voluntariado
Por norma, estes projetos são desenvolvidos/incentivados pelas Câmaras Municipais. Tanto voluntários como interessados no apoio deslocam-se às câmaras e inicia-se o processo de satisfazer as necessidades com as pessoas dispostas a ajudar.
Todo o processo, desde a formação do voluntário à sua introdução na realidade do interessado, é acompanhado por técnicos da Câmara e da Segurança Social que garantem o bem estar e o funcionamento em pleno do projeto.
Câmaras Associadas
- Câmara Municipal de Matosinhos – Projeto V.E.M;
- Câmara Municipal de Torres Vedras – Banco Local de Voluntariado;
- Câmara Municipal da Amadora;
- Câmara Municipal de Sintra – Sintra Social.
Estas são apenas algumas das Câmaras com programas de voluntariado, que contemplam a modalidade de voluntariado de proximidade. Caso tenha interesse, dirija-se à Câmara do seu município e informe-se sobre os programas disponíveis.