Com o avanço da tecnologia, o aumento da procura de profissionais na área das tecnologias da informação é significativo e a profissão de web designer não foge à regra. Nesta área, onde a criatividade também impera, há uma intersecção entre tecnologia, design de experiência do utilizador e as últimas tendências em marketing.
Há, por exemplo, cada vez mais marcas e empresas a apostar no e-commerce, aumentando, assim, dia após dia, a importância da presença digital. É por esta razão que há uma procura crescente por estes profissionais que trazem benefícios enormes para as empresas que os contratam, pois juntam o melhor de 2 mundos: a programação e o design.
O caminho para se tornar um web designer pode não ser tão linear como isso. E natural que sinta alguma dificuldade em descobrir qual a melhor e mais eficiente forma de chegar à sua carreira de sonho.
Deverá aprender a codificar a sério? Bastará assistir aos muitos tutoriais disponíveis na Internet sobre web design ou será melhor obter formação académica na área? Continue a ler e esclareça todas as suas dúvidas sobre esta profissão.
O que faz um web designer?
Este profissional é responsável por projetar e desenhar web sites, blogs, sistemas e aplicações web. O seu papel é criar a interface gráfica do site, onde ocorrerá toda interação do utilizador, portanto, é importante que tenha sempre presente atributos como facilidade de uso do site e emoções que o design pode despertar no utilizador para que o seu trabalho seja mais eficiente.
O web designer deve ser capaz de produzir layouts para sites e blogs e banners para divulgação na Internet. Deve ter também noções básicas em linguagens de programação como HTML, CSS, PHP e ASP, mas não deve ser confundido com um programador web, este último é que é responsável pela parte de programação.
Web design é uma área que requer que muito know-how. É importante referir que não é necessária formação académica na área dada a grande variedade de cursos e tutoriais relacionados ao design na web, mas a compreensão de todas as formas de design tem de ser sólida.
É ainda de referir que há também o conhecimento complementar com o qual, no mínimo, é preciso estar familiarizado. Por exemplo, uma visão orientada para o marketing que inclui os conceitos básicos de SEO (Search Engine Optimization) e marketing digital.
5 passos para se tornar num web designer
1. Decida que tipo de designer quer ser
Esta decisão é, logo à partida, fundamental, visto que nem todos os designers fazem as mesmas coisas ou têm as mesmas competências, por exemplo, uns sabem codificar e outros não. É importante que entenda qual é o papel de cada um e o que é suposto fazer ou não. Não é tanto uma questão de saber quem é melhor, são caminhos diferentes.
Nesta área, trabalhará em sites e no processo de experiência do utilizador com programadores e engenheiros de software. Ter noções, ainda que básicas, de programação vai permitir que comunique com esses programadores, que normalmente trabalham no back-end do site, com muito mais clareza. Por outras palavras, vai conseguir falar a “língua” deles e, portanto, haverá pouco espaço para mal-entendidos que podem sair caros.
Saber como funciona o código significa também que vai conseguir ter uma ideia muito mais precisa sobre se o design será ou não tecnicamente viável num site ou aplicação.
2. Obtenha formação ou certificação na área
A verdade é que uma educação mais formal na área ajuda, mas não é obrigatório. O mais importante é que se dedique a aprender constantemente e saiba usar as ferramentas mais recentes para se tornar num designer altamente qualificado.
Se o seu caminho passa pela formação académica, saiba que são várias as universidades portuguesas, públicas e privadas, com ofertas de cursos na área do web design, é uma questão de pesquisar e ver qual dos conteúdos curriculares se adapta mais à sua preferência profissional.
Naturalmente, não pense que só porque tirou ou vai tirar um curso superior que está feito o caminho. É também essencial que siga uma rota menos formal, ou seja, enriqueça o seu currículo com alguns cursos e formação online:
3. Aprenda a usar as melhores ferramentas
É necessário que saiba utilizar as melhores e as mais recentes ferramentas usadas nesta área. Para começar, no que diz respeito ao design gráfico, o Adobe Photoshop e o Adobe Illustrator, são dois exemplos de programas essenciais.
Enquanto estas duas ferramentas ajudam a projetar elementos visuais para a web, há outras que facilitam a criação de código:
Quando começar a trabalhar em projetos reais, selecionar um ótimo editor de código é uma decisão essencial. Se não estiver a usar um construtor de sites ou um sistema de gestão de conteúdo como o WordPress, por exemplo, mas trabalhando em código bruto, esses podem ser uma excelente opção de editores de código:
Resumindo, saber usar estas ferramentas, principalmente o software da Adobe, facilitará a sua vida profissional. Além desta vantagem prática, utilizar estas ferramentas dirá às pessoas com quem trabalha que é um profissional com um nível elevado de conhecimentos e competências.
4. Torne-se versátil nas suas capacidades
O web design está também relacionado com a capacidade de escrever bem, compreender bem o SEO e, pelo menos, conhecer alguns dos fundamentos do marketing.
Quando se tem uma experiência mais sólida como esta, pode aproveitar-se este conhecimento de SEO e marketing digital para criar um site mais atrativo, ainda mais fácil de usar e com uma excelente experiência do utilizador, melhorando, em muito, o desempenho do cliente em relação ao tráfego direcionado.
5. Decida como quer trabalhar
Quando pensa em ser web designer, pensa em trabalhar como freelancer ou fazer parte de uma agência ou empresa? Seja qual for o caminho escolhido, é importante que saiba o que o espera.
Fazer parte uma agência ou uma empresa, o grande benefício é que não precisará de “caçar” clientes. Vai fazer parte de uma equipa que tem projetos específicos, vai ter o apoio de engenheiros, programadores, pessoal do marketing, outros designers, entre outros.
Seguindo pela rota solitária, vai apreciar a independência, responsabilidade e diversão de administrar seu próprio negócio. Decidir em que projetos trabalhar, mas também terá de angariar os seus clientes, o que significa networking e publicidade. Ou seja, configurar o seu próprio site e/ou portfólio de design, além de exibir seu trabalho em sites de design como o Behance.