Conhecida como uma das principais marcas a nível de segurança automóvel, a Volvo parece querer sobressair-se não só no conforto e proteção do condutor, mas também no âmbito da inovação automóvel.
A marca sueca registou no Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos da América os planos de conceção de volante deslizante.
Numa altura em que cada vez mais a temática da atualidade no mundo automóvel é a eletrificação e a condução autónoma dos carros, a Volvo decidiu, então, dar um passo em frente e pensar como se posicionará o volante nestas circunstâncias. Um inovação que começa a “dar que falar”, principalmente entre os “petrolheads”.
Novos volantes da Volvo: como funcionam?
A ligação do volante deslizante às rodas não é feita manualmente, mas antes por um sistema by-wire. Ou seja, sem coluna de direção física, mas sim um sistema comandado eletronicamente.
As grandes vantagens dos novos volantes da Volvo prendem-se em dois principais pontos. Primeiro, futuramente, a partir do momento que as ideias passem para a prática, o condutor de um automóvel autónomo, poderá desfrutar tranquilamente da viagem, sem ter que se sentir “estorvado” pelo volante à sua frente.
Ainda assim, poderá ser contra-argumentado que deixando de ser um estorvo para quem conduz, será para quem vai no lugar do passageiro. Já a pensar nessa eventualidade, a Volvo também incluiu no seu plano de projeto, a possibilidade de colocar o volante precisamente no meio, como se um carro de Fórmula 1 da McLaren se tratasse.
Além disso, esta técnica permite conduzir não só do lado esquerdo, como também do lado direito. Essa opção é extremamente interessante, principalmente para os condutores que, com alguma regularidade ou frequência, conduzem não só nos países em que o volante costuma estar situado do lado esquerdo, como Portugal, mas também nos países em que o mesmo como estar colocado do lado direito, como no Reino Unido.
Finalmente, apesar de não ser necessariamente uma vantagem, o facto de poder mudar o volante de um lado para o outro não deixa de ter uma vertente recreativa, desde que seja feito em segurança.
Painel de insrumentos e pedais
O grande entrave a um volante deslizante será, por ventura, a interligação com o painel de instrumentos e também como adaptar esta inovação à inserção dos pedais.
No primeiro caso, a Volvo propões duas inovações: um display, também ele, deslizante colocado por cima do volante mas sem prejudicar a visão do mesmo, assim como um ecrã digital ao longo do tabliê que transmite os dados de condução.
Quantos aos pedais, a marca sueca optou por projetar almofadas sensoriais no lugar dos mesmos. Estas só se ativam quando o volante estiver colocado nesse preciso lado.
Não é, no entanto, a primeira vez que uma marca tenta do género Em 2014, a Infiniti tentou incorporar no seu modelo Q50 algo idêntico. Ou seja, um sistema de controlo sem coluna de direção física.
Porém, na altura, por questões legais e de segurança, foram obrigados a colocar uma. Além disso, em 2016, houve a necessidade de um recall de todos os modelos vendidos, porque o sistema by-wire apresentava problemas após o arranque.
Falta saber se a Volvo conseguirá, efetivamente, colocar o seu projeto em prática e, se sim, se será antes ou depois da introdução/ aceitação da condução autónoma a nível comercial.