A sopa de casamento, que integra a Carta Gastronómica das Aldeias do Xisto, tem origem numa história engraçada. Reza a tradição que no dia seguinte ao casamento, os noivos ofereciam o almoço aos convidados. Porém, como já não havia muitos recursos para alimentar tanta gente, aproveitava-se o molho da típica chanfana – muito saboroso e rico, não só em gordura mas também nos sucos de carne – e fazia-se a sopa que se enfeitava com os poucos pedaços de carne que tinham sobrado da festa do dia anterior.
O que é certo é que toda a gente se deliciava com o manjar, razão pela qual perdurou na memória das gentes da região serrana e na sua gastronomia tradicional. É um prato muito saboroso e que não se costuma encontrar fora do concelho de Miranda do Corvo, de onde é originária.
Quando lhe sobrar o molho de um chanfana, porque não experimentar fazer uma sopa de casamento para o almoço do dia seguinte. Surpreenda a família com um prato diferente.
Sopa de casamento: ingredientes e modo de preparação
Na Carta Gastronómica das Aldeias do Xisto há duas receitas de sopa de casamento. Uma delas foi obtida junto da Sra. D. Maria Alice Ramos, residente em Miranda do Corvo, e, a outra, junto da Sra. D. Maria das Dores Rodrigues, residente na Aldeia do Xisto de Gondramaz, do mesmo concelho.
Receita da Sra. D. Maria Alice Ramos
Ingredientes
– Molho da chanfana
– Hortaliças
– Massa
– Pão
Modo de preparação
1. Coze-se a hortaliça.
2. Depois de cozida, coloca-se a hortaliça numa caçoila de barro onde se dispõe às camadas: uma camada de hortaliça, uma camada de pão, até as couves ficarem por cima.
3. De seguida, junta-se uns bagos de massa e verte-se o molho da chanfana aquecido.
4. Leva-se o preparado ao forno por pouco tempo – apenas para apurar e tostar um pouco.
Receita da Sra. D. Maria das Dores Rodrigues
Ingredientes
– Molho da chanfana
– Couves tronchas
– Pão de trigo
– Sal
Modo de preparação
1. Cozem-se as couves tronchas em água e sal.
2. Numa caçoila de barro põe-se pão de trigo cortado em fatias e colocam-se as couves por cima já cozidas.
3. Para terminar, rega-se com o molho da carne de cabra assada no forno, aquecido.
Onde provar a sopa de casamento de Miranda do Corvo
Restaurante Museu da Chanfana >>
Situado em Miranda do Corvo, este restaurante é conhecido pelo seu cardápio recheado de sabores tradicionais. Além da sopa de casamento, aqui pode provar as famosas chanfanas de cabrito, o bucho, os maranhos e a tigelada – o ex-libris da doçaria regional. O restaurante dispõe de menus temáticos para dias ou épocas especiais e menus associados aos programas do Parque Biológico da Serra da Lousã. Reserve aqui o seu lugar à mesa!
A Aldeia do Xisto de Gondramaz
No concelho de Miranda do Corvo, em plena Serra da Lousã, a Aldeia do Xisto de Gondramaz recebe os seus visitantes com um poema de Miguel Torga – gravado numa placa metálica à entrada da aldeia. Gondramaz distingue-se pela arte de trabalhar artesanalmente a pedra, não fosse esta terra de artesãos cujas mãos hábeis criam figuras carismáticas que são marca da serra.
O que visitar?
- Capela de Nª Srª da Conceição: templo de feição singela que guarda imagens de Nª Srª da Conceição e de Nª Srª das Candeias;
- Lavadouro e Fontanário: o Lavadouro, que está localizado no centro da aldeia, bem como o Fontanário, que disponibiliza água canalizada, são os únicos equipamentos coletivos da aldeia;
- A arte que se exibe em pedras gravadas ou esculpidas nas fachadas das casas – autênticos tesouros escondidos em Portugal.
Onde ficar?
A Casa Cimeira situa-se na Aldeia do Xisto do Candal, em pleno coração da Serra da Lousã. Tem 3 quartos, com cama de casal, uma casa de banho, uma sala e uma kitchenette. Para 6 hóspedes, o aluguer da casa por noite custa 161€ e inclui pequeno-almoço. Saiba aqui tudo sobre a Casa Cimeira!
Esta casinha rústica, na encantadora Serra da Lousã, é muito acolhedora e está totalmente equipada para acomodar até 4 pessoas. Disponível para alugar por 55€/noite. Saiba aqui tudo sobre a Casinha do Conde.
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